O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Quem tem medo da Lua Cheia?

 

Os efeitos das estrelas. 


   


 Acreditar nos efeitos das estrelas, dos planetas e da lua sobre o sistema psicológico humano parece uma grande "viagem", mas quem estuda Astrologia sabe o nível da precisão de cada influência astral sobre a alma humana. 

 Talvez a Ciência tradicional jamais reconhecerá a Astrologia, porque ela não tem padrões exatos que podem ser desvendados por métodos científicos. Mas quem disse que o método científico é o único disponível para conhecer a verdade?

 Temos as Ciências Humanas. Temos a filosofia, a antropologia, a sociologia e o direito estudando o ser humano enquanto ser social. Ramos do saber como Psicologia e Direito (que lidam com conflitos humanos em todo tempo) podem admitir os efeitos dos astros.

 Durante a Lua Cheia, observamos o efeito lunar sobre o comportamento humano. Já ouviram falar do "efeito lunar" sobre a psique humana (alma/mente)? É um fenômeno que dimensiona o lado passional da natureza humana, tendo em vista que a Lua é a regente das emoções, do mundo feminino, da alma e do mundo inconsciente segundo a Astrologia. 

Sob a Lua Cheia, as nossas emoções transbordam: tanto as emoções boas quanto as emoções más. Tudo que estava oculto no inconsciente vem à tona: medos, fobias, o lado sombra, defeitos e desejos reprimidos. A Lua Cheia é a regente do mundo emocional e pode ocasionar crises psicológicas. 

 Na criminologia, observamos que os crimes aumentam durante a lua cheia. Coincidência infeliz ou prova evidente da razão da Astrologia? No direito criminal, obviamente jamais advogaremos por alguém alegando razões místicas como a "lua cheia" enquanto atenuante (risos). Sei separar meu lado profissional do meu lado místico. No direito, os métodos de defesa e julgamento devem ser puramente legais, científicos e positivados. 

  Entretanto, podemos livremente raciocinar alguma linha "mística" num campo mais teórico e filosófico. Qual seria a influência de uma energia astrológica sobre um crime, por exemplo? 




  Podemos perceber o aumento dos seguintes crimes e suas consequências durante a Lua Cheia:


*Crimes violentos;

*crimes passionais;

*homicídios;

*lesões corporais após brigas em bares (os quais ficam mais lotados e com aglomerações indevidas durante a Lua Cheia); 

*crimes no trânsito;

*crimes decorrentes do alcoolismo;

*crimes cometidos por mulheres (as mulheres são fortemente influenciadas pela lua em seu ciclo menstrual);

*crimes decorrentes de surtos psicóticos;

*aumento do número de pessoas em presídios e hospícios. 


  



  Não estou colocando a culpa da ocorrência dos crimes na Lua (risos). A Lua é um astro inocente que ilumina o céu noturno com a sua beleza. Mas a Lua, segundo a Astrologia, também tem "energias" que influenciam o psicológico do ser humano. Ela apenas revela e dimensiona o bem e o mal que já carregamos dentro de nós. E, na fase da lua cheia, tudo fica mais intenso e perigoso para a natureza passional da alma humana. É mais difícil controlar ímpetos passionais e instintos durante a lua cheia. A lua cheia, geralmente, instiga crises psíquicas. 

  Temos o nosso livre-arbítrio para escolher dominar as nossas más paixões. E o primeiro passo para dominar as nossas más paixões é aceitá-las. Quanto mais negamos a nossa sombra, mais ela cresce. Quem reprime a sombra pode sofrer de descontrole emocional. 





A astrologia e as crises inevitáveis. 

    

   Quem é do bem, obviamente, não vai sair por aí cometendo crimes (Deus nos livre!), mas é mais provável que diga palavras ruins, que brigue com pessoas queridas ou que sofra com crises de choro, crises psicológicas e descontroles emocionais durante aspectos astrológicos ruins e durante a Lua Cheia. 

