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terça-feira, 10 de outubro de 2017

Análise de Splash - Uma sereia em minha vida


              


  Trata-se de um grande clássico da Comédia Romântica e da Fantasia dirigido por Ron Howard e estrelado por Tom Hanks e Daryl Hannah. O filme é de 1984 e é tão famoso e popular que quase todo mundo já viu a história ou, ao menos, ouviu falar de seu enredo. 
 Como sou apaixonada por histórias e contos de fantasia envolvendo sereias, minha mãe e avó sempre sugeriram este filme para eu assistir. Porém, somente consegui assistir recentemente quando eu estava "passeando" pelos canais de televisão e me deparei com o clássico no Tele Cine Cult. Sim, minha gente, isso mesmo: Tele Cine Cult
  O pessoal da década de 80 deve ter ficado surpreso em ver que certos filmes dessa época já são considerados parte da "Velha Guarda" do Cinema hehehe. Enquanto todos estavam assistindo a "Bibi Perigosa" dando uma surra na amante do seu "querido" marido traficante, eu estava assistindo à Splash - Uma Sereia em Minha Vida. Francamente, ainda bem que eu tenho NET, porque os canais abertos estão cada vez mais indecentes, sensacionalistas e violentos... Não preciso nem dizer que o meu coração bateu forte quando eu tive a sorte de achar este filme passando em um Tele Cine... 
   Depois de assistir o filme, eu fui ao YouTube conferir a música Love Theme (canção de amor) de Alan & Madison (o moço e a sereia de Splash, o casal protagonista do filme). Confesso que ao ouvir a música tema do amor deles, Love Came For Me (O Amor Chegou para Mim), lágrimas escorreram pela minha face...
    Se você é um garoto dos Anos 80, provavelmente, você já foi apaixonado por esta sereia interpretada pela loura e linda Daryl Hannah. Se você é uma garota dos Anos 80, certamente participou do tempo em que Tom Hanks era "fofo" e gato. As garotas dos Anos 80 também sonhavam em ser sereias. Se você é dos Anos 80, será divertido recordar esse filme! 
    Mas, se você é dos Anos 90 (como eu) ou de qualquer outra época mais atual (2000 para frente), talvez você goste do filme pelo estilo dele ainda que ele seja antigo (dê uma chance para filmes antigos e bons). Se você curte contos de fantasia com sereias e comédias românticas, este texto é para você! Todavia, se você tem preconceito com filmes antigos ou não curte o gênero romântico por achar "meloso", sinto em informar que este texto não é para você. ;)
    Eu me identifiquei muito com o filme! Por escrever Poesias de Sereias, este filme combinou perfeitamente comigo hehehe. Respire fundo e mergulhe neste texto comigo! Mergulhou? Então, vamos lá! Splash! 

             



   Splash - Uma Sereia em Minha Vida

  Trata-se da divertida história de amor entre Alan Bauer (Tom Hanks), um homem convicto de que nunca se apaixonaria, e Madison (Daryl Hanna), uma sereia altamente romântica e sensível. Alan costumava dizer ao seu irmão Freddie Bauer (John Candy) que existia algo de errado dentro dele e que o amor simplesmente não "funcionava" em seu interior. 

           

  

     Depois de sofrer uma decepção em uma relação amorosa, Alan passa a ser solitário. A sua ex-namorada terminou o relacionamento justamente por ele ser "frio" e não demonstrar tanto interesse por ela. 
   Ele tem um pessimismo que chega a ser dramático quando diz em um bar: "Ainda terminarei sozinho, pois sei que morrerei solitário entre as frutas podres." Ok, acalme-se Tom Hanks, se você ficar sozinho, talvez a bola Wilson possa lhe fazer companhia em Náufrago. Mas, neste filme, querido, haverá uma bela e doce sereia para "matar" essa sua amarga solidão. 
   O humor fica por conta de seus diálogos e monólogos irônicos quando vê casais apaixonados pelas ruas e pelos bares. Alan parece ficar irritado ao ver qualquer casal apaixonado e feliz devido à solidão que sente. Quando foi ao bar para "afogar" as mágoas causadas pela ex, ele se depara com um casal de apaixonados. Irritado, ele começa a lançar frases irônicas ao casal e acaba derramando bebida no vestido da moça. Desastrado, ele atrapalha os casais com seus lamentos e "alfinetadas" irônicas. Bêbado, ele dizia no bar: "Não quero ser rico ou famoso. Não peço muito. Apenas quero me apaixonar, encontrar uma mulher, me casar, ter filhos e assistir aos meus filhos nas festas de fim de ano da escola." 

                  

    

       Alan é tímido, introvertido e focado no trabalho. Sua solidão e falta de jeito com as mulheres fazem com que ele seja muito focado em seu trabalho. Ele trabalha em um mercado norte-americano com o irmão, Freddie Bauer, o qual significa o oposto dele. Enquanto Alan é introvertido, fechado e solitário, Freddie é extrovertido, galanteador e "paquerador". Freddie é o típico "gordinho engraçado" das comédias românticas com o seu jeito espontâneo e as suas frases sinceras. É um clichê das comédias românticas aliás: todo mocinho tímido tem um irmão ou um melhor amigo gordinho, engraçado e extrovertido que tenta ajudá-lo a encontrar as mulheres. 
      Embora Alan diga ao seu irmão que não sente falta de mulher, o seu maior sonho é justamente viver um romance apaixonado ao lado de alguém. Ocorre que Alan vive a sonhar acordado com a mulher "ideal" e acaba se frustrando com as mulheres da vida real. Ele tem certa fascinação por sereias e ama contemplar uma fonte com a escultura de uma sereia em Nova York. Além do mais, ele ama aquários e possui aquários em seu apartamento e em seu escritório. 
       Esta atração de Alan pelo mundo aquático tem raízes na sua infância: Quando ele tinha oito anos, Alan foi salvo por uma sereia. Sabe-se que, quando ele era garoto, Alan resolveu saltar em direção ao mar durante um passeio de navio em família. No fundo do mar, uma menina sereia da mesma idade que ele o salvou. Por mais que acredite ter visto uma sereia de verdade, Alan nunca deu crédito a si mesmo, considerando-se um garoto "idiota" e "fantasioso". Por mais que tente negar os seus sentimentos, a ternura e o conforto que sentiu ao nadar ao lado de sua amiga sereia o marcaram profundamente durante toda a sua vida.  
     Com o coração magoado, Alan diz ao seu irmão que vai visitar o mar, pois sente que a água o acalma ao trazer uma espécie de familiaridade confortante ao seu coração. Ao visitar o mar, ele decide passear de barco. Quando o barqueiro vê as mãos trêmulas de Alan, começa a zombar do rapaz e a chacoalhar o barco. 

                      

     
       Alan admite ter medo de mar apesar de amar o mundo aquático, pois não sabe nadar. Ele conta o seu trauma ao barqueiro quando diz que sofreu um acidente em alto mar na infância. Insensível, o barqueiro começa a chacoalhar ainda mais o barco. Nesse momento, entra água no motor do barco e o barqueiro acaba pulando no mar para nadar em busca de outro barco. Alan tenta pegar algumas ferramentas para consertar o barco, mas acaba caindo no mar. O barco também bate na testa dele, ferindo Alan. Caído no mar (mais uma vez), ele é salvo pela mesma sereia vinte e cinco anos após o primeiro encontro. Salienta-se que a sereia tem pernas em terra firme e cauda de peixe dentro do mar. Quando as suas pernas estão secas, elas são iguais às pernas das mulheres humanas. Mas, quando Madison se molha, ela se transforma em sereia.  

                  

    
     Após salvar Alan, a sereia beija os lábios dele com muito ternura. A sereia é bem charmosa, delicada, sensível, feminina, romântica e sensual. Ela parece ser bem mais sensível e romântica do que as mulheres comuns. Ela é poderosa e "transpira" sensualidade e sensibilidade.
    Para um homem que sempre esteve solitário, deparar-se com uma bela mulher nua na praia que fica toda hora querendo beijá-lo e acariciá-lo é no mínimo um presente "psicodélico" do destino hehehe.          
     Solitária por nunca ter a companhia de um homem no fundo do mar, a sereia fica empolgada ao encontrar o seu amor de infância. Simplesmente, juntaram dois solitários cheios de libido e romantismo "trancados" prontos para "extravasarem" energias! Minha nossa! Hehehe. 

                     

     

     Eles trocam alguns beijos e carícias na praia, mas logo a sereia mergulha no mar novamente. Ele fica desesperado por não conseguir nadar até ela e pergunta o telefone da moça, a qual desaparece entre as ondas do mar. Acontece que Alan deixa cair no mar a sua carteira com os seus documentos. A sereia encontra a sua carteira e decide visitar o mundo humano. 
     Contudo, ela somente pode ficar no mundo humano por seis dias até a lua cheia. Caso ela fique além deste tempo no mundo humano, não poderá mais retornar ao mar. Ressalta-se que a sereia sabe que Alan é o garoto que ela salvou há 25 anos atrás, mas Alan não sabe que a bela moça que o salvou é a sua amiga sereia conhecida na infância.

                 

       
       A sereia sai do mar e adquire pernas em terra firme. Ela anda nua pelas ruas de Nova York com a carteira de Alan nas mãos. Detida pela polícia por andar nua, ela recebe uma camiseta e o contato do dono daqueles documentos. A polícia liga para Alan buscar a moça misteriosa que carrega os seus documentos na delegacia. Quando ele recebe um telefonema informando que há uma moça nua com os documentos dele, ele se lembra da moça que o beijou na praia e sai correndo feito louco do trabalho em direção à delegacia (esta parte é engraçada por mostrar Alan desesperado correndo pelas ruas agitadas de Nova York e desviando de taxistas hehehe). 

                

      
       Na delegacia, Alan se depara com a moça que ainda não sabe falar o idioma inglês nem qualquer língua do mundo humano. Ao ver Alan, a moça morde os lábios de forma sexy e parte em direção a ele para beijá-lo e acariciar a sua nuca... O policial fica meio espantado com todo aquele gesto de carinho... Mais uma parte engraçada do filme hehehe. O policial só lança a frase: "Nem preciso perguntar se vocês já se conhecem..." 
     Alan leva a moça para o apartamento dele. A moça parece encantada com as placas de ruas, luzes e semáforos de New York. Ela também fica confusa diante da porta giratória do apartamento de Alan. Ele deve explicar a ela sobre tudo do mundo humano. 

                


    
        É interessante notar que ela não para de beijá-lo a todo instante. A sereia parece meio "tarada" ou algo do tipo hehehe. Ela agarra Alan no elevador. Chegando no apartamento dele, ela se acomoda bem e decide assistir à televisão enquanto ele saí para o trabalho. Surpreendentemente, a sereia inteligente consegue aprender inglês somente por assistir à TV e saí pelas ruas de Nova York a fim de comprar roupas e cosméticos (a vaidade da sereia permanece em terra firme). Essa é uma parte engraçada, onde ela inocentemente saí do apartamento vestindo uma cueca e um terno de Alan (ela saiu nua do mar e não tinha roupas além da camiseta branca com o emblema de New York). 
    Quando Alan chega ao escritório, ele começa a trabalhar cantando para o espanto de seus colegas que sempre o viram "sisudo" e sério. Fica evidente que ele está apaixonado. O seu irmão engraçado começa a rir dele, fazendo brincadeiras do tipo: "Cadê o homem que jurava que nunca se apaixonaria na vida?"
                

     
    Ao chegar em casa, carregando um buquê de flores nas mãos, vê que a sereia não se encontra no ambiente e fica desesperado. Saí correndo feito um louco pelas ruas de Nova York atrás da sereia e a encontra num shopping. A sereia estava assistindo à Televisão de uma das lojas e praticando os movimentos sugeridos pelo programa de ginástica de uma maneira engraçada. Ele começa a questionar à sereia: "Quem é você?", "De onde você é?" e "Qual é o seu nome?". Para a sua surpresa, a sereia começa a falar na língua dele (ela parecia muda antes). Misteriosa, não revela as suas origens, limitando-se a dizer que o seu nome seria impossível de ser pronunciado em qualquer idioma humano. Devido à insistência dele, ela pronuncia o próprio nome, o qual é tão agudo ao ser pronunciado pela voz dela que acaba quebrando todas as televisões da loja. 
     Caminhando pelas ruas de Nova York, Alan cogita a possibilidade da moça ter problemas com a imigração. Como foi encontrada num ponto de fronteira do mar, ela poderia ter problemas em sua documentação nos Estados Unidos. Desse modo, sugeriu soluções como arranjar um emprego para ela e até mesmo casar-se com ela para que ela adquirisse cidadania americana sendo esposa de um norte-americano (uau, para quem jurava nunca se apaixonar, pedir uma moça em casamento de modo tão rápido é surpreendente no mínimo). 

                    

      
      A moça finge que realmente tem problemas no quesito de imigração e diz que o lugar de onde ela veio é realmente bem diferente de tudo o que ele conhece nos Estados Unidos. