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domingo, 10 de maio de 2020

Experiência de Fé 2 -- Rezar pelos amigos. O que aconteceu?


               


  Olá, pessoal! Continuando a minha série de textos católicos, hoje eu vou compartilhar a minha experiência de rezar pelos amigos para incentivar a fé dos leitores. Quer saber o que aconteceu? Quer saber o que mudou na vida dos meus amigos após as orações que fiz para eles? Quer saber como rezar melhor pelos seus amigos também? Então, confira esse texto! Boa leitura!


              



   Ninguém entra em nossa vida por mero acaso. Se você acredita em Deus, também deve acreditar que a presença dos amigos em sua vida tem propósitos espirituais. E o propósito maior dos amigos em nossa vida é auxiliar a sua vida no cumprimento da missão do amor ao próximo. Se você é católico, deve crer na salvação. Logo, seu dever como cristão é ajudar o seu amigo a ir para o céu após essa vida temporária. E, se o seu dever é ajudar na salvação do seu amigo, rezar pelos seus amigos é praticamente a obrigação de todo católico (aliás, rezar pelos inimigos também é uma obrigação cristã que diferencia a nossa fé, mas esse será o assunto da próxima postagem).
      É verídico o poder que boas influências têm na vida de uma pessoa. Se é verdade que a má influência tem poder (infelizmente), também é verdade que a boa influência de um amigo leal pode salvar a vida de uma pessoa. Hoje em dia, há muitos comentários sobre influenciadores digitais e famosos. Mas, a maior influência que alguém pode exercer ainda ocorre através da amizade e participa do cotidiano. Se você é católico, você deve ser um "influencer" do céu e do bom caminho para os seus amigos. Já pensou em ser um influenciador celestial ao invés de ser um influenciador digital? Já pensou na honra de ajudar as pessoas no caminho para o céu? 
       Quando uma pessoa passa ao nosso lado, geralmente, ela está carregando feridas, chagas emocionais. Quando vemos uma pessoa machucada em nosso caminho, Deus quer que cuidemos dela e que sejamos amigo dela. Há duas opções diante das pessoas que passam ao nosso lado: desviar o olhar delas ou acolher essas pessoas com as suas feridas (e não há pessoa nesse mundo que esteja totalmente isenta de feridas emocionais). 
    No exercício da generosidade, deixamos as nossas feridas de lado temporariamente para curar as feridas do próximo. Ocorre que, ao curar as feridas do próximo, também curamos as nossas próprias feridas. A generosidade é linda, porque a sua abnegação não permite que eu reviva as minhas mágoas. Quem é rancoroso e vive remexendo em suas feridas não tem tempo nem condições de exercer a generosidade e cuidar das feridas do próximo. 


                    

         

       Esquecer temporariamente as próprias feridas por certo período de tempo e cuidar da fragilidade do próximo é o auge da missão do bem dentro da espiritualidade. Além do mais, um bom cristão não é aquele que segue os dogmas superficiais de sua igreja, mas aquele que segue a substância do evangelho e personifica o bom samaritano. Ao ver um ser humano ferido, um bom samaritano tem compaixão dele: cuida das suas feridas, aplica azeite e vinho nessas feridas e leva a pessoa ferida para uma hospedaria a fim de que ela seja bem tratada e possa recuperar a sua vitalidade (a Parábola do Bom Samaritano está na Bíblia em Lucas 10:25-37). 
   Salienta-se que não veremos necessariamente pessoas fisicamente machucadas ao longo do caminho (se isso acontecer, leve a pessoa para o hospital mais próximo mesmo se ela for um inimigo ou um desconhecido). Essa história do bom samaritano precisa ser interpretada de forma metafórica: ao longo do caminho da nossa vida, passarão pessoas feridas emocionalmente do nosso lado. Teremos duas escolhas: desviar o olhar dessas pessoas ou arregaçar as mangas e ajudá-las de bom coração. O "próximo" é a pessoa que o destino aproximou de nós. Essa pessoa poderá ser: um colega da sala de aula, um colega do trabalho, um colega do cursinho de inglês, um colega da natação e etc. 
         Sempre temos oportunidades para exercer a generosidade. Logo, é preciso fortalecer a sensibilidade para perceber onde posso ser útil e suprir a necessidade de alguém. Posso ter um colega da sala de aula com dificuldades de aprendizado naquela matéria que eu aprendo com facilidade. Sendo assim, posso escolher generosamente dar aulas particulares gratuitas para esse colega a fim de fortalecer o raciocínio dele sobre aquela matéria. Para exercer a generosidade, é preciso humildade. Quem perde tempo tendo orgulho por saber mais que os outros nunca brilhará ao ensinar o seu saber para os outros. 
         Posso ter um colega da natação que parece triste por ter sofrido uma decepção amorosa. Posso ajudar esse colega ao dar bons conselhos, ouvir os desabafos de suas tristezas e oferecer carinho e lealdade para suprir as suas carências e dores emocionais. A vida sempre mostra oportunidades de generosidade. É verdade que a generosidade requer boa dose de sacrifício. Às vezes, dói o coração ouvir os desabafos mais tristes de um amigo (se somos sensíveis, sofremos junto com ele), assim como é desgastante dar aulas particulares de graça. Mas, a generosidade expande a nossa alma. E, se fizemos o bem por amor, escutamos o nosso amigo com amor e doçura, damos aulas gratuitas com amor e entusiasmo. O amor pessoal, fraterno e cristão faz qualquer ato generoso valer a pena. Além disso, o nosso círculo de amizade fica mais forte, mais iluminado e nós passamos a ser ainda mais sábios após exercer a generosidade. 
          Também ganho no exercício da generosidade. Quando aconselho um amigo a ser mais sábio, também trago mais sabedoria para a minha própria vida. Quando transmito o meu saber gratuitamente para um colega com dificuldades de aprendizado, fortaleço ainda mais o meu conhecimento (sabe-se que a melhor forma de estudar é ensinando outra pessoa). Quando decido ser amigo leal de alguém que está ferido emocionalmente, derramo sobre o meu amigo o azeite do meu amor e o vinho da minha sabedoria. Quando fortaleço a alma de alguém e o caminho de alguém, também fortaleço o meu próprio caminho e a minha própria alma. Deus recompensa a minha bondade e derrama ainda mais o seu azeite do amor e o seu vinho da sabedoria sobre mim mesmo. 
           Não obstante, é preciso salientar que a generosidade não pode virar subserviência. Não posso ser submisso e cegamente servil à vontade alheia. A generosidade cumpre o evangelho, mas a subserviência não tem nada a ver com o evangelho. Jesus era um homem forte e de firmes convicções no tempo Dele. Jesus falava a verdade com coragem e não tinha medo dos hipócritas nem dos fariseus. Jesus não falava somente aquilo que era agradável para os ouvidos dos homens da época Dele. Muito pelo contrário, Jesus incomodava por falar firmemente a verdade e foi até mesmo perseguido e crucificado por isso. Por essa razão, não posso achar que ser cristão é ser "bonzinho" e cumprir todas as vontades alheias. Ser generoso é saber ser útil ao próximo naquilo que ele precisa e não naquilo que ele quer que eu seja

              

Santa ira de Jesus no Templo (João 2, 13-25). 

            

           Ser generoso não é ser bonzinho e agradável, mas ser útil e levar a luz da verdade e do conhecimento para o outro. Nem sempre o vinho da sabedoria que derramarei no próximo será doce. Às vezes, são as palavras amargas e os conselhos firmes e duros que curam o próximo. Não podemos cair na cilada de uma falsa generosidade subserviente. Jesus sabia a hora certa de ser firme. O amor não tem só uma face doce, mas também uma face firme e justa (podemos lembrar da santa ira de Jesus no templo). Não podemos cair no vício de querer ser agradável e bonzinho sempre, pois esse vício apaga a verdadeira virtude da generosidade.
        Também não podemos cair na cilada da idolatria, a qual produz o pensamento de que somos o "ídolo" do próximo por termos feito o bem para ele. Não podemos cair no orgulho de acreditar que somos os "heróis" que salvam a vida dos outros. Somos seres humanos de carne e osso e não somos "messiânicos". Messias é Jesus. Ele é o Salvador verdadeiro. Não temos a responsabilidade de salvar a vida de qualquer pessoa. Temos a responsabilidade de exercer a generosidade, mas até mesmo a generosidade tem limites. Cada pessoa deve salvar a própria vida e deixar que Jesus salve a vida dela. 
             Posso iluminar o caminho do próximo, derramar azeite e vinho em suas feridas e levá-lo até a hospedaria mais próxima. Mas apenas a pessoa ferida pode curar as suas próprias feridas e caminhar na jornada da vida dela com as próprias pernas. Ser um bom samaritano é cuidar das feridas de alguém e não carregar a pessoa nas costas e andar por ela na estrada da vida. Não podemos interpretar de forma equivocada a mensagem do bom samaritano. 
           Não podemos somente dizer "sim" às vontades do próximo. Jesus ensina os seus discípulos a dizerem "sim" e "não" com firmeza e equilíbrio: "Seja, porém, o teu sim, sim! E o teu não, não! O que passar disso vem do Maligno (Mateus 5:37)." Se dizemos sim, devemos cumprir as nossas promessas até o fim. Mas, se o nosso coração diz "não" por dentro diante de uma proposta, é melhor deixar os nossos lábios pronunciarem o "não" o mais rápido possível e com coragem para evitar confusões no futuro. O "sim" e o "não" de nossos lábios devem estar em sincronia com o "sim" e o "não" dos nossos corações. 
          Não podemos ter medo do "não" tornar a nossa personalidade desagradável. Muito pelo contrário, dizer "não" torna a nossa personalidade mais honesta, transparente e leve. E as pessoas admirarão a sua honestidade, firmeza de espírito e sinceridade. Quando temos medo do conflito e dizemos "sim" somente para ser agradável aos outros, atraímos confusões mais cedo ou mais tarde e os temidos conflitos surgirão ainda piores em nossa vida. Dizer "não" com sinceridade é a melhor maneira de evitar conflitos e afastar as situações desagradáveis das nossas vidas. 
              Dizer "não" ao próximo, às vezes, é mais generoso do que o agradável "sim", pois o "não" desenvolve habilidades no próximo como paciência e persistência e obriga a pessoa a sair da zona confortável de ter seus pedidos realizados. É incrível afirmar que o "não" pode ser substancialmente generoso ainda que não seja "bonzinho" à primeira vista. Ao longo da nossa vida espiritual no caminho do bem, arrisco a dizer que falamos mais "não" do que "sim": dizemos "não" às drogas, "não" à luxúria, "não" às tentações, "não" à bagunça, "não" ao prazer desregrado e "não" às corrupções e etc. Uma vida ascética é uma vida que requer o "não". 
          Não é egoísmo usar o "não" para zelar pelo nosso bem-estar e segurança física, emocional e espiritual, pois também tenho o dever de cuidar de mim mesmo espiritualmente. Não posso esquecer totalmente das minhas feridas, assim como não posso deixar de lado o meu próprio caminho espiritual. Às vezes, é preciso ficar um tempo isolado do mundo exterior e curando as minhas próprias feridas no conforto do meu lar para atender às feridas do próximo mais tarde quando a alma estiver mais forte. É preciso descansar a própria alma de tempos em tempos e isso não é egoísmo, mas autocuidado. Tempos de descanso "sabático" são essenciais em nossa jornada espiritual. 
          Além do mais, os limites da generosidade são bem claros. Por exemplo, posso dar aulas particulares gratuitas ao meu amigo com dificuldade de aprendizado, mas não posso fazer as provas no lugar dele nem passar cola. A generosidade é sempre ética e, quando saio do caminho moral em nome da generosidade, estou caindo na cilada do mal e deixando de exercer a verdadeira luz da generosidade. Posso aconselhar o meu amigo que passa por um período emocional turbulento, mas não posso deixar que ele derrame seus sentimentos tóxicos sobre mim. Ele deve respeitar o meu espaço, os meus limites e ouvir com respeito os meus conselhos ainda que sejam duros e firmes. 


                        

Maria e Mirian (Novela Jesus -- Record)

          

          Salienta-se que, se você é um amigo generoso, sua alma é expandida pelas novas descobertas. Você descobre que os seus braços podem guiar os cegos, empurrar as cadeiras de rodas das pessoas com deficiência e abraçar os carentes. Você descobre que não há nada a perder na generosidade. Na generosidade, você ganha muitas graças e ganha mais utilidade para o mundo. Você descobre que a vida fica mais feliz e divertida quando você usa a sua força física, espiritual e emocional para levantar as outras pessoas. 
         Quando você levanta a autoestima de outras pessoas durante os seus gestos de generosidade, a sua vida evolui e você ganha mais autoestima também ao descobrir novos sentidos para sua vida. Sentir-se útil para os seus amigos vai aumentar a sua evolução pessoal e espiritual. 
           Você descobrirá que sacrificar parte do seu tempo para ajudar os outros vai preencher o seu tempo com uma nova luz. Você vai descobrir o prazer que há na dor da generosidade. A sua alma vai ficar maior e a sua vida ganhará um sentido grandioso. Tudo fica mais magnânimo e brilhante ao redor de você. As pessoas que foram ajudadas por você irradiam luz -- e essa luz volta para você em dobro. O entusiasmo que as pessoas sentem ao serem ajudadas por você retorna para você e aumenta o "combustível" da sua alma formado por entusiasmo e esperança. 

                     

"Um amigo me chamou para cuidar da dor dele, guardei a minha no bolso e fui. Frase atribuída à escritora Clarice Lispector. 
         

        Ao emprestar a sua visão para os cegos, os seus próprios olhos passam a enxergar mais. Ao transmitir sabedoria aos ignorantes, o seu próprio intelecto fica mais sábio. Ao empurrar as cadeiras de rodas das pessoas com deficiência, os seus próprios braços ficam mais fortes. Ao abraçar as pessoas carentes, as suas próprias carências são curadas. Ao dar conselhos para os seus amigos, a sua própria vida fica iluminada com as ideias sábias que surgiram dentro de você para iluminar o próximo. 
        Ao dar dinheiro aos mais pobres, a sua própria vida financeira passa a ganhar mais com o carisma e a criatividade que nasceram da sua sensibilidade na caridade. Ao transmitir carinho às pessoas rejeitadas, as suas próprias feridas e chagas de rejeição são cicatrizadas com as luzes da gratidão que essas pessoas passarão espiritualmente para você. 

            

          


          O generoso está cumprindo o ápice da máxima cristã de amar o próximo, pois o generoso torna-se parecido com Jesus. Jesus escolheu ser sacrificado para curar a humanidade, pois Ele sabia que as Suas chagas curariam as chagas dos seres humanos. Quando curo as feridas dos outros que são parecidas com as minhas, estou seguindo os passos de Jesus. Passo a ser um bálsamo na luz na vida do próximo, porque a minha presença cura as feridas das pessoas. 
        Todos nós estamos feridos, visto que as chagas emocionais e espirituais marcam presença na nossa vida imperfeita e nas turbulências e traumas do mundo. A diferença está na forma como lido com as minhas feridas: posso escolher ser um curador a partir delas, posso escolher ser um agente de novas feridas e posso escolher ser morno, indiferente e avarento diante da percepção das feridas da humanidade. 
         Há milhares de exemplos de como agimos a partir das nossas feridas e que variam conforme as pessoas e as situações. Existem aqueles pais que perderam os filhos em acidentes de carro e que abrem instituições de caridade para amparar outros pais enlutados ou para evitar acidentes de trânsito (pessoas feridas que usam a generosidade para curar as suas próprias feridas e as feridas de outras pessoas em situações semelhantes). Existem pessoas que sofreram com as chagas da pobreza e que, quando ficam prósperas por seus próprios méritos, abrem diversas instituições de caridade para ajudarem outras pessoas no caminho da vitória e da prosperidade.
      Existem pessoas que foram humilhadas, razão pela qual elas fazem questão de erguer a autoestima das outras pessoas que passaram por situações de humilhação semelhantes ou que atravessam uma fase de insegurança emocional. Muitas dessas pessoas que venceram as humilhações do seu passado são escritoras de livros de autoajuda, psicólogas e palestrantes motivacionais. 
     Geralmente, somos mestres nos assuntos que tocam as nossas velhas feridas. O nosso destino dá graças para nós justamente quando aprendemos a curar as nossas feridas. Prosperamos quando descobrimos o "remédio" de determinadas feridas emocionais e passamos a compartilhar a sua "receita" generosamente com outras pessoas emocionalmente feridas.  
        Contudo, também existem aquelas pessoas que sofreram com as chagas da pobreza e viraram criminosas. Existem pessoas que perderam entes queridos em acidentes de trânsito e saem atropelando outras pessoas, porque perderam a lucidez. Existem pessoas que foram humilhadas e, por causa disso, humilham outras pessoas e cometem abusos físicos e verbais contra pessoas inocentes e que nada têm a ver com as suas velhas feridas. E não existe pecado maior do que errar de alvo e descontar as nossas velhas feridas em pessoas inocentes. Não podemos "sangrar" em cima de pessoas inocentes. Nosso dever é fazer cicatrizar as nossas feridas e ajudar na cicatrização das feridas alheias. 
      Somente através do sofrimento que descobrimos a chave da cura das feridas e dos sofrimentos. Não podemos ter medo do sofrimento, porque ele pode ser transmutado em sabedoria e luz. Apenas quem sofre pode entender melhor o sofrimento alheio e curar o próximo de forma mais profunda. Somos mais compassivos e humildes quando experimentamos sofrimentos semelhantes ao do próximo. Jesus é a representação do Deus que se fez carne e que se humilhou na cruz para entender e curar os sofrimentos humanos. 
        O assunto sobre as feridas emocionais pode parecer místico, mas já foi reconhecido pelo pai da psicologia analítica. Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica, gostava de estudar os símbolos e os arquétipos que navegam entre o mundo psicológico e místico do inconsciente coletivo. Ele é autor de uma frase extremamente sábia: "Do mesmo modo que aquele que fere ao outro fere a si próprio, aquele que cura, cura a si mesmo."

                  

          

     Entenderam a beleza da generosidade enquanto cura das feridas do próximo e como ela pode ser exercida com equilíbrio e amor fraterno dentro das amizades? Bem, a postagem agora vai abordar sobre o modelo bíblico de amizade (passagens bíblicas sobre amizade), Jesus das Santas Chagas como curador das "chagas" emocionais dos nossos amigos e a minha experiência ao rezar pelos amigos (tudo isso após esse longo texto sobre generosidade, diferença entre ser bom e subserviente e feridas emocionais para vocês, leitores, compreenderem melhor o assunto). 

I) Modelo bíblico de amizade e passagens bíblicas sobre amizade.


           


  O modelo bíblico de amizade é o da fraternidade. O bom amigo cristão não inveja, não julga e não maltrata. O amigo cristão dá amor ao próximo sem interesse. O amigo é abnegado, amoroso e justo. O amigo amoroso é paciente, bondoso, não inveja, não se vangloria e não se orgulha (Leia o Versículo 4 de Coríntios 13). 
    O amigo cristão ama em todos os momentos e, na adversidade, torna-se um irmão. Lembre-se de que: "O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade (Provérbios 17:17). O amigo cristão é aquele que é capaz de dar a própria vida pelos seus amigos. Salienta-se que "Ninguém tem maior amor do que este -- de dar alguém a sua vida pelos seus amigos (João 15:13)". 
     A Bíblia ordena que tenhamos amigos, pois não há como amar a Deus sem amar o próximo. Na Bíblia, encontramos o seguinte: "E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão (João 4:21)". 
     Em Eclesiastes, a Bíblia aconselha que é melhor viver com amigos: "Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho (Eclesiastes 4:9). Na Bíblia, a lealdade em relação aos nossos amigos será cobrada de nós: "Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai, nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade; melhor é o vizinho perto do que o irmão longe (Provérbios 27:10)". 
      A Bíblia ensina que não importa a quantidade de amigos, mas a qualidade do amigo que é praticamente irmão pelo seu amor leal e fraterno. É melhor ter um amigo com qualidade de irmão do que vários amigos, já que: "O homem que tem muitos amigos pode congratular-se, mas há amigo mais chegado do que um irmão (Provérbios 18:24)".
     A Bíblia ensina que devemos ser unidos aos nossos amigos, pois, do mesmo modo que ajudo o meu amigo a levantar-se no dia da provação, também serei ajudada por ele no dia da minha turbulência e angústia (e, assim, cumpri-se-á a missão cristã de levantar-se sempre com fé, esperança e amor após as angústias da vida): "Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante (Eclesiastes 4:10)". 
     A Bíblia aconselha o modelo de amigo sábio, visto que devemos escolher boas companhias que agregam valores espirituais em nossas vida e não más companhias que derrubam o nosso caminho: "Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal (Provérbios 13:20)". A Bíblia também ensina que o verdadeiro amigo é aquele que repreende você e corrige a sua conduta com justiça quando você erra ao invés de ser conivente de suas más atitudes: "Melhor é a repreensão feita abertamente do que o amor oculto. Quem fere por amor mostra lealdademas o inimigo multiplica beijos (Provérbios 27:5-6)."
        A Bíblia ordena que sejamos dedicados uns aos outros com amor fraternal: "Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a vocês (Romanos 12:10)."
     A Bíblia ensina-nos a distinguir os verdadeiros amigos dos falsos (Eclesiástico -- 37), sabendo que o amigo verdadeiro não se torna inimigo na adversidade nem vira as costas no dia de sua riqueza, já que o bom amigo é fiel e grato: "Todo amigo diz 'Eu também contraí amizade'. Há porém um amigo que é só de nome. Não é uma dor que dura até a morte ver um amigo e um companheiro mudarem-se em inimigos? Ó presunção criminosa, onde tiveste origem, para cobrir a terra com tua malícia e tua perfídia? O amigo distrai-se com seu amigo nas suas alegrias; no dia da tribulação, ele se tornará seu adversário. O amigo compartilha da desventura do seu amigo no interesse de seu ventre; ao ver o inimigo, tomará do escudo. Não te esqueças de teu amigo nos teus pensamentos; no meio da riqueza, não percas a sua lembrança."

                       

          
        Por fim, a Bíblia ensina-nos a procurar o conselheiro certo. Em Eclesiástico (37), vemos sobre a prudente escolha de um conselheiro a partir do versículo 7: "Não te aconselhes com aquele que te arma um laço. Esconde tuas intenções àqueles que te têm inveja." A partir do versículo 15, porém, surge o modelo ideal de amigo e conselheiro: "Sê, porém, assíduo junto a um santo homem, quando conheceres um que seja fiel ao temor a Deus, cuja alma se irmana à tua, e que compartilhará da tua dor quando titubeares nas trevas. Fortalece em ti um coração prudente, pois nada tem mais valor para ti. A alma de um santo homem descobre às vezes melhor a verdade que sete sentinelas postas em observação numa colina.
        Vemos a intuição do amigo bom que busca a santidade e os valores de Deus ser mais certeira que a de sete sentinelas, não é mesmo? É preciso buscar sempre bons amigos e sábios conselheiros para o nosso bom caminho ser fortalecido, assim como é necessário ser um bom amigo e um excelente conselheiro para as pessoas ao nosso redor. 
     
II) Jesus das Santas Chagas -- O Curador das chagas das nossas almas.

               


           O centro da nossa vida está na maneira como lidamos com as nossas "chagas emocionais". De uma mesma espécie de "chaga emocional", pode surgir uma pessoa boa e uma pessoa mau. Devemos optar, com o nosso livre-arbítrio, pela conduta boa de cura das nossas chagas. 
     Como já mencionei no texto, uma pessoa humilhada e com a chaga emocional da rejeição pode escolher entre curar a sua autoestima e ser uma incentivadora da cura psicológica dos outros ou pode ser aquela pessoa que fere os outros e acaba humilhando os outros e repassando as suas "chagas emocionais". 
      Para vencer as nossas "chagas", é preciso humildade, já que o orgulho ferido pode ser perigoso, vingativo, pecador e mau. Com humildade, devemos perdoar quem provocou as nossas chagas emocionais no passados e tornarmo-nos instrumentos de cura das chagas das outras pessoas, especialmente do próximo que é o nosso amigo. Como a cura das nossas chagas emocionais é fundamental no nosso caminho espiritual em direção ao céu, devemos sempre rezar para que Jesus das Santas Chagas cure as chagas emocionais dos nossos amigos.
        Há chagas emocionais que são invisíveis e que estão além do nosso alcance. Sendo assim, para serem curadas, elas precisarão de oração. Por mais que sejamos bons conselheiros dos nossos amigos e que eles se esforcem para curar as chagas deles com terapias diversas oferecidas pelo mundo, somente Jesus pode curar as chagas emocionais mais profundas deles. 
             Jesus é o filho de Deus, o cordeiro de Deus que veio tirar os pecados do mundo e curar as chagas das nossas almas através do sangue de Suas Santas Chagas. Portanto, você pode fazer uma oração bem profunda e, ao mesmo tempo, simples para ajudar na cura das chagas emocionais dos seus amigos (eu criei a oração abaixo após estudar sobre Jesus das Santas Chagas):


                  


Oh! Bom Jesus das Santas Chagas, cure as chagas emocionais mais profundas do (a) ________ (dizer o nome do seu amigo ou da sua amiga), revigore as forças da sua alma e abençoe o meu amigo com saúde física, mental, emocional e espiritual. Que ele encontre uma boa autoestima, uma autoestima que não vire o pecado do orgulho, mas que saiba abastecer a alma dele com um justo amor por si mesmo que se manifestará em um amor mais sadio pelo próximo. Equilibre, Senhor, autoestima com humildade na alma de meu amigo, afaste dele a chaga da confusão mental e cure as chagas da carência dele em suas raízes mais profundas. Que a nossa amizade seja abençoada pelos anjos do Senhor para que possamos caminhar dentro de uma amizade saudável, sábia e alegre em direção ao céu. Inspire os meus lábios a pronunciarem os conselhos sábios que meu amigo precisa ouvir, inspire os ouvidos do meu amigo a escutarem as minhas palavras com boa interpretação. Afaste de nosso caminho os mal-entendidos e que a nossa comunicação seja sempre livre, clara e bem entendida por ambas as partes. Obrigada, Senhor, pela presença desse amigo em minha vida. 


*Você também pode rezar o Terço de Jesus das Santas Chagas para os seus amigos. Saiba mais ao clicar no link:

https://www.padrereginaldomanzotti.org.br/jesus-das-santas-chagas/terco-de-jesus-das-santas-chagas/


   


III) Rezar pelos amigos -- O que aconteceu?

 Você pode rezar pelos seus amigos todos os dias ou a qualquer momento. Eu costumo orar pelos meus amigos e familiares todos os dias de manhã. Ocorre que existe um momento para rezar pelos seus amigos que é o mais sagrado de todos: o momento após receber a comunhão na Santa Missa. Quando estou na Igreja, costumo imaginar os meus amigos e familiares ao meu lado na igreja e participando da santa missa (ainda que eles estejam distantes da igreja e de mim fisicamente por morarem em outras cidades). 
   Eu percebi que a minha oração pelos meus amigos ficou mais forte quando eu passei a orar por eles nesse momento: de joelhos dobrados com a santa Hóstia consagrada na boca. Neste momento tão sagrado, sentimos a santa presença de Jesus em nós e podemos pedir para que Jesus esteja presente na vida de nossos amigos também, curando as chagas emocionais deles e transformando a vida deles. 
    Podemos agradecer pela nossa salvação e orar pelos nossos amigos de forma espontânea com seriedade, concentração, fé, esperança e amor. Não adianta rezar para os seus amigos com o coração tomado de desesperança e a mente sem concentração. Você deve acreditar de verdade na cura emocional do seu amigo por mais sensível que seja a fase que ele está atravessando (desemprego, decepção amorosa, ansiedade e etc). 
  Não desperdice o momento sagrado da comunhão! Prepare-se com concentração para esse momento, santifique o seu coração, afaste os pecados do seu caminho. O momento da Hóstia é um momento sagrado, pois Jesus disse: "Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue permanece em Mim e Eu nele (Jo 6,57)".
     Antes de nos aproximarmos da Eucaristia, dizemos: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo". Esse é o momento católico mais solene de encontro com Jesus Cristo. O bem amado de nossa alma vem fazer morada em nosso coração e pode abençoar os nossos amigos também. 
       Sempre orei pelos meus amigos, mas passei a orar nesse momento da Hóstia consagrada dentro da santa missa desde 2018 e percebo mudanças significativas na vida dos meus amigos desde que passei a rezar para eles nesse sagrado momento. De 2018 para cá, percebo mudanças inéditas na vida dos meus amigos: empregos que surgiram na vida dos amigos, bons maridos para as amigas (uma amiga se casou e a outra está com um bom noivo), melhoras na saúde física, emocional, mental e espiritual, aumento da autoestima dos amigos e curas psicológicas diversas (estabilidade de humor e maior resiliência emocional estão mais presentes na vida dos amigos). 
       Sou amiga de longa data dos meus amigos e rezo por eles há anos (2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017...). Mas foi em 2018 que a vida dos amigos começou a mudar. E por que tantas mudanças a partir de 2018? Porque passei a rezar por eles dentro da Igreja após a santa comunhão. Coincidência? Mágica? Não existe coincidência nem mágica, mas sim milagres de um Deus vivo e misericordioso.  

                     

      
       É claro que somente as minhas orações não fazem milagres. Houve uma sincronia divina entre a minha vida e a de meus amigos: estamos evoluindo e amadurecendo mais a partir de 2018. Os meus amigos também são pessoas de Deus e que têm uma vida forte de oração (cada um na sua religião e eu respeito cada forma de religiosidade deles). Os meus amigos também são pessoas boas que estiveram disponíveis aos processos de curas espirituais e psicológicas ao longo dos anos. Não adianta rezar para aquele que não está disponível à cura, assim como não adianta rezar por aquele que não tem fé. Jesus mesmo ensinou-nos que é a fé que salva (Lucas 17:19). Mas, se o seu amigo também é bom, consciente e tem boas intenções de crescimento espiritual, rezar por ele trará efeitos maravilhosos. 

*Contar ou não contar aos seus amigos que você ora por eles?

          


   O correto é não contar para você não cair no orgulho de achar que as suas orações são as "chaves" das curas dele. As suas orações formam apenas uma pequena "chave" que abre as boas portas das bênçãos na vida deles, mas quem escancara essas portas e cura os seus amigos de verdade é Jesus e somente Ele merece honra e glória. Salienta-se que o que a mão direita faz a esquerda não precisa ficar sabendo. Do mesmo modo que não podemos vangloriar o nosso orgulho pelos atos de generosidade (caso contrário, deixa de ser generosidade e passa a ser orgulho), também não podemos ficar orgulhosos pelas nossas orações generosas. Lembre-se das palavras de Jesus sobre guardar a humildade diante das boas obras para evitar o constrangimento do próximo e desviar-se de uma queda orgulhosa: 

Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;
Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.
E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.

Mateus 6:1-6


                   


 Contudo, dependendo da situação, pode ser generoso dizer ao seu amigo como consolação que você está orando por ele (como forma de consolação e não de orgulho próprio). Se você for muito íntimo do seu amigo, você pode contar a sua rotina de orações e compartilhar os seus aprendizados espirituais ao fazer pedidos por ele. Peça ao seu anjo da guarda para inspirar você sobre o momento certo e a maneira certa de contar sobre suas orações ao seu amigo (lembrando que essa é uma exceção, pois a regra é manter as orações em segredo).
   Se o seu amigo narrar as mudanças que estão acontecendo na vida dele, fique em silêncio e sinta a alegria dele. Se ele atribuir as mudanças às "chaves" diversas de bençãos que surgiram na vida dele, fique feliz também. Raros serão os amigos que reconhecerão as suas orações como uma dessas "chaves" de bênçãos e mudanças. Se a gratidão vier, receba o gesto com doçura. Mas, se não vier o reconhecimento, siga orando por ele. A oração deve ser feita assim como a generosidade: de modo abnegado e sem esperar reconhecimento. 

                   

    

      Além do mais, devemos ser humildes para reconhecer que nossa oração é apenas uma "chave" que abre uma porta de bênçãos, pois muitas outras "chaves" de bênçãos virão de outras fontes e muitas outras portas serão abertas por outras orações, instrumentos e pessoas na vida dos seus amigos. Jesus é o único que merece receber a honra pelas mudanças positivas na vida dos seus amigos. É Jesus quem verdadeiramente abre as portas e os caminhos dos seus amigos, cobrindo de bênçãos as almas deles. Em minha vida, rezo por muitas pessoas. Poucas pessoas sabem que recebem as minhas orações. A maioria das pessoas do meu círculo de amizades não faz nem ideia que eu rezo por elas (observar a mudança positiva na vida dos amigos em silêncio pode ser muito bom). 


*Reflexões finais: O bom samaritano, o anjo e o girassol.

  Para encerrar essa postagem com "chave de ouro" (já que falamos tanto sobre as nossas orações serem "chaves" que abrem boas portas nas vidas dos nossos amigos no tópico anterior), é preciso dizer que ser um bom amigo é saber ser um bom samaritano, um anjo e um girassol na vida do seu amigo. Explico cada um desses "arquétipos" de santidade e amizade:


      


I) O bom samaritano: Diferentemente do que muitos pensam, o bom samaritano não é aquele que quer ser, de forma doentia, o "salvador" nem aquele que quer "carregar" o amigo nas costas. O cristão sabe que só Jesus salva e que nós devemos aprender a ser fortes e a caminhar com as nossas próprias pernas. O bom samaritano não é aquele que alimenta a dependência e a carência do amigo, mas aquele que ensina o seu amigo a ser independente após curar as feridas e as chagas emocionais dele com o azeite e o vinho do amor e da sabedoria. O bom samaritano é aquele que não abandona o amigo ferido no meio da estrada, mas que sabe perdoá-lo pelos maus momentos, ajudá-lo na cura das suas feridas e levá-lo até a hospedaria mais próxima. 


            


II) O anjo: Do mesmo modo que devemos orar para que o nosso anjo da guarda proteja a nossa vida, devemos orar pelos anjos da guarda dos nossos amigos (para que os anjos dos amigos orientem o caminho deles) e devemos ser uma espécie de "anjo da guarda" para o nosso amigo aqui na jornada terrestre. O bom amigo é aquele que exerce um papel de "anjo" na vida do outro, instruindo acerca do bom caminho e inspirando a salvação do próximo. O padre Paulo Ricardo, por exemplo, aconselha cada católico a ter os hábitos de rezar pelo seu anjo da guarda e o de cumprimentar mentalmente o anjo da guarda do amigo todas as vezes que for cumprimentar o seu amigo e encontrar-se com ele. 
   A missão do anjo da guarda é ajudar o protegido a chegar no céu em um caminho de luz, virtude e santidade. Sendo assim, enquanto seres humanos cristãos, também devemos "imitar" os anjos da guarda e sermos inspirações de luz, virtude e santidade na vida dos nossos amigos. 

*Assista ao vídeo: "Como me relacionar com o meu anjo da guarda?" do padre Paulo Ricardo, onde ele fala sobre ser um anjo na vida dos amigos também (e aproveite para inscrever-se no canal do YouTube do padre Paulo Ricardo):






      



III) O girassol: Você já reparou o que os girassóis fazem em um dia nublado? Essa flor é tão simbólica para o cristianismo, porque está sempre buscando o céu, a luz do Alto e o sol. Em dias ensolarados, os girassóis movimentam-se junto com o sol, mas, em dias nublados, os girassóis aparecem curvados uns para os outros. 
   Um girassol busca em outro girassol a energia que necessita na falta do sol. Assim são os amigos: quando falta energia boa e vigor na vida deles em um momento "nublado" e cheio de turbulências, eles buscam inspirações e energia nas pessoas mais próximas. O padre Reginaldo Manzotti sempre cita essa flor em suas homilias, vídeos e livros para inspirar a fraternidade mútua nas amizades. No seu livro "O Poder Oculto", o padre Reginaldo Manzotti diz que precisamos ser girassóis na vida dos nossos amigos e vice-versa (nossos amigos também são os "girassóis" que abastecem as nossas energias em momentos ruins). 
   Qual é o seu amigo que mais representa um girassol para você? E você tem sido um girassol na vida dos seus amigos? Faça do seu círculo de amizades um jardim de girassóis. Eu estou cultivando muito bem o meu "jardim de girassóis". Nos dias "nublados", vamos seguir a inspiração da natureza e compartilhar as nossas boas energias com os outros ou inspirar-se nas boas energias dos sábios e queridos amigos. E você? Você também cultiva um "jardim de girassóis" no seu círculo de amizades? 
           
*Assista ao vídeo "Aprenda com os girassóis" do padre Reginaldo Manzotti (inscreva-se no canal do YouTube do padre também):






*Texto escrito por Tatyana Casarino, especialista em Direito Constitucional, advogada, escritora e poetisa. 

*Fonte das imagens: Google Imagens, Pinterest, pinturas do artista francês Bouguereau e imagens da telenovela brasileira Jesus da Record. 

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