  Eu sou do signo de Câncer, o signo mais emocional do zodíaco e que é regido pela lua. Desde a minha infância, observo que fico com as emoções à flor da pele durante a lua cheia. Minhas piores crises de choro e crises emocionais foram na semana da Lua Cheia. A Lua Cheia sempre coloca as nossas crises em evidência. 

  Além de mergulhar em profundo autoconhecimento, estudei Astrologia para obter a previsão dos efeitos dos astros e evitar crises. Consegui? Nem sempre conseguimos evitar as crises. Prever e não conseguir evitar faz o astrólogo sofrer mais. Nem sempre conseguimos aplicar, na prática, a nossa sabedoria. Somos humanos e erramos. Os sábios e os aprendizes de astrologia também erram. 

  E sabem o que descobri? Que as crises fazem parte da vida e são as molas propulsoras das mudanças, do crescimento espiritual e da sabedoria. Eu não teria sabedoria se não soubesse superar as minhas próprias crises internas. Eu não teria empatia, tolerância, humildade e capacidade de aconselhar emocionalmente as pessoas se eu não tivesse passado pelas minhas próprias crises emocionais. 

   É irônico perceber o quanto eu tinha pavor  de crises, injustiças, mal-entendidos e conflitos, sendo que eu escolhi uma profissão que lida com brigas e injustiças entre seres humanos todos os dias: o Direito. 

   Minha mais profunda vocação nasceu do meu mais profundo pavor e indignação diante do conflito (risos). Essa transmutação de medo (sombra) em vocação (luz) tem muito a ver com o lado bom do reconhecimento do arquétipo da Lua regendo nossos mistérios e dons ocultos. Por trás dos nossos medos e das nossas sombras, moram luzes e os tesouros emocionais ocultos de talentos, habilidades criativas e vocações. 


  


   Minha ardente vontade de encontrar uma solução justa e pacífica para os conflitos é a minha mola propulsora dentro da profissão. Para resolver os conflitos dos outros, sou uma boa profissional jurídica modéstia à parte. Para resolver os meus próprios conflitos, entro em crise muitas vezes (risos). 

  Quando vejo pessoas queridas brigando entre si ou brigando comigo, entro em crise. Essa história de mal-entendido, de ser incompreendido e de não conseguir obter a clareza e a resolução pacífica e justa de uma situação me dá crises às vezes. 

    E sabem o que descobri? Quem nem sempre teremos soluções justas no mundo. Certas situações apenas encontram solução na Justiça de Deus. Nem sempre seremos compreendidos, mas existe um Deus que tudo vê e que tudo compreende. Se temos a nossa consciência tranquila diante de Deus, não importa o que os outros pensam de nós, ainda que pensem coisas injustas sobre nós. Como dizia uma grande terapeuta da homeopatia cujo consultório eu frequentava na infância: "o que não tem solução, solucionado está." 

   É curioso, mas hoje consigo ser grata pelas minhas crises emocionais e pelos conflitos que enfrentei. Sem eles, não teria a sabedoria e a fé que tenho hoje. Foram as minhas crises que me fizerem buscar a Deus desde pequena.

   Busquei todas as religiões, tratamentos homeopáticos, pedras, Reiki, cristais, Flor de Lótus (risos) para vencer os meus medos envolvendo conflitos de toda ordem. E descobri o seguinte: a iluminação não é um momento leve de acender a luz dentro de si, mas um momento pesado de confronto com as próprias sombras, defeitos, pecados e ego. São as nossas crises que nos conduzem à iluminação do espírito. Somente quando vencemos os nossos conflitos internos, podemos perder o medo dos conflitos externos. 

     A pura harmonia iluminada que buscamos já está dentro de nós se soubermos atravessar a escuridão dos conflitos (internos e externos). Deus nunca vai tirar as nossas crises e impedir os conflitos, mas vai nos dar a oportunidade de crescer através deles. 

