O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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segunda-feira, 9 de abril de 2018

Taty Casarino Respondendo TAG - 5

                       
    
     Olá, pessoal! Há algum tempo, eu venho respondendo TAGs no meu blog, ou seja, perguntas diversas para ampliar os assuntos retratados aqui. Já escrevi sobre literatura, vida pessoal, moda, músicas... E hoje eu vou responder a uma TAG sobre filmes (TAG -- Viciada em Filmes). No Recanto da Escritora, eu faço diversas Análises dos meus filmes prediletos, assim como recordo novelas antigas num verdadeiro "Vale a pena ver de novo" (sou uma canceriana que ama memórias). 
    Na presente postagem, indicarei meus filmes favoritos. Comente sobre os seus filmes favoritos também e compartilhe com aqueles que gostam desse assunto cinematográfico. Além de responder a TAG, eu acabei fazendo algumas reflexões filosóficas. Boa leitura!


1. O último filme que você assistiu



    O último filme que eu assisti foi o "Nunca fui beijada" com a Drew Barrymore. Em verdade, eu já havia visto o filme antes (umas três vezes hehehe), mas resolvi assistir novamente antes de me mudar para Brasília (DF). Trata-se da história de uma jornalista de 25 anos que finge ser uma estudante de 17 anos do Ensino Médio de um Colégio com o intuito de descobrir histórias reveladoras de adolescentes e, desse modo, conseguir uma vaga como repórter. Ocorre que ela nunca viveu um romance na adolescência devido à timidez. Logo, o disfarce ajudará a Josie (nome da personagem) a viver tudo aquilo que ela não desfrutou no passado. Mais bonita e autoconfiante, Josie tem a chance de reescrever a sua história e, é claro, de ser beijada. 

2. Um filme que você quer muito ver 

   


  Eu quero muito ver "Maria Madalena", porque é um filme que retrata a vida de uma das personagens mais emblemáticas, enigmáticas e marcantes da Bíblia. Ela rompeu os paradigmas sociais machistas de seu tempo em prol da nobre missão de propagar a fé cristã. 

3- Um filme para chorar

    


  Se você quer chorar, recomendo o filme "Em algum Lugar do Passado" que retrata a vida do famoso dramaturgo Richard Collier (Christopher Reeve -- Suspiros) em busca da sua amada Elise McKenna (Jane Seymour). Richard resolve viajar no tempo para reencontrar o grande amor da sua vida. Mesmo sendo um jovem homem dos Anos 80, Richard tem obsessão pelo retrato de uma moça de 1912.
   Ao embarcar em sua viagem no tempo, Richard reencontra a sua amada Elise e vive momentos sublimes de amor ao lado dela até o Tempo cobrar o seu preço... Destaque para a trilha sonora romântica e melancólica. Impossível não chorar! Hehehe... 

4- Um Filme para rir 

   


   Se você quer rir, recomendo o filme "Minha Vida Não Faz Sentido", onde Felipe Neto apresenta as histórias de sua biografia em um palco. O filme está disponível na Netflix e não se trata de um stand-up comedy típico, mas garanto que você vai se divertir muito. O livro "Minha Vida Não Faz Sentido" de Felipe Neto é a base do espetáculo. 
    Confesso que não gosto de livros de youtubers pela ganância comercial dos mesmos aliada à ausência de conteúdo mais profundo. Entretanto, Felipe Neto tem o meu respeito, pois vejo nele amor pela Arte e verdadeiro talento teatral. Ele não é apenas mais um "digital influencer" que vive de assuntos fúteis... Ele gosta de levar reflexões filosóficas ao seu público jovem além de propagar o amor à literatura. Nota-se que Felipe Neto é um querido "nerd" típico que ama Harry Potter e Disney. Além disso, ele escreveu o seu livro com as próprias mãos (não houve ghost writer como em certos livros de youtuber -- e dizem que ele também recusa propostas meramente comerciais de novos livros). 
      A função social de Felipe Neto é ampla com seus vídeos de conscientização contra o preconceito, incentivo ao uso correto da língua portuguesa (Não Faz Sentido Erro de Português como ele diz) e alerta contra jogos autodestrutivos como a Baleia Azul. Felipe Neto também costuma motivar jovens que sofrem de depressão ao falar do valor da vida e da importância de expressar seus sentimentos e pensamentos. 

