Quitéria de Jesus
Olá, pessoal! Continuando a nossa série sobre "Mulheres que devem ser lembradas", hoje eu trago sete mulheres que participaram de guerras e foram célebres tanto pelos atos de heroísmo quanto pela originalidade. Mais uma vez, cito como é importante lembrar das mulheres não apenas pela beleza, mas também por outras virtudes, tais como: originalidade, inteligência, genialidade, heroísmo, coragem, bravura e determinação.
Na lista passada, eu trouxe cinco mulheres especiais e originais na história por suas invenções, teorias, obras criativas e personalidades: Alicia Nash, Mileva Maric, Emmy Noether, Camille Claudel e Hedy Lamarr. Contudo, hoje publicarei um texto do meu amigo escritor Mateus Ernani Heinzmann Bulow que fez uma lista de sete mulheres com expressiva participação na história das guerras. Considerando que o Mateus Bulow tem um vasto conhecimento histórico, cultural e a respeito de guerras, ele resolveu contribuir com o meu blog e fez um texto para essa série. Em seu texto, ele cita sete mulheres que participaram de guerras: Maria Quitéria de Jesus, Francisca Carrasco Jimenez, Deborah Sampson, Agustina de Aragón, Suryiothai, Laskarina Boubolina e Teresa Magbanua.
Augustina de Aragón
Para a minha surpresa, eu não conhecia nenhuma destas mulheres citadas, exceto Maria Quitéria de Jesus. Em minha mente, a participação de mulheres em guerra era raríssima e extraordinária, como a de Joana D' Arc, a guerreira mais famosa do mundo.
Entretanto, o texto de Mateus elucida que a participação das mulheres na guerra vai muito além de efetivamente pegar em armas e combater frente a frente com os homens nos centros de batalha, pois envolve também tarefas como: cuidar dos ferimentos dos soldados, manter as refeições em dia e costurar os uniformes. Sendo assim, a participação das mulheres sempre foi importante na história da humanidade, incluindo assuntos predominantemente masculinos como guerras e lutas de independência.
Acredito que o texto dele vai ajudar o leitor a se lembrar da importância dessas mulheres, contribuindo com o amadurecimento da sociedade diante do papel da mulher na história. Chegou o tempo de enxergar as mulheres com olhos mais maduros!
Tatyana Casarino
Espero que gostem do texto de Mateus! É uma honra publicar esta lista em meu blog, tendo em vista que se trata de uma joia rara este material. É muito raro encontrar informações sobre essas mulheres em outras textos de língua portuguesa no Brasil, exceto a respeito de nossa brasileira valente, Maria Quitéria de Jesus.
Eu posso até gostar de aprender outros idiomas, mas sou muito patriota e, como toda escritora, amo o meu próprio idioma, o português do Brasil. Mateus é um escritor que tem o poder da palavra além de ser patriota e valorizar a nossa língua muito embora saiba outros idiomas também. Viva a língua portuguesa! Vamos compartilhar informações em nossa língua! Boa leitura!
Confiram abaixo o texto de Mateus Ernani Heinzmann Bulow
Maria Quitéria de Jesus
Mulheres que devem ser
lembradas – Mulheres na Guerra.
Apesar da área militar ser vista como uma carreira masculina,
a maior parte das nações permite a presença de mulheres entre suas linhas de
defesa, nos dias atuais. Mesmo assim, existe certa “mística” em torno de
mulheres capazes de pegar em armas e lutarem de igual para igual com homens,
seja ao lado destes, ou contra estes.
Antes de surgir a logística nos campos de batalha, necessária
para manter as tropas em boas condições entre as batalhas, a presença feminina
nos acampamentos militares era algo recorrente: esposas, irmãs e filhas seguiam
os soldados para tratarem de seus ferimentos, costurarem seus uniformes,
fazerem as refeições, entre outras tarefas. Algumas vezes, elas pegavam em
armas e lutavam ao lado dos soldados, mas isso costumava ocorrer apenas quando
os acampamentos estavam sob o ataque inimigo.
Dessa forma, existia outra implicação para a presença das
mulheres em batalhas: a desvantagem estava com o lado defensor, obrigando quem
deveria ficar longe do combate (mulheres, crianças e velhos) a contribuir com
ele. Em geral, as mulheres combatentes que entraram para a história lutaram ao
lado de exércitos mais fracos, desorganizados ou menores. Mesmo assim, muitas
delas tiveram a chance de brilhar por sua coragem e determinação, algumas vezes
mudando o rumo de batalhas.
