Não saberei nunca ser perfeita,
pois a lágrima é a minha beleza
e o infinito o meu sobrenome.
Onde está a perfeição do seu nome?
Nessa senda desértica e infinita,
de altos e baixos, de altos e baixos,
a transmutação nunca é plena,
e a alma nunca é reta e perfeita.
Como uma onda no mar azul,
oscilando entre a razão e o pecado,
beijando o riso e o grito chocado,
a alma é um descontrolado fardo.
E, quando a lágrima vier de novo
deixe que caia a chuva no jardim,
mas não permita a violenta tempestade,
eis que a chuva nutre e a tempestade mata.
O início é um novo fim nascendo,
um raio de esperança pálido e místico
que ficou, no fundo da alma, adormecido.
A evolução deve ser esperança e não mito.
E, quando a fadiga dos teus dias
perturbar a tua alma doce e mística,
acenda a luz interior de novo
até o amor preencher o teu corpo.
A alma é como o mar,
e os sentimentos as suas ondas,
ondas de amor, ondas de angústia,
ondas de dor, ondas de ternura.
O mar nunca será reto e constante,
e essa é a sua maior beleza.
Formado por lágrimas salgadas.
ele oscila entre o oceano e a areia.
Poesia escrita por Tatyana Casarino.
Essa poesia expressa a evolução espiritual da alma que busca o equilíbrio e o pleno domínio das suas emoções. Mesmo acreditando no crescimento espiritual com verdadeira esperança, o eu lírico admite que a alma nunca será perfeita através das metáforas e das comparações com o mar. Assim como o mar, as emoções são como ondas em eterno movimento: oscilam entre luzes e sombras, entre sensações positivas e negativas e entre a ternura e a angústia.
Tatyana Casarino.
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