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domingo, 1 de novembro de 2020

O Mestre Espiritual de Áries: O Guerreiro Forte e Ferido.

           


   Vocês sabiam que cada signo é um mestre? Na astrologia, cada signo tem uma missão e pode ensinar a sua própria sabedoria ao mundo através das suas características. Quando uma pessoa de um determinado signo é muito sábia a ponto de vibrar as suas características de maneira iluminada, estamos diante de um mestre espiritual. 

   Comentarei acerca do mestre espiritual de cada signo em meu blogue, mas vamos começar com Áries, o pioneiro. Vamos falar do mestre espiritual de Áries?

      


  Independentemente do seu signo tradicional baseado na data do seu nascimento (chamado de signo solar pela astrologia), todos nós temos os 12 signos na roda zodiacal do mapa astral. Em algum setor de nossa vida, precisamos desenvolver as características de algum signo diferente do nosso. 

    Todos os setores da nossa vida vibram as energias de signos e planetas diferentes, razão pela qual é preciso aprender a equilibrar as energias de todos os signos dentro de nós para atingirmos a iluminação, o equilíbrio e a felicidade.

    Áries é um signo que marca algum setor da sua vida. Se você está rodeado de pessoas do signo de Áries ou é filho de pais arianos, há grandes lições a aprender com esse arquétipo. Você sabia que, para a astrologia esotérica, nós escolhemos os signos dos nossos pais antes de encarnarmos? Nossos pais são os nossos primeiros mestres espirituais. Há astrólogos que só fazem o mapa astral de alguém se também souber os mapas astrais dos pais, já que as energias astrológicas dos pais influenciam e modificam as energias astrais dos filhos.

     Se o Universo coloca pessoas desse signo constantemente na sua vida, é preciso aprender com ele. Não é à toa que encontramos pessoas desse signo constantemente em nossa vida. Precisamos aprender com os arianos a revelar o nosso guerreiro interior. 

    Áries é aquele que veio nos ensinar que, para trilhar verdadeiramente o caminho do bem, você tem que deixar de ser "bonzinho". Isso mesmo! Pareceu confuso? Vou repetir: para trilhar o caminho do bem é preciso abandonar o conceito de "bonzinho". 

      No início da jornada do bem, muitas pessoas acreditam que ser bom é ser agradável, sacrificar-se pelos outros, anular-se, atender as necessidades dos outros, nunca dizer "não", estar sempre disponível para os outros e fazer de tudo para ser amigável, simpático e "bonzinho". Ocorre que ser verdadeiramente bom não tem nada a ver com isso -- e você, leitor, entenderá ao longo do texto. 

    Os bons têm medo do próprio ego, escondem o próprio poder, anulam a própria beleza com medo da inveja alheia e se escondem atrás da máscara de agradável com medo de incomodar os outros com o seu brilho, a sua força e o seu poder. Os bons sacrificam o seu poder e sufocam os seus ímpetos de criatividade e competitividade pelo ideal exagerado de solidariedade e empatia. 

    Acontece que o mundo está mau justamente por causa disso: os maus são ousados, valentes e extremamente egoístas enquanto os bons são medrosos, exageradamente empáticos e anulam o próprio poder. Se os bons fossem um pouco mais ousados, valentes e egoístas como são os "maus", o mundo estaria melhor e repleto de criações verdadeiramente positivas. 

     Tudo em excesso é ruim. Até mesmo o excesso de empatia é ruim, porque impede quem é bom de ajudar verdadeiramente os outros. Ajudamos os outros quando compartilhamos valentia, sabedoria, firmeza e serenidade e não quando sofremos desesperadamente junto com eles. A pessoa boa precisa aprender a ser firme. 


          


     Nós não ajudamos as pessoas nem o mundo quando anulamos o nosso poder pessoal e fazemos tudo o que os outros querem. Isso não é ser bom, mas ser bobo. Nós ajudamos o mundo e as pessoas ao nosso redor quando defendemos bravamente a justiça e a verdade. E, para sermos justos e verdadeiros, muitas vezes, seremos consideramos maus e desagradáveis. Aqueles que defendem boas virtudes com ousadia sempre serão considerados "chatos". 