A presente lista conta com alguns exemplos dessas valentes
mulheres, jovens ou com idade mais avançada, e algumas regras serão adotadas:
as integrantes dessa lista possuem existência comprovada, dessa forma preferi
apanhar representantes do início do século XVI até os dias de hoje, para não
ocorrer enganos. Outra regra será falar sobre uma mulher por nação ou povo,
para deixar a lista mais diversa e interessante. Por fim, decidi não seguir uma
ordem cronológica, para iniciar a lista com uma integrante mais conhecida do
público. Sem mais delongas, hora de apanhar o fuzil e o capacete, e iniciar a
lista!
1 – Maria Quitéria de Jesus.
Conflito: Independência do
Brasil.
Nossa primeira colocada talvez seja a mais conhecida do
público brasileiro, e apesar da intensa propaganda antimilitarista nos meios de
ensino, continua reconhecida como uma grande heroína da nossa independência.
Maria Quitéria de Jesus Medeiros nasceu no Sítio do Licurizeiro, no atual
município de Feira de Santana, estado da Bahia. A data mais aceita pelos
pesquisadores para o seu nascimento é a de 1792.
Maria Quitéria estava prestes a noivar quando entre 1821 e
1822 iniciaram-se na Província da Bahia as agitações contra o domínio de
Portugal. Como não obteve permissão de seu pai para alistar-se, fugiu de casa,
disfarçou-se como um homem chamado “Medeiros” e foi defender a pátria em um
Regimento de Artilharia. Após ser descoberta, serviu no Batalhão de Caçadores
Voluntários do Príncipe D. Pedro I.
Uma das razões para a permanência de Maria Quitéria no
recém-formado exército imperial estava na grande estima de seus companheiros de
batalha e sua coragem. Um dos oficiais que a comandaram em batalha foi José
Antônio da Silva Castro, avô do poeta Castro Alves e comandante do Batalhão de
Caçadores Voluntários. A única ressalva feita por José Antônio foi que Maria
usasse um saiote em seu uniforme, por ser mulher.
O final da guerra foi marcado pelo reconhecimento e o perdão.
Ao ser condecorada com a Imperial Ordem do Cruzeiro por Pedro I em pessoa,
Maria Quitéria pediu para que escrevessem uma carta, para se desculpar com o seu
pai por ter fugido de casa. Após retornar à Bahia, ela se casou com um antigo
namorado, chamado Gabriel Pereira de Brito, com o qual teve uma filha. Em 1853,
Maria Quitéria faleceu com 61 anos de idade. Ela é reconhecida hoje como a
patronesse (feminino de patrono) do Quadro Complementar de Oficiais do
Exército.
2 – Francisca Carrasco
Jimenez.
Conflito: Guerra contra os
Filibusteiros.
Entre os anos de 1856 e 1857, um grupo de aventureiros
americanos comandados por Willian Walker invadiu a Nicarágua, um pequeno país
localizado na América Central, aliando-se a rebeldes que desejavam fazer da
região um protetorado dos Estados Unidos. Foi o suficiente para as nações
próximas, outrora rivais, se juntarem em um esforço conjunto para expulsar os
invasores, chamados “Filibusteiros”.
Uma das nações que mais contribuiu com homens e armas foi a Costa
Rica, terra natal da segunda colocada nesta lista. Francisca Carrasco Jimenez,
mais conhecida como “Pancha Carrasco” entre os seus conterrâneos, nasceu em 1816
em uma família de mestiços e mulatos. Apesar da pobreza e das dificuldades,
Francisca aprendeu a ler ainda jovem, em uma época em que boa parte das
mulheres sequer podia sonhar em ir à escola.
Quando começaram as campanhas para a libertação da Nicarágua,
Francisca contava com quarenta anos, e se alistou como voluntária entre as
tropas costarriquenhas. Na decisiva batalha de Rivas, Francisca se sobressaiu
ao ajudar na captura de um canhão dos Filibusteiros, e relatos de soldados
afirmam que foi ela quem acertou o comandante da artilharia inimiga, com um
tiro de fuzil.