  Se eu tenho medo da Lua Cheia? Um pouco (risos). Creio na influência das estrelas sim, mas creio no Deus que está acima de todos os astros e que pode nos salvar da má influência deles. Creio na proteção que Deus nos confere para que possamos atravessar as nossas crises ilesos e protegidos -- sem sofrer o mal nem causar o mal. 

    Existem paradoxos e contradições na vitória sobre o conflito. É claro que, muitas vezes, vamos ter de brigar com consciência (sem partir para a ignorância) e defender nossas posições e nossos direitos com firmeza no cotidiano e na justiça humana. Contudo, explicar demais o próprio ponto de vista a fim de obter compreensão pode gerar o efeito contrário: mais incompreensão e mais mal-entendidos. 

     O desespero diante do conflito e a indignação diante de um mal-entendido aumentam e alimentam a energia do conflito. Apenas quando aceitamos, com resignação, a ocorrência inevitável de certas crises e conflitos, podemos superá-los num silêncio confiante que reorganiza o nosso interior e entrega nossas angústias nas mãos de Deus e da justiça divina. 

      A vida cotidiana não é um tribunal. Não precisamos advogar incansavelmente o tempo todo. Podemos entregar certas conflitos nas mãos de Deus e aceitar que, mesmo feridos e angustiados pelos mal-entendidos da vida, há um colo de Deus que nos compreende profundamente. 

     Ter medo de conflitos é o mesmo que ter medo da vida, pois a beleza da vida está nas diferenças de temperamentos e nas oposições de personalidades que sempre se "chocam" e se iluminam mutuamente. 

   Nessa semana, a Lua Cheia está trazendo possibilidades de crises e conflitos ao lado de alguns aspectos difíceis que os astros estão fazendo no céu (quadraturas e oposições). O eclipse lunar (que tivemos na última madrugada) também veio questionar, energeticamente, o quanto temos consciência das nossas sombras. 

   A lua cheia encoberta pelo eclipse traz um recado místico por trás de uma curiosa indagação: o quanto você vê a própria alma? Será que estamos sabendo lidar bem com as próprias sombras? 

   Quem não enxerga sombras em si mesmo torna-se arrogante, pois passa a projetar os próprios defeitos nos outros (um fenômeno chamado de "projeção" pela psicologia). É preciso humildade para despir a própria alma e admitir os próprios espinhos. Só quem vê as próprias sombras com coragem e humildade pode iluminar-se de verdade. 

    Nas palavras de Carl Jung, "ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão." Ele também disse outra frase que gosto muito: "até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir a sua vida e você vai chamá-lo de destino."





Reflexões sobre as energias astrológicas do momento. 


*Observação: Quem não tem contato com escritores místicos e nunca leu livros de astrologia vai achar a minha linguagem uma loucura nas próximas linhas (risos). Mas quem tem conhecimento de astrologia já está habituado com a linguagem mística que vou usar nas reflexões. Se você nunca leu nada de astrologia, bem-vindo ao "astrologuês" (língua da astrologia - risos). 

  Estamos com uma energia astral tremendamente escorpiana no ar, o que possibilita a descoberta do nosso inconsciente e do nosso lado mais profundo e até sombrio. Escorpião fala sobre poder, magia, magnetismo, desejos sexuais, intuição, inconsciente e confronto com as sombras. O planeta Marte, arquétipo astral do lutador, está em Escorpião, simbolizando a nossa luta interna contra as nossas sombras. 

    No céu atual, Marte em Escorpião está fazendo uma oposição (aspecto desafiador para a Astrologia) a Urano (planeta que rege a genialidade, a invenção e as súbitas rebeldias pela Astrologia) que está em Touro (signo que rege a estabilidade material, a força da perseverança e os nossos valores físicos e espirituais), trazendo tensão no ar e possibilidades de crises, confrontos e atos súbitos de rebeldia. 




