O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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sábado, 31 de outubro de 2020

Por que fechei os comentários do YouTube e não gosto de interagir na internet?

    

      


Por que fechei os comentários do YouTube?

A razão dos comentários fechados no YouTube. 

   

     Eu nem deveria estar escrevendo um texto para explicar o meu estilo de comunicação na internet. Eu sigo apenas a minha intuição e a minha consciência sem dever satisfações. Mas, resolvi escrever esse texto, pois essa é uma dúvida comum de quem acompanha as minhas redes sociais. Por carinho e respeito a quem gosta do meu trabalho na internet, elucidarei a respeito da minha discrição na internet. 

       Resolvi sair do silêncio e usar a minha voz para comentar sobre o meu estilo. Talvez esse texto liberte alguém que queira seguir um estilo mais discreto na internet também, mas que se sente pressionado para ser mais "aberto" e extrovertido nas redes sociais. Meu conselho é: siga a sua intuição e não a pressão (até rimou). ;) 

     Eu sou uma pessoa de essência introspectiva, fechada, discreta e que gosta de se resguardar. Não me sinto atraída pelo mundo da extroversão, da exposição e do agito interativo da internet com desconhecidos. Eu respeito a minha essência, assim como respeito a essência dos outros. 

      Eu não sou o tipo de blogueira "life style" que faz da vida um "Big Brother" ou que vive da aparência e da moda. Eu sou uma blogueira do tipo intelectual que usa da internet como ferramenta para divulgar as minhas ideias. Para mim, a internet sempre foi vista como ferramenta e meio de comunicação. Nunca vi a internet como finalidade. 

   Não vejo a internet como fim em si mesma e não vejo sentido em ser "personalidade de internet". Mas, respeito quem faz da internet um palco de "Lyfe Style" e quem tem esse tipo de sonho. Nunca foi o meu tipo de sonho. Meu sonho sempre foi viver realizações profissionais e pessoais na vida real e usar o meio virtual como uma ferramenta complementar das minhas vocações profissionais e dons criativos. 

   Além do mais, eu não sigo o que está na moda nem o que a multidão gosta. Se todo mundo usa a internet de determinada maneira, isso não quer dizer que sou obrigada a usar a internet dessa maneira também. Eu gosto de ser diferente e sempre busco o equilíbrio (coisa de Ascendente em Libra talvez...) em todas as ferramentas que utilizo. 


                        


   Eu uso a internet com equilíbrio e consciência. Não sou excessivamente introspectiva a ponto de nunca me mostrar nem sigo excessivamente a prudência e o receio a ponto de nunca revelar uma parte de mim ou interagir. De vez em quando, mostro na medida certa (e com coragem, autoestima e autoconfiança nas medidas corretas também) um pouco da minha imagem, vida e pensamentos. Sou o tipo filosófica que compartilha mais os pensamentos, os ideais, as crenças e os valores do que a rotina. 

     Mas também não sou excessivamente aberta a ponto de cair na exposição demasiada e mostrar a vida mais do que é possível. Não sei se o mundo se esqueceu da privacidade como um valor, mas eu ainda me lembro de respeitar valores como privacidade, intimidade, dignidade e introspecção. 

      Eu sigo o equilíbrio como valor fundamental em todos os setores da minha vida, incluindo o virtual. Sou humana, tenho defeitos a corrigir e os meus momentos de desequilíbrio, mas sempre seguirei o ideal de equilíbrio como uma estrela-guia. O equilíbrio faz bem à alma e eu cultivo a harmonia e o equilíbrio. Para mim, o meio virtual só é virtuoso se for usado com equilíbrio. 

     Quanto à aparência, mostro a minha de vez em quando. Mas, sempre foquei mais na minha essência e nas mensagens filosóficas e espirituais que quero passar. No YouTube, porém, mostro mais a minha voz que o meu rosto e não é por insegurança. Tenho uma autoestima saudável e gosto de quem eu sou por fora e por dentro. Estou satisfeita com a minha aparência, mas não faço uso dela para me promover. 

         Sempre fui o tipo de pessoa que almejou fazer sucesso pela inteligência e não pela beleza. Prefiro usar a minha voz e me identifico mais com o estilo Podcast (postagem em áudio) do que com o estilo "câmera e ação". É apenas um estilo mais discreto que eu gostei e resolvi adotar para o meu canal. Gosto de focar na minha voz e na mensagem que quero transmitir. 

