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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Resenha do Livro "Sede Fecundos" .

O lado belo e sagrado da sexualidade!

 "A partir de sua vivência em Bethânia e do trabalho com casais, padre Léo percebeu o quanto é raro encontrar textos que ajudem a pensar a sexualidade como algo belo e santo. E foi assim que nasceu Sede Fecundos, um livro de linguagem franca, que aborda os mais diferentes temas da vida sexual e que já tem ajudado homens e mulheres a exercer a sexualidade como fonte de bênção e graça."


***


Resenha:





 Durante anos, muitas pessoas têm associado a sexualidade ao pecado. E essa ideia de que o sexo é algo "feio" e "sujo" tem estragado a vida sexual de muitos casais, destruindo as famílias. Contudo, o livro apresenta um lado belo e sagrado do sexo para o leitor.


 Na história da sexualidade humana, muitos culpam a Igreja Católica por ter supostamente difundido a ideia de que sexo é pecado.


 Entretanto, este livro escrito por um sacerdote católico (sim, isso mesmo, um sacerdote católico é o autor do livro!) desmistifica a relação entre sexualidade e religião e supera o mal-entendido dessa relação. Segundo o autor, a verdadeira visão do catecismo sobre a sexualidade é linda, pois coloca o prazer como uma parte essencial da legítima doação do amor entre marido e mulher e não como um pecado.


 "A sexualidade ordena-se para o amor conjugal do homem e da mulher, por meio do qual se dão um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos (CIC 2361)".


 Em verdade, justamente pelo caráter belo e sagrado da sexualidade é que a Igreja defende a devida responsabilidade nesse assunto. A jornada moral que a Igreja propõe aos fiéis tem a ver com o encontro sagrado da beleza da sexualidade.


 É para conservar a verdadeira beleza da sexualidade dentro do matrimônio que a Igreja luta. No campo da sexualidade, nunca foi uma questão de moralismo superficial a postura da Igreja pela manutenção de valores. Nesse campo, a Igreja luta contra a banalização da sexualidade, a qual é a estrada do verdadeiro pecado.


 A sexualidade, por si só, não é um pecado. A sexualidade nasceu da vontade de Deus desde Gênesis. Nada do que existe em nosso corpo é contra a vontade de Deus, pois Ele criou tudo, inclusive os órgãos genitais e o prazer.


 Ocorre que a banalização da sexualidade acabou trazendo desordens sexuais e pecados. Quando o sexo desrespeita a dignidade da pessoa humana e busca o prazer pelo prazer sem consideração pela espiritualidade daquele encontro, o pecado se infiltra na relação. Mas, dentro do matrimônio, uma sexualidade bem vivida e experienciada com amor, prazer e abertura para a geração de novas vidas, é bela, sagrada, fecunda e glorifica a Deus.


  



 "Os atos com os quais os cônjuges se unem íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira verdadeiramente humana, testemunham e desenvolvem a mútua doação pela qual os esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido." A sexualidade é fonte de alegria e prazer. (CIC 2362).


 Sendo assim, segundo o padre Léo, a intimidade sexual é sagrada e a atração mútua é um dom de Deus. Para o autor, o prazer sexual também é presente de Deus. Além disso, o autor ressalta que a natureza sexual vai muito além do caráter biológico, tendo em vista que abrange o núcleo espiritual de cada pessoa.


 Por isso, a essência da atividade sexual necessita de respeito, pureza e dignidade para ser vivenciada. Nessa linha de raciocínio religioso, a castidade não é uma repressão sexual e sim uma forma de manter a natureza preciosa da sexualidade.


 "A sexualidade, mediante a qual o homem e a mulher se doam um ao outro com os atos próprios e exclusivos dos esposos, não é em absoluto algo puramente biológico, mas diz respeito ao núcleo íntimo da pessoa humana como tal (CIC 2361)".


 Infelizmente, muitos casais não têm vivido a alegria da sexualidade por falta de orientação espiritual. Por isso, nesse livro, o padre apresenta uma verdadeira teologia da sexualidade seguida por uma catequese conjugal belíssima. Para que os casais sejam felizes e constituam famílias felizes, é necessário ter uma vida sexual feliz.


 A Igreja pode ter muitas questões morais em relação à sexualidade, mas ela também é a grande defensora da família. Quando a Igreja se deu conta de que a vida sexual infeliz também gera a destruição dos casais e, consequentemente, das famílias formadas pelos casais, a Igreja resolveu apresentar uma catequese conjugal por meio do trabalho de sacerdotes como o Padre Léo.


 Um casal que vivencia bem a sua sexualidade tem mais forças e alegrias para lutar por sua família. A intimidade sexual de um casal pode ser determinante para o futuro da sua jornada e para a longevidade da relação.


 Os casais seriam mais felizes se aprendessem corretamente acerca da sexualidade e dos aspectos espirituais dela desde cedo. Infelizmente, a maioria das pessoas aprende noções equivocadas da sexualidade por causa das gírias, dos "palavrões" destrutivos que a sociedade arranjou para falar de sexualidade e dos mitos que afastam o ser humano de viver a sexualidade em Deus.



Querido e saudoso Padre Léo - autor do livro "Sede Fecundos". 



Tatyana Casarino.

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