    A Lua Cheia começou na constelação do signo de Touro e atualmente está passando por Gêmeos (o signo da comunicação e do pensamento). Estamos tendo a excelente oportunidade de ligar o mundo emocional (Lua) com o mundo mental (Gêmeos), afinando a nossa intuição sobre aspectos desconhecidos de nós mesmos e do nosso ego. Podemos trazem para a mente (Gêmeos) questões ocultas do mundo dos sentimentos (Lua). 

  Ouça o que o seu ego tem a dizer nessa semana. Vivemos em uma sociedade moralista que reprime o ego, como se qualquer satisfação do ego fosse necessariamente egoísmo. E essa repressão não tornou a sociedade mais generosa. Muito pelo contrário, a repressão do ego tornou a sociedade mais passional e sombria. 

   Não devemos julgar o ego. Quanto mais reprimimos o ego, mais ele cresce e fica perigoso. A verdadeira generosidade nasce de um espírito equilibrado que sabe atender as necessidades mais importantes do seu "eu" e estar bem resolvido consigo antes de atender as demandas do mundo e ajudar verdadeiramente os outros com amor. 

   Pode ser que o seu ego esteja necessitando de mais diversão, sentindo desejo sexual, irritação ou querendo fugir de tudo e está tudo bem (risos). Aceite o seu ego e abrace as suas necessidades humanas com autocompaixão, ternura e sem julgamentos. Quando negamos o ego, ele dá rasteiras em nós e nos derruba através de crises psicológicas, conflitos e comportamentos de autossabotagem. 


  




   Se é verdade que a lua cheia evidencia os "dragões" ocultos do nosso mundo inconsciente (as lendas de lobisomens e vampiros, por exemplo, são apenas arquétipos perigosos dos homens lunáticos e passionais), também é verdade que São Jorge nos ajuda nessa batalha contra os perigos do efeito lunar. 

   Nós apenas nos curamos e nos libertamos das amarras do inconsciente quando encaramos o "dragão" do nosso ego com coragem. Antes que o dragão do seu ego saia por aí cuspindo fogo, você pode acalmá-lo com aceitação e a devida satisfação das necessidades e desejos que podem ser realizados. 

   Se você sacrificar muito o seu ego, ele vai dar rasteiras em você em situações nebulosas e em conflitos inconscientes. Admita as suas sombras, o seu lado humano, as suas fragilidades emocionais, os seus medos e tudo o que habita dentro da sua alma. Somente com a coragem da visão total do nosso "eu" poderemos evoluir espiritualmente. 

   Agrade a si mesmo com momentos de prazer, diversão e bom humor nessa semana da Lua Cheia. A Lua Cheia não evidencia apenas energias passionais perigosas, mas também aumenta algumas energias boas, tais como: beleza feminina, criatividade, sensualidade, intuição psíquica, empatia e conexão astral. 

   Podemos ser pessoas livres e completas se abraçarmos todas as faces ocultas do nosso eu. O autoamor não serve apenas para saber valorizar a nossa luz, mas também para saber trabalhar positivamente com as nossas sombras na jornada destemida do autoconhecimento. 

  Agora que você já leu meu texto, vá para a janela e observe a Lua Cheia. No céu, brilha a Lua Cheia mais linda do ano. 


Texto escrito por Tatyana Casarino. Advogada, especialista em direito constitucional, escritora e poetisa. 

*Tatyana Casarino estuda astrologia desde os 12 anos e é uma aprendiz entusiasta de assuntos místicos que envolvem o autoconhecimento.

*Tatyana faz Mapas Astrais gratuitos para amigos e familiares. Tatyana também gosta de analisar a astrologia e a criminologia de forma conectada. 


*Livros favoritos da Taty sobre astrologia:





*Palavras-chave da Astrologia.





*O Livro completo da Astrologia. 


*Por fim, deixo uma música que combina com a Lua Cheia:


Full Moon




https://www.youtube.com/watch?v=JpfVQKimVMI

  

  

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