     Para quem não sabe, não é de hoje que tenho canal no YouTube. Tenho canal no YouTube desde os 15 anos (desde de 2007), ou seja, tenho esse canal há mais de 13 anos. Meu canal começou despretensioso com trechos de musicais, clipes e cenas de filmes da Disney (risos), especialmente homenagens ao meu Conto de Fadas favorito: A Bela e a Fera. 

     Para respeitar os direitos autorais da Disney, apaguei a maioria dos meus vídeos do passado. Depois, passei a usar o YouTube para falar de Astrologia, Religião e Poesia. Comecei a recitar poesias de minha autoria e de outros poetas. Com a ajuda da divulgação de amigos (gratidão especial à amiga Fernanda Rocha), o canal cresceu e ultrapassou os 1.000 inscritos. 


           


        Quando eu comecei a postar as minhas poesias, eu deixava a caixa dos comentários do YouTube aberta. Entretanto, eu resolvi fechar a caixa de comentários ao observar que ela não estava sendo necessária ao meu propósito no YouTube. 

       Muitos podem pensar que é "censura", medo de crítica, introspecção demasiada ou exagero da minha parte. E não é nada disso. Fechar os comentários do YouTube é uma opção consciente que fiz e com o propósito de focar na mensagem substancial que eu transmito sem distrações para ambos os lados. 

          Os comentários da internet distraem o autor (muitas vezes, ficamos perdidos para dar conta de ler tudo e podemos nos "contaminar" com as impressões dos comentários) e distraem o telespectador (atire a primeira pedra quem nunca deixou de prestar a atenção no conteúdo de um vídeo para ficar rolando a caixa de comentários e perdendo tempo ao observar os comentários dos outros sobre o vídeo). Como sou uma pessoa muito focada, decidi fechar a caixa de comentários para enaltecer o conteúdo e direcionar as energias para objetivos mais importantes. 

       Além do mais, creio que discrição na internet é fundamental para a saúde mental. Muitos influenciadores digitais perderam a saúde mental (há uma lista considerável de YouTubers com depressão, por exemplo) com o excesso de exposição. Nossa mente precisa de discrição e serenidade -- duas virtudes que o excesso de exposição e comentários virtuais podem roubar dos criadores de conteúdo na internet. Para mim, saúde mental e discrição são muito mais importantes que fama, visualizações e comentários. 

           Diferentemente de muitos, eu coloco a minha saúde mental e a minha discrição acima de tudo. Admito que o excesso de exposição e comentários de desconhecidos são desconfortáveis (e, para as pessoas de essência introspectiva, há muito mais desconforto nessa interação agitada da internet...). Mas, não deixo de ser uma comunicadora por causa disso nem abro mão de exercer a minha criatividade e os meus dons pela internet. 

       Primeiramente, não é confortável receber críticas (e quem diz que é confortável nunca passou por situações ruins desse tipo ou não está sendo muito sincero), mas não é por causa delas que eu fechei a caixa de comentários. É uma questão de consciência muito mais profunda...

        As críticas nunca me paralisaram. Ao contrário de muitos, quando recebo uma crítica, sinto ainda mais vontade de ir além. Quando chegaram comentários criticando o meu jeito de recitar poesia, eles não fizeram com que eu desistisse de recitar poesias nem abalaram a minha autoestima. Sigo autoconfiante que esse é o dom que Deus me deu e até aumentei o meu conteúdo, tendo em vista que gosto da minha voz e do meu estilo. 

        Recebi muito mais elogios no meu canal, mas chegou um momento que os elogios e as críticas deixaram de ser necessários. Eu sei direitinho o que as pessoas que me admiram pensam de mim, assim como sei o que quem não gosta do meu trabalho pensa de mim. Desse modo, com todo o respeito, comentários foram perdendo a necessidade e a importância. Admito que sempre podemos crescer com diálogos, trocas, elogios, sugestões, conselhos sábios, críticas construtivas e interações na vida real. Mas, sinceramente, não gosto de comentários virtuais e não observo tanto crescimento com eles. 

       Para mim, os comentários virtuais são artificiais, sem calor humano, duvidosos e sem substância. Muitos comentários são até robóticos. É preciso salientar que nunca sabemos a intenção de quem está por trás da tela. Confesso que tenho muito mais medo de um elogio com má intenção e de pessoas invasivas do que de críticas chatas. Fechei os comentários para me defender de pessoas invasivas da internet. 

               Modéstia à parte, como boa advogada, sei preservar a minha imagem e a minha dignidade. A primeira defensora da nossa imagem, da nossa saúde mental e da nossa paz de espírito é a nossa própria discrição. E a discrição é construída com limites. Eu coloco limites em minhas redes sociais. Eu coloco boas "rédeas" em tudo na minha vida. 


               


            Devo dizer que eu sou uma pessoa muito sincera. Há pessoas que "vendem" uma imagem extrovertida, tranquila, sociável e aberta nas redes sociais além de passarem diversas fontes de contato, mas que nunca respondem as mensagens que mandamos. Há outras pessoas que se mostram solícitas na internet e depois não cumprem as suas promessas. Eu, pelo menos, admito com sinceridade que não respondo mensagens de desconhecidos. Eu não alimento falsas esperanças em meus seguidores. Confesso que sou uma pessoa fechada e que não estou disponível para passar o meu contato nem para fazer amizades com desconhecidos na internet. 

               Acredito que os meus próprios textos formam o meu legado na internet e expressam o meu amor pelos leitores. Abraço e consolo através das palavras. Meus textos libertam muitos corações e transmitem bons sentimentos e boas energias. Quando você quiser entrar em contato comigo, leia um dos meus textos e sinta um pouco da minha alma em minhas palavras. Sinta-se abraçado pela boa energia que eu quis transmitir através dos meus textos. Sabe-se que ler um autor é como conversar com ele. Minha generosidade está na sabedoria que eu quis compartilhar com os outros por meio dos meus textos.

          Mas, não tente entrar em contato pessoal comigo pelos meios virtuais, porque eu sou uma pessoa discreta e que não abre a sua vida para desconhecidos. 

          Respeite a minha discrição e a minha individualidade. Eu tenho os meus limites. Não ultrapasse os meus limites. Na vida, aprendi que dizer "não" e definir os nossos limites preservam o nosso bem-estar e a nossa saúde mental. Eu tenho todo o direito de resguardar a minha vida pessoal, o meu bem-estar e o meu tempo. Espero que todos possam respeitar e entender o meu caráter introspectivo, reservado, prudente e cuidadoso.  

              Eu sigo o "caminho do meio" (caminho do equilíbrio como é conhecido no Budismo): não gosto de excesso de exposição na internet, mas não me resguardo a ponto de cortar meu o meu dom comunicativo. Mostro com coragem as minhas poesias e ideias, tenho blogue, canal no YouTube e meios de comunicação na internet. Entretanto, sei bem o valor da discrição e da prudência.

         No meu blogue, é possível fazer comentários. Mas, no YouTube, a maioria dos vídeos está com a caixa de comentários fechada. Os motivos? Nem sempre é possível dar conta de ler todos os comentários e o YouTube tem o público muito abrangente a ponto de atrair comentários que fogem do propósito filosófico.

       Quem comenta em blogues respeita o propósito cultural e tem o estilo mais respeitoso e inteligente geralmente. Já quem comenta no YouTube nem sempre sabe respeitar os limites de uma interação respeitosa e formal com o autor do vídeo, tendo em vista que o YouTube está viciado na informalidade e no imprevisto. Para evitar maiores dissabores no YouTube, adotei um estilo visivelmente reservado por lá. 

        Pelo menos, sou sincera com o público e não prometo falsas esperanças de respostas. A maioria dos Youtubers deixa a caixa de comentários aberta, mas trata os comentários como números e não responde as pessoas. O máximo que os Youtubers fazem é o seguinte: colocar um coração no comentário favorito. 

       Para mim, meus leitores não são números. Meus leitores e ouvintes são pessoas que respeito e tenho fraterno carinho. Contudo, não prometo respostas em comentários, pois sou discreta e reservada. Sintam minha fraterna energia nos meus textos e vídeos, mas não ultrapassem os limites da minha vida pessoal. Não tenho tempo para interagir na internet e não crio vínculos com desconhecidos. Respondo com educação e sinceridade os comentários do blogue, mas não tenho disposição para maiores interações no YouTube. 

         Se você é discreto e não gosta de exposição na internet apesar de ter dons artísticos e criativos, saiba que existe o caminho do meio (o caminho do equilíbrio). Você pode expressar a sua voz e as suas ideias sem precisar mostrar o rosto, a vida pessoal e tudo o que é valioso para a sua privacidade. Você também não é obrigado a interagir nos comentários. A sua própria voz já carrega a sua mensagem. É possível ter o melhor dos dois mundos (o mundo criativo e o mundo da privacidade) sem perder valores em nenhum deles. 


              


      Na internet, gastamos energias em um mundo que impulsiona o excesso de comunicação, o qual é, muitas vezes, desnecessário. Para quem acredita em "energias", falar demais e se expor demais (inclusive na internet) desgasta energias preciosas que podem ser direcionadas para outras finalidades. E a realização dos nossos sonhos e dos nosso legados fala por si só. 

       O silêncio vale ouro. Meu segredo do sucesso é o silêncio. O silêncio forma ideias com mais qualidade e ativa a criatividade com mais sabedoria. Dentro do silêncio, posso formular a minha criatividade e crescer pessoalmente e intelectualmente com sabedoria e mais maturidade. Acredito que as mensagens transmitidas pelos meus textos e vídeos falam por si mesmas. 

        Vivemos em um mundo onde as pessoas falam demais, mas não sabem o que estão transmitindo. Vivemos em um mundo imaturo com pessoas que não sabem para onde vão, mas que fazem um mundo cor-de-rosa na internet. As pessoas não sabem mais construir legados sólidos na vida real, pois perdem energias quando falam demais na internet. 

       A internet é uma ferramenta e não uma substituta da vida real. Eu vivo o meu silêncio, a minha vida real e a minha privacidade em primeiro lugar. Minha vida real é a prioridade. Gosto de interagir sinceramente com as pessoas de carne e osso ao meu redor ao invés dos distantes e volúveis contatos da internet. A internet é somente uma ferramenta. Estou preocupada com legados sólidos erguidos e construídos dia após dia no silêncio. Não estou preocupada com interações na internet nesse momento da minha vida.

        Um dia, pode ser que eu sinta mais vontade de interagir na internet e decida me mostrar mais no YouTube ou em alguma rede social aberta (minhas redes sociais são privadas por enquanto). Quando esse dia chegar, os propósitos serão bem definidos, refletidos e profissionais. 

        Os meus vídeos no YouTube são públicos, mas com restrições nas caixas de comentários. Meu Blogue e o meu Canal no YouTube são públicos (qualquer pessoa pode visitá-los), mas há controle de comentários. Meu perfil no Facebook e o meu perfil no Instagram são privados no momento (apenas aceito amigos). Sinta-se especial se você é meu amigo no Facebook ou meu seguidor no Instagram (eu realmente gosto da sua energia simpática se aceitei o seu olhar sobre a minha vida). Um dia, eu posso aparecer mais no YouTube e criar uma conta aberta no Instagram (com limites e comentários fechados). Pode ser que eu tenha vontade de interagir mais na internet no futuro. 

        Entretanto, não serei o tipo de pessoa que vive com o celular em mãos. Seguirei desligando o meu celular para meditar e dormir, assim como continuarei afastada do celular nas refeições e em vários momentos do meu dia em que eu sentir a necessidade de estar concentrada na vida real.

         A vida real e a paz de espírito sempre serão prioridades acima da internet. Não gosto de celular apitando toda hora e não acho que o sucesso seja um monte de comentários que você não consegue dar conta de ler. Para mim, o sucesso de um escritor tem uma essência mais profunda: ele significa o toque silencioso no coração de um leitor que transformou positivamente a vida após ser inspirado por um texto repleto de boas mensagens escritas por você. A internet é apenas uma ferramenta de boas mensagens. 


  Confira uma música belíssima chamada "Sound Of Silence" interpretado pelo grupo musical "Gregorian":


   




Texto escrito por Tatyana Casarino. 


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Especialista em Direito Constitucional, Advogada, Escritora e Poetisa. 

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