              

      
           O que eu mais gosto no Felipe Neto, além da sua autenticidade (característica típica de aquariano muito embora ele não acredite em Astrologia hehehe), é a sua coragem em assumir os seus erros do passado. Somos seres humanos em constante evolução e não devemos ter medo de reinventar os nossos padrões. Felipe é um cara que está sempre se reinventando (por essa razão o sucesso dele vai longe) e provando que é possível transformar os próprios valores. 
           Infelizmente, devido às inúmeras "tretas" (a internet é um mundo cheio de conflitos, minha gente) que ele se envolveu, ele acabou afastando diversos grupos de seguidores, como os místicos. Ao gravar o vídeo "Astrologia Não Faz Sentido" (vídeo de enorme repercussão), ele chamou os Astrólogos de Charlatões em tom professoral, "iluminista" e ríspido (sabemos que ele interpreta um personagem nesses vídeos, mas não precisava destilar tanto ódio às crenças alheias). Além do mais, ele confundiu misticismo com superstição (tenho um texto no meu blog que diferencia as duas linhas). 
              Como estudante de Astrologia, vi vários astrólogos e pessoas espiritualistas "iluminadas" criticando o rapaz e até "descendo do salto" para atacar o mesmo. Minha gente, mostrar-se irritado só vai provar que os místicos não têm as "luzes da razão". Vamos enviar sempre energias de luz, amor e entendimento. As pedras da incompreensão social sempre fizeram parte da história dos astrólogos. Nunca poderemos comprovar cientificamente que a Astrologia funciona, considerando que a mesma é um saber intuitivo, holístico e empírico. Então, relaxem na energia de Paz e Amor. Temos a consciência tranquila que não somos charlatões. Há mais charlatões nas ciências tradicionais, na política e nas empresas do que no mundo místico.
           Fazemos um trabalho limpo e bonito, consolando as pessoas na luz do autoconhecimento e incentivando as mesmas a se reinventarem a partir do Mapa Astral. Logo o Felipe que gosta tanto de falar de evolução e transformação foi criticar a Astrologia, o saber que mais prega o autoaperfeiçoamento humano e o abandono de preconceitos na luz da compreensão. A partir do momento que eu sei que nasci com certos defeitos (se foram realmente provocados pelos planetas, eu não posso provar...), eu posso me banhar na nova luz do autoconhecimento para me transformar constantemente. A Astrologia só busca a transcendência de nossos ímpetos e índole para sermos pessoas melhores. 
             Bem, feitas essas reflexões, afirmo que sei separar as minhas crenças das minhas análises. Mesmo ele tendo ofendido os Astrólogos, eu continuo inscrita no Canal dele e recomendando o mesmo a todos (até a minha avó é inscrita no Canal dele hehehe). O filme dele é bom, divertido e autêntico. Eu recomendo para você, leitor, dar boas risadas. Há várias partes da vida dele que eu me identifico. Admiro o fato de ele ter sempre seguido a intuição de seu coração (mesmo naqueles momentos em que ele precisou ir contra tudo e contra todas -- rebeldia positiva bem típica de Aquário hehehe). 


5- Um filme que você assistiu 3 vezes ou mais

  


      A Bela e Fera. Eu vi o filme A Bela e a Fera tantas vezes que eu já perdi a conta, hehehe. Eu era simplesmente fanática por A Bela e a Fera quando mais jovem (Minha Nossa!). A Bela e a Fera é o primeiro desenho animado da história a ser indicado ao Óscar de Melhor Filme. Lançado em 1991 pelos Estúdios Disney, ele recebeu as premiações do Óscar de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original "Beauty and the Beast". Inspirado no conto de fadas francês de Jeanne-Marie Le Prince de Beaumont de 1756 (recomendo a leitura) e no filme de Jean Cocteau de 1944, o desenho animado narra a história de uma bela moça chamada Bela que vivia insatisfeita em uma aldeia francesa. 
    Certo dia, a moça, que era inteligente e amava ler, é obrigada a ficar presa em um castelo com uma fera horrível. Mesmo sendo assustadora, a Fera ganha a afeição da moça por mostrar a sua gentileza. Bela notou que, por trás da aparência feroz, havia um príncipe. O filme surpreende ao mostrar para o público a necessidade de enxergar o interior das pessoas. No livro do Conto de Fadas Francês, Bela tem irmãs enquanto o desenho animado mostrou a princesa sendo filha única. 
      Sabe-se que, no conto original, Bela tem irmãs fúteis que gastam o dinheiro com roupas, joias e objetos de valor. Bela, no entanto, gasta o tempo lendo e tocando instrumentos musicais. As irmãs morrem de inveja de Bela, pois ela é assim chamada por ser a mais bela dentre as irmãs -- mesmo recusando recursos estéticos. Bela tem uma beleza natural e inteligência. A inteligência da moça faz com que ela sofra preconceitos na aldeia retrógrada e machista (ninguém compreende a sua autenticidade e ideias originais). Entretanto, sua humildade é testada pelo destino. Ao conviver com a Fera, Bela terá de escolher qual virtude guiará a sua vida: beleza, inteligência ou sabedoria. Ela escolhe a Sabedoria e, por essa razão, é agraciada pelo destino. 
       Uma boa fada aparece a ela dizendo que Bela será uma rainha bela, inteligente e sábia e que desfrutará de um relacionamento perfeito pautado pela Virtude. Nesse instante, a Fera se transforma em um belo príncipe e as irmãs de Bela paralisam como estátuas de pedra (obrigadas a contemplar a felicidade da irmã e a invejá-la por toda a vida). A Fera escondeu a sua bela aparência de príncipe e a sua inteligência (ele, na realidade, era um homem culto que tinha uma vasta biblioteca) para que a Bela pudesse se apaixonar primeiramente por sua essência mais profunda, invocando a Sabedoria. 

                 

        
          As três virtudes desse Conto -- Beleza, Inteligência e Sabedoria -- são retratadas em várias Poesias e Textos desse Blog. Muita gente se surpreende ao descobrir que a Beleza é uma Virtude. Mas isso ocorre pelo fato de a palavra Beleza ter significado amplo e um simbolismo que vai muito além da estética propriamente dita. A beleza, em diversos segmentos filosóficos, é um valor moral. Um ato seria moralmente belo se fosse bom, correto, justo e virtuoso. Nossas primeiras lições de moral mais primordiais são dadas por nossas mães quando elas dizem diante de um ato nosso -- não faça isso, porque é feio. 
         Para saber sobre as estreitas relações entre Beleza e Moral, recomendo o documentário do Filósofo Conservador Roger Scruton chamado Why Beauty Matters (Por que a Beleza importa). 
            É certo que o Capitalismo mentiu muito para nós sobre Beleza, pregando magreza e roupas de marca, como se tais elementos fossem sinônimos de beleza (e não são). Cometemos o erro de associar beleza à riqueza no capitalismo (e esquecemos que a beleza está nas coisas mais simples e gratuitas). É até irônico pensar que ser magro hoje é sinônimo de beleza e status, pois a magreza antigamente era associada à pobreza. O ritmo de vida acelerado era típico de camponeses humildes (hoje imitado nas academias chiques) que também comiam pouco (e hoje as dietas modernas adoram pregar que se deve comer pouco). Os nobres eram gordinhos para ostentar a fartura de seus banquetes e seu modo de vida luxuoso e sedentário. 
          Mas, quem mais mentiu para nós sobre a beleza foi a ideologia de esquerda (junto com as ideais socialistas). Há anos, a esquerda prega o rompimento absoluto de todos os paradigmas de beleza nas Artes, na Música, na Filosofia e na Literatura (o que é perigoso consequentemente para a Moral...). O resultado disso é que somos obrigados a achar que tudo é belo e que tudo deve ser aceito -- mesmo se estamos diante de uma "obra de arte" feia e imoral. Caso contrário, somos caretas, retrógrados e até "fascistas" (pasmem!). Acusam os outros de fascistas, mas reprimem a nossa liberdade de pregar os próprios ideias artísticos de estética e moral. 
        Antigamente, a história de arte mostra que as manifestações artísticas buscavam elevar a nossa alma até Deus através da contemplação. O nobre papel da arte sempre foi transcender o ser humano e levá-lo a uma realidade mais sublime por meio do encantamento e da beleza. Ao contemplar o belo na arte, o ser humano se esquecia de seus problemas mundanos e colocava um pouco de paz e contentamento dentro de seu coração angustiado. É isso que busco nas minhas Poesias (manifestação do belo na literatura) aqui no blog -- levar paz aos corações das pessoas e um pouco de magia e encantamento àqueles que enfrentam um cotidiano pesado. 
           Todavia, quando a ideologia de esquerda passou a dominar o meio artístico, o papel da arte se inverteu. Ao invés de buscar elevar o ser humano, a arte passou a ter o desagradável papel provocativo de denunciar tudo aquilo que há de mais feio em nossa sociedade. Num primeiro momento, foi até "nobre" e "revolucionária" essa função de denúncia. Mas, com o passar do tempo, a arte foi se tornando cada vez mais decadente, vulgar e desprovida de encantamento. Ao invés de buscarmos as estrelas e embriagar a nossa alma com um pouco de romantismo, mergulhamos ainda mais na lama de toda a podridão mundana na modernidade. Nesse contexto, surge a importância do debate sobre o belo e o moral. O resgate do belo seria o resgate de nossos valores morais e a esperança em uma humanidade mais encantadora e feliz atualmente. 

                         

                
                 Vale lembrar que a decadência do culto ao belo (não estou falando de aparência, mas na apreciação da beleza em sentido geral) fez surgir a geração mais depressiva de todos os tempos (que é a geração moderna). Alguns psiquiatras, como Augusto Cury, realçam a importância de cultivar a sensibilidade para contemplar o belo no cotidiano através do sorriso de uma criança, de uma flor desabrochando, da leitura de uma poesia, do brilho das estrelas ou até mesmo das cores do céu... 
                A falta de valores morais também deixou a nossa geração "desnorteada" e com sérios transtornos mentais. Nesse sentido, vale refletir até que ponto defender a liberdade a todo custo sob o preço do rompimento de todos os paradigmas é saudável. O resultado do rompimento de padrões não foi uma sociedade mais livre, porém mais triste. A complexidade de ideologias modernas retirou a simplicidade e a alegria. O resultado disso não foi uma sociedade sem preconceitos e igualitária, mas ainda mais nervosa e desigual. Só iremos vencer o Preconceito e a desigualdade através do Amor. E acreditem -- O Amor não pode ser gerado por ideologias, mas de corações que cultivam valores belos. Vamos amar a todos, enxergando o interior das pessoas além dos rótulos e dos preconceitos como ensina o conto A Bela e a Fera. O Amor é a força mais feroz e bela de todos os tempos. O Amor é a única e verdadeira revolução -- a revolução interior. 

Texto escrito por Tatyana Casarino 

*Confira o Documentário citado (Why Beauty Matters)



https://www.youtube.com/watch?v=bHw4MMEnmpc

*Confira também o Texto Citado -- A diferença entre Misticismo e Superstição

https://tatycasarino.blogspot.com.br/2017/12/misticismo-x-supersiticao.html

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