As águas ternas da doçura
você ganha da alma nua,
que foi banhada de noite,
pela tua aventura, pela lua.
As águas quentes da noite
você ganha da donzela nua
que foi banhada de beleza
pela Vênus, Afrodite tua.
E todas essas estrelas, amor,
banhadas de ópio espiritual,
êxtase natural do amor, do amor,
que, num mar de um ondas, afogou a dor.
Afogou a dor do prazer infinito
de ondas e mais ondas do sublime.
Ritmo de Afrodite no clarão da lua,
centenas de estrelas beijando o que eu sinto.
Toda mulher é Vênus e Lua,
arquétipo de beleza e cuidado,
arte, ternura, maternidade e sensualidade.
Mas, o sopro da deusa não cabe em retrato.
Deixe-me ser sua Vênus,
deixe-me ser sua lua.
Quero ser mais que o seu ideal,
quero trazer à carne a estrela real.
Dentre beijos, afogamos a dor,
a dor dos que se sentem diferentes
num mundo caótico e descrente
que o nosso ideal seja o amor.
O sagrado feminino é maior que a filosofia,
eis que a filosofia queimaria o meu sutiã,
mas somente a mística das estrelas
em deusa a mulher se transformaria.
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