Após a guerra, foi organizado um evento para condecorar os
participantes, e Francisca foi a única mulher a ser condecorada. Sua morte pela
idade avançada em 1890 foi recebida como dia de luto nacional na Costa Rica. Em
2012 ela foi reconhecida como heroína nacional pela Asamblea Legislativa
(equivalente costarriquenho do nosso Congresso Nacional).
3 – Deborah Sampson.
Conflito: Independência dos
Estados Unidos.
Nascida no atual estado americano de Massachusetts, Deborah
Sampson era de uma família humilde, e quando seu pai sumiu no mar, sua mãe a deixou
com alguns parentes mais abastados (uma prática comum na época); ela logo
passou a exercer vários serviços, como costureira ou servente de taverna.
Apesar de nunca ter frequentado uma escola, Deborah aprendeu a ler com os
filhos de um reverendo, e chegou a dar aulas particulares em algumas casas de
famílias mais humildes.
Dona de um nariz avantajado e um físico pouco feminino para a
época, Deborah não teve dificuldade em se passar por um homem ao se juntar ao
Exército Continental, o braço forte dos patriotas na Guerra de independência.
Por ter entrado em um regimento da infantaria ligeira, sua função em batalha
seria cobrir a retaguarda das tropas de linha, uma função não tão pesada como o
combate direto.
Em 1782, ela participou de diversas escaramuças contra os
britânicos, mas em sua primeira batalha mais intensa ela foi ferida por duas
balas de mosquete, e implorou para ser deixada para trás, temendo ser
reconhecida em seu disfarce. Sua perna nunca se recuperou, mas ela
milagrosamente não foi descoberta. Entretanto, o disfarce foi revelado no ano
seguinte; em reconhecimento à sua coragem, Deborah não foi repreendida com
severidade, e recebeu uma quantia razoável para retornar à sua casa.
Após o fim da guerra, Deborah se casou com um fazendeiro e
teve três filhos, além de adotar uma menina. A fazenda onde eles moravam não
era muito produtiva nem muito grande, e as dificuldades financeiras motivaram
Deborah a tentar obter uma pensão como veterana da independência em diversas
ocasiões, em uma “guerra” jurídica que se estendeu de 1802 até 1816. A quantia
obtida foi o suficiente para reconstruir a fazenda e pagar dívidas, o que
salvou a reputação de sua família. Em 1827, ela morreria de febre amarela.
4 – Agustina de Aragón.
Conflito: Guerra de
independência da Espanha.
A Espanha é conhecida por diversas heroínas que pegaram em
armas contra invasores, tais como Maria Pita, Joaquina Gonzalez, Martina
Ibaibarriaga e Maria Josefa Francisca. Durante a dura luta contra os exércitos
imperiais de Napoleão Bonaparte, as guerrilhas se tornaram verdadeiras
“úlceras” para os franceses, e espanhóis de diversas idades, diferentes classes
sociais e ambos os sexos apanharam armas e ferramentas para repelir os
invasores.
Uma das regiões da Espanha onde ocorreram os combates mais
intensos foi Aragão, onde estão as importantes cidades de Barcelona e Zaragoza,
e local de nascimento de Agustina Raimunda Maria, mais conhecida como Agustina
de Aragón. Aos 17 anos ela havia se casado com um cabo de artilharia chamado
Juan Roca Vilaseca, e devido à função do marido, a jovem o acompanhava nas
campanhas por Aragão.
Durante o cerco à importante cidade de Zaragoza, Agustina
realizou a ação pela qual ficou célebre: todos os defensores de um dos portões
da muralha haviam caído, e os franceses prepararam uma investida. Agustina
levava comida para o marido, e percebeu que havia um canhão ainda carregado,
apontando para a porta. Ela apanhou uma tocha de um artilheiro ferido e
disparou o canhão no momento que os franceses atravessaram a porta; foi o
bastante para os invasores remanescentes crerem que se tratava de uma
emboscada, fazendo-os fugirem apavorados.
Apesar de Zaragoza tombar em 1809 e Agustina ser tomada
prisioneira, sua façanha percorreu a Espanha. Após ser liberta, ela
participaria de outras batalhas decisivas, incluindo o cerco de Tarragona, a
sua cidade natal. Após a guerra, ela se casou em segundas núpcias com um barão
chamado Juan Eugenio Cobos de Mesperuza, e desse matrimônio nasceu uma menina
chamada Carlota. Agustina viveu tranquilamente até os 71 anos, falecendo em
1857.