      Os grandes Mestres Espirituais do bem e da luz não eram tipicamente "bonzinhos" nem simpáticos com todo mundo. Se você ler a Bíblia com atenção, verá que a fala de Jesus não era delicada e agradável com os ouvintes, mas uma fala justa, firme, verdadeira e até mesmo dura e bastante severa em muitas passagens. Os bons também podem adotar uma fala ríspida sem medo de desagradar os ouvintes. Jesus não tinha medo de desagradar. Ele desagradou tanto os poderosos do seu tempo que chegou a ser crucificado. Jesus tinha um lado muito ousado, forte e poderoso em seu tempo. Sua ousadia e valentia ao pregar a verdade fizeram com que Ele fosse parar na cruz. 

      Deus é amor e misericórdia, mas Deus também é justiça e verdade. Ser uma pessoa boa e amorosa não quer dizer que você precisa ter pena de todo mundo e sair por aí sacrificando a si mesmo pelos outros. Você deve pensar que ser bom é sobre saber se sacrificar pelos demais. Mas, as religiões tradicionais contaram as histórias de sacrifício de Jesus e dos santos de maneira equivocada para nós. Todos os martírios foram em nome da verdade -- nenhum martírio ocorreu por alguém ter decidido se sacrificar só para agradar os outros. 

   Muitos martírios ocorreram justamente por causa dos santos terem desagradado os poderosos da sociedade com as suas pregações diferentes, ousadas e firmes sobre as leis de Deus e sobre a verdade. Há uma ousadia boa e santa (não estou falando da ousadia rebelde e perigosa, mas da ousadia necessária para romper o status quo da hipocrisia) no caminho do bem. Os bons também precisam ser valentes, fortes, bravos e ousados. 

     O sacrifício de Jesus por nós é muito mais profundo. Ele não anulou a Si mesmo, mas atingiu o máximo do "Ser", do "Eu Sou" e de sua identidade divina para doar-se para nós. Ele se sacrificou pela nossa salvação, mas não anulou a si mesmo. Pelo contrário, ele ergueu a sua verdade mais profunda e venceu na Ressurreição com toda sua glória de Ser Divino. Ele foi cordeiro, mas também foi Leão de Judá. Ele teve a bondade do cordeiro, mas também teve a bravura do leão. 

    Se você ler os sermões de Jesus, os discursos Dele diante dos fariseus e a passagem onde Ele usou um chicote de cordas para colocar ordem no Templo, você verá que Jesus detestava a hipocrisia e colocava a defesa da verdade acima das falsas cordialidades sociais. Ele estava preocupado em ser verdadeiro e não em ser "simpático" e bonzinho com os hipócritas. Deus é amoroso, mas também é um Pai bravo. 

    Ser bom não é sobre ser bonzinho e agradável com os outros, mas sobre ser ético, verdadeiro, justo e, muitas vezes, bravo. Quando você agrada alguém e faz todas as vontades da outra pessoa, você não está ajudando a pessoa. Ao contrário, quem só faz as vontades de uma pessoa aumenta a sua fraqueza, dependência e incapacidades. Somos bons de verdade quando ensinamos os outros a serem fortes, valentes e independentes. 


               


     Somos bons de verdade quando damos conselhos verdadeiros para alguém com o intuito de ver o outro mais forte. Somos bons quando fortalecemos uns aos outros. Somos bons quando dizemos "não" e não cumprimos as expectativas alheias, porque, desse modo, obrigamos os outros a buscarem as próprias forças. Todo mundo tem força suficiente para caminhar pela sua jornada de vida -- até mesmo quem se acha o mais fraco e não consegue ver a sua própria luz. 

      A missão dos bons não é caminhar pelos outros, mas mostrar a luz e a força que existem dentro de cada um. O nosso próprio brilho desperta a sabedoria do outro na busca pela luz.  

      A maior contribuição generosa que você pode fazer para uma pessoa não é ser agradável com ela o tempo todo, mas ensiná-la a descobrir a própria força. Ninguém pode trilhar o caminho de outra pessoa. Podemos ajudar com conselhos, diretrizes e ferramentas, mas existem passos que somente a outra pessoa pode dar na vida dela. Ajudamos uma pessoa quando ensinamos o jeito certo de "caminhar" na jornada da vida e não quando queremos caminhar no lugar dela num sacrifício louco e desnecessário. 

       Além de bons e verdadeiros conselhos, o nosso próprio exemplo é o que mais ilumina os outros. O nosso exemplo de força, ética e valentia na jornada da vida já é, por si só, o maior legado de solidariedade que poderemos deixar para o mundo. 

     É preciso saber que o nosso próprio exemplo de força e valentia inspira os outros a vencerem os seus medos e trazem muito mais luz ao mundo do que nossa preocupação em ser bonzinho e agradável. 

   Aliás, quando perdemos o medo de desagradar e mostramos uma personalidade mais forte, sincera e autêntica, passamos a agradar ainda mais quem realmente gosta da nossa essência. Na libertação da nossa autenticidade, ganhamos ainda mais admiração por incrível que pareça. Ser bom é sobre ser autêntico e não sobre ser agradável. 

    No caminho da autenticidade, precisamos abraçar até mesmo o nosso ego. A humildade e a sabedoria não nascem quando tentamos anular o ego, mas quando equilibramos ego e espírito dentro de nós. Quando temos medo do nosso "ego", do nosso "bicho" interior repleto de instintos que jamais serão aniquilados, ele se torna maior e não menor. Quando escondemos o nosso ego sob a máscara de bonzinho e agradável, o "bicho" do nosso ego escapa em crises de ansiedade, pânico, angústia e fobias. 

   "Decifra-me ou te devoro" era o mistério da esfinge de Tebas na mitologia grega e também é o enigma do nosso ego. A melhor forma de conhecer a humildade é, por incrível que pareça, admitindo o nosso ego e libertando os nossos instintos com equilíbrio e confiança. Do contrário, seremos falsos humildes, irritados e invejosos. 


          


   Com o ego oculto debaixo do tapete, teremos crises de ira em horas inapropriadas além de invejarmos todos aqueles que mostram criativamente o seu ego como se eles fossem os "metidos" que dominassem os nossos espaços. Se as pessoas com a personalidade forte causam irritação ou inveja em você, isso significa que a sua força está nas sombras e que você precisa fazer as pazes com os aspectos ocultos dentro da sua própria alma. A irritação e a inveja são os dois indicativos mais clássicos de que existem aspectos mal resolvidos dentro de nós mesmos. 

     Sendo assim, se as pessoas típicas do signo de Áries (ou que demonstram o arquétipo da valentia e da personalidade forte de maneira muito evidente) causam irritação em você, você precisa fazer as pazes com o seu guerreiro interior, o guerreiro forte e ferido que está dentro de você e que, muitas vezes, foi sufocado pela sua mania de ser "bonzinho" e agradável toda hora. 

      Esqueça as irritações e tenha a humildade de aprender com a luz do arquétipo guerreiro de Áries. Se você constantemente se irrita com pessoas de Áries, há um guerreiro mal resolvido dentro de você mesmo. Outra forma de se deparar com o nosso guerreiro ferido é perceber que nos sentimos constantemente feridos pelas "grosserias" ou pela forma aparentemente ríspida do signo de Áries em sua comunicação. 

      Por que negar a rispidez como uma das formas brutalmente honestas de comunicação? Por que aceitar apenas o que é bonzinho, agradável, simpático, delicado e meigo na comunicação? Falamos muitos, hoje em dia, de comunicação não-violenta, mas será que é possível sermos suaves o tempo todo? Será que perdemos a beleza dos grandes discursos persuasivos e das grandes convicções no medo de desagradar esse mundo relativista e frágil? 

      Será que a violência não nasce justamente da nossa passividade esgotada que acaba caindo na agressividade descontrolada, na oposição velada, nas indiretas e no comportamento tóxico passivo-agressivo? Será que podemos aprender uma boa assertividade na comunicação direta e objetiva de Áries? Quando você aceita a existência do lado ríspido e severo na comunicação, você deixa de se ferir com aquilo que antes considerava "grosseiro". 

     Se uma pessoa de Áries feriu você emocionalmente, não veja essa pessoa com uma má perspectiva. Talvez ela seja o seu Mestre Espiritual na jornada do despertar do seu guerreiro interior. Todos nós precisamos despertar o guerreiro bravo e destemido que mora dentro de nós para sobrevivermos nesse mundo cheio de desafios. 

      Para a nossa sobrevivência, precisamos expressar toda a nossa luz sem medo da nossa grandeza nem da inveja alheia. Precisamos ser bravos, fortes e pensar em nós mesmos primeiramente. Pensar em si mesmo não é egoísmo, mas é questão de sobrevivência em nosso mundo. Quando fortaleço a minha própria alma e busco a minha própria felicidade, fico com mais energia para exercer a caridade futuramente. Mas, se não me sinto bem comigo mesmo, como poderei auxiliar o próximo? 

       Vivemos em um mundo que prega o politicamente correto e que quer tentar esconder o nosso ego e anular o nosso guerreiro a todo instante. Temos de aprovar todos os comportamentos sob o risco de sermos considerados preconceituosos. Temos de ter empatia sempre. Não podemos mais comer carne, porque seremos maus. Não podemos expressar um ego masculino ou feminino, porque querem eliminar até as diferenças entre homem e mulher. Temos de ser bonzinhos. Nada disso deixou o mundo bonzinho. Tudo isso deixou o mundo mais irritante e falso. 

      Precisamos assumir o nosso guerreiro interior e vencer a vida por nós mesmos, porque o mundo nunca será um lugar de igualdade e suavidade. E todos aqueles que negaram as desigualdades apenas trouxeram mais sofrimento. O mundo sempre será o palco do mais forte. É preciso ser forte. Quem foge dessa verdade foge de si mesmo. Se o meu texto irritou você, você tem um guerreiro mal resolvido aí dentro. 

      Querem pregar uma igualdade utópica sob a ilusão de que isso é respeitar a diversidade de personalidades quando, em verdade, estão tentando despersonalizar a nossa alma e apagar a nossa diversidade de egos e desejos. O mundo está severamente doente.

      Nada disso trouxe humildade e igualdade. O que vemos hoje é uma triste decadência. O mundo apenas será melhor quando aceitarmos o nosso ego em totalidade, incluindo os seus preconceitos. Os preconceitos não morrem com a imposição de uma falsa aceitação de tudo, mas quando aceitamos as nossas sombras e abandonamos, assim, qualquer irritação com o comportamento dos outros. As mudanças sempre serão internas e espirituais -- nunca serão políticas ou magicamente coletivas. 


              


         Áries é o guerreiro forte e ferido que foi o primeiro a perceber que é preciso ser forte para sobreviver no mundo e ocupar um bom lugar nessa "selva de pedra". O guerreiro que nasceu bonzinho e com o coração sensível, mas que teve de ocultar os seus sentimentos para vencer na vida de forma prática e valente. Áries é um amor de pessoa por trás da "casca dura" (acreditem se quiser). 

     Por trás do seu jeito mais bruto, existem feridas emocionais e provações que ele esconde no fundo da alma. Áries não passou tanto tempo sendo bonzinho nem perdeu tempo com caminhos indiretos, porque ele teve pressa para vencer na vida. 

    Áries é um signo de fogo regido por Marte, o planeta guerreiro. Se você tem uma pessoa de Áries na sua vida, saiba que ela é o seu mestre espiritual na arte da guerra. E todos nós precisamos aprender a lutar para vencer na vida. Se você prestar bem atenção, a vida é uma grande guerra. 

     Não pense que você será mau se expressar o seu guerreiro. Ao contrário, somente somos verdadeiramente bons quando fazemos as pazes com o nosso guerreiro interior. Nosso Senhor recorda que "o Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam" (Mt 11, 12). É preciso ser forte para ser bom e conhecer o céu. A palavra de Deus fala mais sobre ser forte e corajoso do que ser bonzinho. A Bíblia está repleta da expressão "Não temas". 

      No caminho espiritual, encontraremos muitas frustrações se pensarmos que tudo será um mar de rosas, cantos de paz e anjos tocando harpas. A vida espiritual é luta constante contra os nossos vícios e medos. A vida espiritual é tensa, especialmente para quem quer seguir o caminho da luz. Ser bom é difícil e exige luta e coragem. Em Mateus 10:34, Jesus disse: "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada".

        Vai esperar até quando para assumir o seu guerreiro interior? Enquanto você negar a existência dele, você se sentirá frágil e a sua ira (aquela que você esconde sob a máscara de bonzinho) escapará nas piores horas. 

     Você precisa aprender a dizer "não", a lutar por si mesmo e a comunicar as suas necessidades de forma assertiva. Todos nós precisamos aprender a assumir a nossa identidade com força. Caso contrário, se você negar as suas necessidades para atender às necessidades alheias somente, você ficará doente, frágil e louco. Ou então o seu ego vai devorar você e as suas necessidades vão gritar através de uma doença, de ataques de pânico ou de atos de descontrole emocional. 

     Sendo assim, ao invés de você ser bonzinho, você machucará as pessoas ao seu redor com o seu ego mal resolvido e explosivo. Não é egoísmo cuidar de si mesmo. Autocuidado é a lição mais importante do seu guerreiro interior.  Se você atender as suas necessidades, "recarregar" as suas energias, tratar-se bem e iluminar a si mesmo primeiramente, você terá condições de iluminar o próximo. Não estou defendendo o egoísmo, mas o autocuidado. Quem não está bem consigo mesmo não tem condições verdadeiras de ajudar o próximo. 

    Você precisa aprender a cuidar de si mesmo primeiro antes de cuidar dos outros. Você precisa desenvolver os próprios dons antes de compartilhar as suas bênçãos com os outros. Uma vez que você acende a própria luz, você pode (e deve) compartilhar toda a sua luz e sabedoria com os outros. Mas, antes de tudo isso, você precisa estar com boas energias dentro de si mesmo. Além do mais, a sua generosidade fica mais autêntica e o seu "sim" fica mais forte quando você aprende a dizer "não" e conhece os próprios limites. 

    É preciso equilibrar bondade com sabedoria e generosidade com esperteza no caminho da vida. Se formos excessivamente "bonzinhos" e ingênuos, não sobreviveremos. As pessoas não podem achar que é possível tirar proveito do nosso lado bom. As pessoas devem ver o nosso lado justo e não o nosso lado "bonzinho", tendo a consciência de que ganharão apenas o que for justo da nossa parte. 

   O mundo é cheio de perigos e lobos. As pessoas boas não podem ser devoradas pelos lobos do mundo por causa da fragilidade do seu lado "bonzinho". Em Mateus 10:16, Jesus disse: "Eu os estou enviando como ovelhas no meio de lobos. Portanto, sejam astutos como as serpentes e sem malícia como as pombas". Devemos ser puros como as pombas, mas não bobos nem ingênuos. Os bons também precisam da astúcia das serpentes. 


           


  Espero que esse texto tenha provocado positivamente as pessoas boas no caminho da coragem. Não pense que eu aprendi a sabedoria desse texto de forma fácil na minha vida. A sabedoria que eu adquiri sobre o guerreiro interior foi colocada a ferro e fogo em minha alma e ainda estou nos primeiros passos de aplicação dela em minha vida. 

   Às vezes, essa sabedoria corta metaforicamente a nossa própria carne. Nem sempre temos disposição para encarar essa realidade dolorida. Muitas vezes, queremos apenas um abraço, um gesto fraterno, uma manifestação gentil e mais poesia e delicadeza no mundo. 

     Mas não seríamos tão fortes se não tivéssemos visto o lado bruto da vida, a qual também é uma espécie de guerra. É cansativo ter um mestre de Áries lembrando você a todo instante que deve colocar os pés no chão e lutar. Mas, um mestre espiritual de Áries é o mais sábio que você pode ter. 

      Nascemos tão delicados e poéticos, mas somos obrigados a lutar com força. Depois que assumimos as nossas forças, seremos injustamente consideramos "ríspidos" e até "metidos", mas ninguém sabe o quanto a nossa alma "sangrou" para aprender a lutar.

       

Marte e Lilith em Áries deixaram rastros de sabedoria em 2020. 
Na imagem, Rocky Balboa (personagem de Sylvester Stallone) é o boxeador que representa Marte enquanto a ilustração da vampira representa Lilith (risos). 

      Com a passagem de Lilith em Áries fazendo conjunção com Marte no mês de Outubro de 2020, muitas pessoas devem ter "sangrado" metaforicamente com a visão da verdade sobre a necessidade de assumir o próprio guerreiro interior. A rainha sombria (Lilith ou Lua Negra) "beijou" tenebrosamente o lutador e incomodou as nossas feridas emocionais. A beleza da astrologia é saber amar o conhecimento que causou ferida em nós.  

     É doloroso saber que o mundo não é um canto de paz e que nem todos vão gostar de você. É doloroso saber que a vida é luta e que não é possível agradar a todos. É doloroso passar por situações de humilhação para aprender que não é preciso ser bonzinho com quem não merece. É doloroso aprender a ser forte. É doloroso perceber que o mundo é repleto de espinho e lobos. Entretanto, podemos renascer muito mais fortes e sábios. A luz do guerreiro interior é severa, mas repleta de esperança. 


      


    É doloroso aprender a ser um bom lutador. Mas, é necessário assumir a nossa própria "violência" interior contida no ego do nosso guerreiro, pois somente, desse modo, podemos suavizar as energias e canalizar da forma certa essa bravura. 

    Quando falo do arquétipo de Áries, penso automaticamente nas artes marciais. Um verdadeiro mestre das artes marciais nunca usa o seu conhecimento sobre a luta para machucar injustamente um inocente. A arte marcial apenas é usada para a nossa própria defesa. E, para viver bem nesse mundo, é preciso ser um bom lutador e saber defender a si mesmo e estar do seu próprio lado. Se você quer ser realmente bom, tenha a consciência de que precisará saber lutar bem para defender a si mesmo e proteger os inocentes. A vida é uma grande guerra! Então, pegue a sua espada e seja sempre forte!


Texto escrito por Tatyana Casarino. Especialista em Direito Constitucional, Advogada, Escritora e Poetisa. 


Confiram a música "Eye of The Tiger" para sentir a energia do texto:


   




Texto escrito por Tatyana Casarino. Especialista em Direito Constitucional, Advogada, Escritora e Poetisa. 

*Esse texto faz parte da série "O Mestre Espiritual de cada Signo". Escreverei um texto para divulgar os meus aprendizados com a sabedoria de cada signo do zodíaco. Tal sabedoria foi obtida através de várias fontes: livros, reflexões, intuições espirituais, epifanias e a convivência com as pessoas de signos distintos. 

*Observação: O excesso da energia "agressiva" de Áries pode ser prejudicial. Todo excesso é ruim. Às vezes, precisamos deixar de lutar em alguns momentos da vida apenas para conservar as nossas energias e aproveitar as sensações da vida com diplomacia, relaxamento, prudência e delicadeza. E, por falar em prudência e relaxamento, o próximo mestre será o mestre de Touro. 

 *Por fim, tomem cuidado, meus amigos, porque Lilith entrou em Touro agora. Questões como finanças, estabilidade e concretização de metas podem surgir agora.


Tatyana Casarino.