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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Modelos de Personagens: Aspectos estéticos e arquétipos femininos famosos


     Olá, pessoal! Na postagem anterior sobre o assunto, citei seis arquétipos masculinos que fazem sucesso nas histórias de ficção -- cinema, literatura e teatro. Como salientei na postagem pretérita, apostar em arquétipos deixa o escritor mais seguro por contar com o inconsciente coletivo na hora de uma história fazer sucesso (se quer saber mais sobre o assunto, estude as teorias psicológicas de Jung e a vasta simbologia presente na arte como representação da realidade). 
   Hoje mostrarei seis arquétipos femininos muito presentes na ficção e muito carismáticos também. Não é fácil escrever sobre arquétipos femininos hehehe (mesmo a escritora sendo mulher), pois a mulher invoca muito mais mistério do inconsciente -- tanto do individual quanto do coletivo. Mas, expressei os arquétipos a seguir com boas reflexões. Boa leitura!


Adriana Esteves atuando como Catarina em "O Cravo e a Rosa".



1- A Megera Domada

   A megera domada (nome de arquétipo baseado na obra de William Shakespeare e que inspirou a personagem Catarina da telenovela brasileira "O Cravo e a Rosa") é aquela personagem brava, firme e difícil de ser conquistada pelos homens. Geralmente, a megera domada é uma mulher racional, intelectual, independente e feminista que foge do romantismo apesar de nutrir secretamente anseios românticos. 
        Esteticamente, a megera domada tem feições delicadas, é delgada, alta ou de estatura mediana, com profundos olhos negros (olhos escuros realçam independência, mistério e magnetismo) e cabelos escuros curtos ou no cumprimento "chanel". Os cabelos curtos demonstram desapego da feminilidade, irreverência, ousadia, liberdade e independência. 
        Normalmente, a megera domada esconde um bom coração e, embora pareça feroz e visceral, possui um lado romântico e dócil oculto (por isso, a alcunha "domada" ao lado da palavra "megera"). Na jornada do equilíbrio, ela deverá entrar em contato com o seu lado romântico, doce e diplomático após uma reviravolta em sua vida, um período de dificuldade, a descoberta de sua fé ou a vivência de um grande amor. A megera domada seria uma mulher que reúne a Bela e a Fera em apenas uma pessoa. 
          Embora seja elegante e culta, a megera domada pode ser tomada por verdadeiros "ataques histéricos" e sair por aí quebrando tudo -- como, por exemplo, Catarina que adorava jogar vasos e objetos sobre o chão ou contra a parede quando estava nervosa. Há uma pitada cômica nessa espécie de personagem, a qual peca por ser sincera demais e avassaladora.
            É um arquétipo complexo: refinado e hiperbólico, intelectual e histérico, sagaz e cômico. Pode ser uma heroína com traços de vilã, assim como pode ser uma mocinha com personalidade diferente da doce donzela tradicional. O mais bonito desse arquétipo é o seu coração bom oculto que se revela aos poucos para o público. Catarina, por exemplo, ensinava jovens analfabetos a ler e a escrever, era generosa e participava de passeatas pelos direitos das mulheres.

*Observação: Catarina me inspirou a criar uma personagem cômica também em pequenos contos que divulgo no blog, os quais são denominados de: "Contos de Catarina". Sugiro que clique no link com os contos dessa minha personagem ao final dessa postagem.  





Heddy Lamar. Bela e inteligente, a atriz protagonizou a primeira cena de orgasmo feminino no cinema e, fora dele, contribui com invenções tecnológicas.


2- A femme fatale 

    A femme fatale é uma mulher que exala feminilidade, beleza e sensualidade. Com aquela beleza acima da média, a lindíssima Femme Fatale arranca suspiros por onde passa e marca presença em todos os lugares. Não é apenas a sua beleza que é estonteante, mas também a sua personalidade forte. 
  Assim como a megera domada, a femme fatale é uma  mulher independente, repleta de bravura e determinação. Não obstante, ela exala mais feminilidade, vaidade e sedução. Mais do que um símbolo sexual ou um rosto bonito, a femme fatale é uma personagem versátil que apimenta qualquer história com seu intenso magnetismo e personalidade orgulhosa e irreverente. 
     Esteticamente, essa personagem é bem versátil também: pode ser retratada como ruiva, morena, loura, branca ou negra. Não importa o seu tipo de beleza, contanto que seja linda, magnética e forte. Costuma usar maquiagem para destacar seus lindos olhos grandes e batons chamativos para realçar os seus lábios carnudos -- e convidativos para os beijos que os homens sonham em arrancar dela. 
       Seus cabelos variam do tamanho médio ao cumprido, podendo ser de todos os tipos: lisos, cacheados ou ondulados, desde que sejam volumosos e ostentem muitos fios de um jeito sensual. Suas roupas geralmente são escuras, tendendo ao preto, ou vermelhas vivas. Usam unhas compridas pintadas de preto ou vermelho. Geralmente usam decotes em "V" e saias sensuais com fenda. Abusam de joias chamativas, acessórios, brincos compridos, colares de pérolas e roupas com transparência. 
       No cinema antigo, a femme fatale costumava fumar (algo politicamente incorreto para os tempos de hoje), e a forma como fumava tinha aspecto sensual. Piteiras também eram símbolo de elegância e sensualidade. Vale lembrar que, na primeira cena de orgasmo feminino do cinema, a atriz Heddy Lamar fuma um cigarro logo após o prazer e a fumaça contamina o ambiente enquanto ela ainda está em êxtase (filme Ekstase de 1933). Costuma tomar bebidas alcoólicas com moderação (sem moderação, seria deselegante para a chique femme fatale), especialmente as destiladas. 
       A jornada da femme fatale nas histórias costuma apontar uma mulher livre sexualmente, a qual inspira as outras mulheres a terem coragem de serem elas mesmas sem medo da opinião da sociedade. Essa personagem também pode ser mais reservada sexualmente, apesar da aparência sensual, e enlouquecer os homens com sua aura de "impossível". O arquétipo de mulher maravilhosa e  impossível de ser conquistada mexe com o inconsciente coletivo dos homens e é bastante retratado no cinema, no teatro, na literatura e nas telenovelas por autores, cineastas, artistas e poetas. 
     Mais do que uma fantasia masculina, a femme fatale é bem poderosa, autônoma, independente e dona de si, sendo um exemplo de "empoderamento" feminino. É a típica mulher que conquistou autonomia sem perder a feminilidade e a sensualidade. Além disso, mais do que qualquer "empoderamento" externo, o poder dessa mulher vem de dentro, exalando magnetismo, luz, mistério e charme pelos seus poros. 
     O mais importante é que a beleza dessa personagem não é vazia, mas repleta de conteúdo e personalidade. Costuma ser muito inteligente e ter ideias diferenciadas do senso comum. Infelizmente, algumas telenovelas deturparam esse arquétipo, colocando personagens "gostosas" e vazias ou promovendo o mito da loura burra. Mais do que ser "mulherão" e cheia de curvas, a femme fatale autêntica é hiperbólica em todos os sentidos. A autêntica femme fatale é elegante, exalando uma beleza chique e uma sensualidade refinada -- nunca é vulgar. 




Jennifer Connelly como Sarah Williams 
em Labirinto -- A Magia do Tempo. 



3 - A romântica misteriosa

   A romântica misteriosa é uma mulher doce, meiga, gentil e ingênua que parece estar presa em um mundo de fantasia. O seu mistério reside no fato de que ela parece ter saído de outro mundo mesmo (e quem sabe saiu?). Nisso, reside a grande sacada do escritor de ficção: poder apresentá-la como uma simples mulher romântica e sonhadora ou poder criar um mundo fictício para ela e apontar as suas origens fantásticas. 
  Geralmente, a mulher doce e romântica aparece no enredo para contrabalancear um homem cético, realista e workaholic, ensinando o seu amado a ser uma pessoa mais otimista e esperançosa (como ocorre no filme Encantada onde a romântica Gisele ajuda o cético advogado Robert a ter mais alegria de viver). Como uma fada, a romântica misteriosa é delicada, caminha com passos de bailaria e parece dançar nas pontas dos pés. 
      Poética, é extremamente sensível e parece ter saído de um livro de conto de fadas. Seria a autêntica "princesa" dos contos infantis. Porém, não é nada infantil: ao longo do enredo, revela sua natureza madura e seu caráter forte, provando que a doçura pode conviver ao lado de maturidade e a força pode estar aliada à delicadeza. É uma mulher complexa e paradoxal, e a beleza desse tipo de personagem reside justamente em seus paradoxos. 
      O maior desafio da romântica misteriosa é provar ao mundo que ela pode ser muito forte apesar da delicadeza e, muito embora seu jeitinho seja dócil e humilde, revela seu orgulho quando decide resistir às adversidades e impor a sua personalidade. É capaz de superar obstáculos difíceis e surpreender o público quando, a despeito de sua delicadeza e aparência frágil, vence desafios de alto nível. A graça dessa personagem é a surpresa que ela causa no leitor/espectador por causa do contraste entre sua força e jeito delicado. 
     Esteticamente, apresenta uma beleza clássica e delicada, traços faciais simétricos, cabelos cumpridos e abundantes, bochechas rosadas e lábios delicados e rosados. Este arquétipo doce geralmente destaca mulheres com aquela beleza estilo "Branca de Neve": pele clara e cabelos escuros. 
      Essa personagem gosta de usar vestidos, saias longas, blusas floridas e coloridas, calças com estampas de flores ou calças sociais elegantes. Sempre está maquiada e de unhas feitas (pintadas com esmalte cor-de-rosa, branco ou bege). As românticas adoram acessórios delicados, anéis e brincos pequenos. 
     É importante colocar esse tipo de personagem em histórias com lições morais sobre a importância de trilhar o caminho das virtudes. A romântica misteriosa expressará virtudes ao longo de sua jornada, tais como: delicadeza, equilíbrio, afabilidade, justiça, verdade, humildade e honestidade. Seu lema é "tenha coragem e seja gentil", tal qual o lema de Cinderela no Remake de 2015.     
      É uma das raras personagens que consegue equilibrar coragem com gentileza e força com amabilidade. Estes contrastes são bonitos e tornam-se ainda mais belos quando comparados com os maus atributos de outras personagens sem virtudes no contexto da romântica misteriosa. 
       Vilãs invejosas tais como as irmãs de Cinderela, além de deixarem a caminhada da personagem mais difícil, também mostram o contraponto da virtude. Vícios e virtudes entram em batalhas, e é importante mostrar que somente os virtuosos têm finais felizes. Um dos aspectos mais interessantes da mocinha romântica é a descoberta de sua força interior e a forma como ela vence os medos de enfrentar o mundo externo e triunfar na sociedade. 


         

Sandra Bullock e Ryan Reynolds no filme "A proposta". 



4- A mulher séria e independente

      A mulher séria e independente é o arquétipo da advogada, da empresária, da chefe, da mulher de negócios e da mulher bem-sucedida na ficção. Geralmente, essa mulher aparenta ser fria emocionalmente, muito focada em coquistas profissionais, "fechada" para investidas românticas e é tipicamente workaholic. Esse arquétipo é o oposto da romântica misteriosa: não aparenta romantismo nem sonhos de amor. Forte, determinada e assertiva: essa mulher é um "furacão" nos negócios.
     Normalmente, essa mulher, por trás da pose independente, tem um coração romântico ferido ou aprendeu a ser mais fria para poder enfrentar o mundo dos negócios e triunfar em áreas ainda tão repletas de homens. Tornou-se, portanto, mais objetiva e pragmática apesar de guardar sua feminilidade e revelar seu jeito mais carinhoso nos pequenos detalhes. 
      Aparenta não ter medo de críticas e muitas pensam que essa mulher é "metida", intransigente e reservada, mas essa personagem guarda segredos de amor, oculta um coração sensível e, muitas vezes, chora escondida na sua cama de noite pelas suas decepções sentimentais e pelos problemas que enfrentou na vida e no mundo exterior para poder treinar o seu caráter forte. 
         Geralmente, essas mulheres precisam aprender que a profissão não é tudo na vida e que o amor tem seu valor. Afinal, como diz uma célebre frase bem popular no mundo dos famosos: "Uma carreira, por melhor que seja, não pode te aquecer durante a noite." A mulher séria e independente guarda uma leoa extravagante e sensual dentro de si que precisa ser desperta por algum homem romântico, corajoso e teimoso o suficiente para insistir em conquistá-la.
          É um arquétipo mais comum de ser encontrado desde a entrada da mulher no mercado de trabalho, e é um dos preferidos da feministas, em geral. Entretanto, apresenta desafios e defeitos que precisam ser superados ao longo da jornada. Qualquer mulher moderna pode se identificar com este arquétipo, o qual se infiltrou com rapidez no inconsciente coletivo ao longo das últimas décadas. Não é um arquétipo feminino clássico, mas tornou-se muito comum atualmente e importante de ser estudado. 
            Esteticamente, é uma mulher de beleza clássica ou moderna, com traços delicados e fortes e costuma sorrir menos que os demais arquétipos. Séria e imponente, é uma mulher muito realizada que dividi sua alegria com poucas pessoas. Usa cabelos presos ou curtos, dependendo da história. Essas mulheres costumam ter cabelos escuros e olhos escuros. O seu andar chama a atenção de todo o ambiente de trabalho. Morenas, geralmente, passam mais seriedade que as louras em histórias assim. 






5 - A odalisca impossível 


     Essa mulher pode ser uma princesa do oriente, uma dançarina, uma bailarina, uma especialista em dança do ventre, uma odalisca sensual e até mesmo uma deusa. Enfim, são tantos arquétipos dentro de um só! Mas, há sempre algo em comum nos estilos citados: o amor platônico. A odalisca impossível desperta desejos platônicos nos homens, pois representa a mulher dos sonhos (e nem sempre seu amor será "palpável" ou mesmo real). 
    Essa mulher pode aparecer envolvida por uma espécie de neblina, representando uma deusa ou uma feiticeira do oriente. Geralmente, ela mora num lugar distante (ou em outro mundo), e a distância geográfica (ou mística) entre os personagens é um dos maiores empecilhos dessa história de amor.  
         A odalisca impossível é um dos arquétipos mais clássicos que existem, estando presente no imaginário coletivo há séculos. Como uma deusa, ela exala atributos fortes, potentes, mágicos e sensuais. De personalidade forte e magnética, ela é uma mistura de femme fatale com romântica misteriosa. Sensual e romântica ao mesmo tempo, ela é a princesa dos sonhos que oferece um ninho de aconchego, prazer e amor ao ser amado. O lado virtuoso desse arquétipo aparece na forma de mocinhas, tais como: Jade (personagem de O Clone, telenovela brasileira) e Jasmine (par romântico do aventureiro Aladdin). 
         Misteriosa, ela sempre encanta e arrasa corações. Mas, a odalisca impossível também tem seu lado sombrio: o seu lado "feiticeira" pode atuar de forma malévola, manipuladora e traiçoeira, assim como a sombria Lilith e a perigosa Jezabel. 
                 Sendo assim, esse arquétipo pode deixar o lado doce de lado e atuar de modo obcecado e sombrio, caso utilize seu poder de influência e sedução para o mal. É um arquétipo com altíssimo poder de influência, magnetismo e sedução não somente por sua beleza, mas também pelo mistério e magia emanados por tal mulher. 
                 Esteticamente, possuem uma beleza oriental: grandes olhos castanhos ou verdes, lábios bem desenhados e cabelos escuros volumosos cacheados ou lisos. O corpo costuma ser escultural e a maquiagem foca nos olhos, com o uso de lápis de olhos preto para realçar o olhar magnético e sensual. Também costumam aparecer com diversas joias, acessórios, colares, brincos grandes, anéis, pulseiras e até tornozeleiras. Os pés bonitos também podem ser os símbolos sexuais dessas odaliscas. Assim como os pés, as mãos delicadas dessas mulheres ganham um destaque visual especial com esmaltes chamativos nas unhas e tatuagem indiana de henna (Menhdi) na pele.  





6 - A guerreira implacável 

   Esse é o arquétipo feminino mais "Yang" da lista, estando repleto de traços atribuídos normalmente aos arquétipos masculinos, tais como: ímpetos bélicos, teimosia, força (até mesmo a física), garra e competitividade. Esse arquétipo foge da tradição feminina de harmonia e pacificação, vestindo os trajes da luta e demonstrando mulheres melhores que homens no campo de batalha. Para essas guerreiras implacáveis, o mundo é um campo de batalha eterno. 
     Perseverante, o lema dessa mulher é "jamais desistir". As guerreiras nunca abrem mão de uma guerra, pois, quando decidem por um objetivo, vão até o final -- ainda que cheguem no limite de suas forças e sangrem no campo de batalha. Apaixonadas pela vida, essas mulheres são dominadas pelo elemento fogo e são como chamas acesas de força vital. Nenhum obstáculo é capaz de derrubar essa mulher indomável. 
         Lutadoras, as guerreiras implacáveis enfrentam dores físicas, emocionais, psíquicas e as mais variadas decepções na vida sem perderem o brio. Detestam vitimismo e melindres, pois acreditam que devemos ser fortes nas batalhas da vida e jamais podemos nos entregar às fraquezas. 
         Geralmente, a guerreira implacável se apaixona por outro guerreiro como ela ou por um homem mais sensível e "Yin" que servirá de contraponto no enredo.  Também pode optar por uma vida celibatária e ser uma espécie de "caçadora virgem" -- tal como a deusa Diana da mitologia romana (deusa da lua e da caça). 
             Nas sociedades mais antigas, esse arquétipo é encontrado nas civilizações onde a mulher era exaltada, poderosa ou companheira de batalha, como é o caso de alguns núcleos de Vikings (Lagertha da séria Vikings está na imagem). A donzela de escudo e espada é um arquétipo bonito de ser trabalhado.
               Esteticamente, é um arquétipo versátil: pode ser loura ( a maioria das guerreiras Vikings), morena, ruiva, européia (Joana d´Arc), negra (guerreira africana) ou oriental (guerreira chinesa como Mulan). Mulheres que se fingem de homens para participarem de uma guerra também são comuns na mitologia e na história do inconsciente coletivo. 
            Aqui no Brasil temos um exemplo de guerreira pouco difundido pelos meios de comunicação: A Maria Quitéria, uma militar brasileira que foi heroína da Guerra de Independência. 
             Geralmente, essas mulheres prendem os cabelos ou usam tranças. Suas vestes são vestes militares típicas de guerra com pequenos e discretos adornos de feminilidade. 

*Para quem quiser saber mais sobre mulheres guerreiras, sugiro o texto com sete exemplos reais de mulheres que participaram de guerras escrito pelo colunista do blogue e estudioso de História, o Mateus Bulow:

http://tatycasarino.blogspot.com/2017/11/mulheres-que-devem-ser-lembradas-parte-2.html

Texto escrito por Tatyana Casarino. 

**Confira os Contos de Humor de Catarina escritos por Tatyana Casarino (o nome da personagem e a sua personalidade divertida foram inspirados na personagem Catarina de O Cravo e a Rosa citada nesta postagem):

http://tatycasarino.blogspot.com/search/label/Contos%20de%20Catarina


*Observação: Leia também a lista dos arquétipos masculinos 

http://tatycasarino.blogspot.com/2019/03/modelos-de-personagens-aspectos.html


**Como escritor, você pode unir um arquétipo feminino citado nesta lista com um masculino e, assim, construir a sua história com base no envolvimento de arquétipos semelhantes ou discordantes. 

*Exemplos de arquétipos combinados para um enredo literário:

 *O bom moço e a romântica misteriosa;

                 

Cena da telenovela da Globo Espelho da Vida. 



*O príncipe misterioso e a romântica misteriosa;


Cena do filme francês de A Bela e a Fera. 


*O bom moço e a megera domada;


Cena de O Cravo e a Rosa. 


*O hippie e a mulher séria e independente;


Cena da telenovela da Record "Bicho do Mato". 
Juba e Cecília (um homem criado no mato e uma médica da cidade). Juba, muito embora não seja um hippie propriamente dito, adota a estética e o comportamento hippie. 


*O vampiro e a femme fatale;


Casal da vida real: A sexy Dita Von Teese e o gótico Marilyn Manson


*O padre apaixonado e a femme fatale;


Cena da minissérie global "Hilda Furacão"

*O bom pescador e a romântica misteriosa.


Guma e Lívia em "O Porto dos Milagres"


E Etc. 


Legal, né? Toda história boa começa com o contato entre arquétipos. Como diz Victor Hugo: "Do atrito de duas pedras chispam faíscas; das faíscas vem o fogo; do fogo vem a luz". A luz nasce do contato entre pessoas diferentes na vida real e entre arquétipos na literatura. Se você quiser luz na sua história, dê atenção aos relacionamentos dentro de uma trama. 

Tatyana Casarino. 

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