5 – Suriyothai.
Conflito: Guerra Birmano
Siamesa de 1547-1549.
Diversos reinos do sudeste asiático travaram guerras por
territórios e tributos desde a antiguidade, e talvez a rivalidade mais feroz
entre eles envolvesse a Birmânia (atual Myanmar) e o Sião (atual Tailândia). A
primeira guerra entre essas nações ocorreu na época em que os portugueses
chegaram à região, trazendo armas de fogo e novas técnicas de combate; na
Tailândia esse primeiro de vários conflitos contra Myanmar até hoje é lembrado
como “A Guerra onde perdemos a Rainha Suriyothai”.
Não se sabe sobre o início da vida de Suriyothai, exceto sua
origem como integrante da nobreza de baixa extração do Sião; mesmo assim, essa
jovem se casaria com o rei Maha Chakkraphat, e apesar de não o amar
profundamente, ela dividia com ele o senso de dever com o reino. Relatos
palacianos descrevem a rainha como uma mulher firme e resoluta, além de rápida
no raciocínio. Essa perspicácia salvou seu marido de um golpe palaciano logo no
início do reinado.
O reino vizinho da Birmânia estava sob o comando da dinastia
Toungoo, encabeçada pelo rei Tabinshwehti, e embora seu reino não fosse tão
rico como o rival, contava com um exército mais poderoso e numeroso. Quando a
guerra chegou às muralhas de Ayutthaya, capital do Sião na época, Maha
Chakkraphat desafiou Tabinshwehti pra um duelo sobre elefantes, como era o
costume na região, e Suriyothai o acompanhou até o local do duelo, montada em
seu próprio elefante e vestida como um soldado.
O duelo provavelmente teria acabado com a morte do rei
siamês, se Suriyothai não interviesse: quando o rei birmanês estava prestes a
dar um golpe fatal com sua lança, a rainha avançou com o elefante e se interpôs
entre os dois monarcas. Ela morreu ao ser atingida no peito, mas foi o bastante
para motivar os siameses a lutarem com empenho redobrado e a expulsarem os
birmaneses. Mesmo após o Sião ser transformado em um estado vassalo da Birmânia
em 1564, a história de Suriyothai motivaria seus conterrâneos a lutarem até
recuperarem sua independência em 1593, sob o comando do príncipe Naresuan.
6 – Laskarina Bouboulina.
Conflito: Guerra de
independência da Grécia.
A luta pela independência da Grécia foi uma das guerras mais
violentas na primeira metade do século XIX, e envolveu pessoas de toda a
Europa, além de propostas curiosas para o novo país (uma delegação grega chegou
a oferecer a coroa do novo país ao nosso Pedro I). Inúmeras mulheres
participaram da luta contra o Império Otomano, e uma delas, chamada Laskarina
Bouboulina, chegou a comandar sua própria frota naval no Mar Egeu.
Bouboulina nasceu em uma prisão otomana em Constantinopla.
Ela era a filha do capitão Stavrianos Pinotsis e sua esposa Skevo. Seu pai
morreu logo depois que ela nasceu, a mãe e a criança retornaram à ilha de
Hydra. Bouboulina casou duas vezes, primeiro com Dimitrios Yiannouzas e mais
tarde com Dimitrios Bouboulis. Seu segundo marido foi morto em uma batalha contra
piratas argelinos, e Bouboulina assumiu sua fortuna, construindo quatro navios,
incluindo um grande navio de guerra com o nome de Agamemmnon. Nessa época ela
se juntou à Filiki Eteria, uma organização secreta que estava se preparando
para a revolução da Grécia contra o Estado Otomano.
Sua principal tarefa era comprar armas e munições em suas
próprias despesas, trazendo-os secretamente para Spetses em seus navios, mas
Bouboulina também organizou suas próprias forças armadas, compostas por homens
da região. Ela liderou suas próprias tropas até a queda do Forte em 13 de
novembro de 1822, e nesse meio tempo o filho de Bouboulina, Yiannis Yiannouzas,
morreu na batalha em Argos. Apesar da perda do filho, o pós-guerra trouxe algum
alento para Bouboulina, pois sua filha Eleni Boubouli e Panos Kolokotronis
(filho do general Theodoros Kolokotronis, um dos maiores heróis da
independência da Grécia) iriam se casar.
Apesar da vitória, o clima na Grécia continuava tenso, e uma
guerra civil eclodiu em 1824. Bouboulina foi presa pelo governo por causa de
sua ligação à sua agora família detida Kolokotronis, e o novo governo também
matou seu genro. A heroína da independência grega foi morta em 1825, em uma
briga de família em Spetses. Seu navio Agamemmnon foi doado pelos descendentes
ao estado grego, mas ele foi queimado em 1831, durante a segunda guerra civil
grega. Na ilha de Spetses existe um museu dedicado a ela, alojado na mansão do
segundo marido de Bouboulina, onde descendentes dela ainda vivem.
7 – Teresa Magbanua.
Conflitos: Guerra Hispano
Filipina; Guerra Filipino Americana; Segunda Guerra Mundial.
Teresa Magbanua era apenas uma professora e dona de casa
quando estourou a guerra pela independência das Filipinas em 1896. Apesar dos
protestos de seu marido, Alejandro Balderas, ela e seus dois irmãos se juntaram
ao Katipunan, o principal movimento entre os separatistas, e Teresa requisitou
auxílio de seu tio, major dos bandos rebeldes, para participar da linha de
frente. Durante o tempo em que viveu na fazenda de seu marido, ela aprendeu a
atirar e cavalgar, e essas lições mostrariam seu valor durante as três guerras
das quais participou.
Apesar de fazer parte de uma tropa de segunda linha dentro do
exército separatista, Teresa participou de várias batalhas decisivas em 1898. A
visão dela sobre o cavalo, enquanto liderava as tropas, fazia eco com a lenda
de Joana D’Arc, conforme alguns líderes do movimento, mas entre as tropas de
baixa extração ela era chamada de "Nanay Isa" (“Mãe Teresa”). Uma das
batalhas mais importantes contra os espanhóis envolveu a liberação de sua
cidade natal, chamada Iloilo.
Com o final da guerra de independência, os americanos
decidiram ocupar as Filipinas como um protetorado, e muitos guerrilheiros
voltaram à ativa. Teresa participou da batalha de Balantang, uma das mais
célebres vitórias dos filipinos, e chegou a desfilar sobre um cavalo branco,
para encorajar os homens a se unirem ao movimento. No entanto, uma tragédia
pessoal atingiu Teresa logo em seguida: seus dois irmãos morreram em combate.
Após algum tempo insistindo em uma infrutífera guerrilha, Teresa se entregou
aos americanos em 1900 e retornou à fazenda onde vivia com Alejandro. A
ocupação americana das Filipinas duraria até 1946, com o fim do protetorado.
Apesar de não ter efetivamente lutado durante a ocupação
japonesa das Filipinas na Segunda Guerra Mundial, Teresa fez o possível para
ajudar a resistência local, vendendo ou trocando bens da fazenda por munição e
comida. Seu marido morreu pouco depois do início da nova ocupação, e ela vendeu
a fazenda para financiar a luta. Após a Segunda Guerra Mundial, ela se mudou
para a cidade de Pagadian, junto da única irmã que lhe restava, e nunca mais se
casou. Seu falecimento em 1947 não teve anúncios oficiais do governo, mas hoje Teresa
Magbanua é merecidamente lembrada com um prêmio que leva o seu nome, dado a
professores nas Filipinas.
Texto escrito por Mateus Ernani Heinzmann Bulow
Gostou do texto do Mateus? Então, clique na TAG Mateus Ernani Heinzmann Bulow que está ao lado direito da tela do Blog. Aproveite para conferir outros textos dele publicados no meu Blog, Recanto da Escritora.
Suriyothai
Observação:
Caso você esteja no celular e não veja as TAGs, clique em "visualizar versão para a web" que fica acima da minha foto onde está escrito "Quem é a escritora".
TAGs (marcadores) deste texto:
*Mateus Ernani Heinzmann Bulow;
*Mulheres que devem ser lembradas;
*Mulheres na Guerra;
*Textos escritos em 2017.
Clicando no Link abaixo, você confere o texto "Mulheres que devem ser lembradas - Parte 1":
http://tatycasarino.blogspot.com.br/2017/11/mulheres-que-devem-ser-lembradas-parte-1.html
Clicando no Link abaixo, você confere o texto "Mulheres que devem ser lembradas - Parte 1":
http://tatycasarino.blogspot.com.br/2017/11/mulheres-que-devem-ser-lembradas-parte-1.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário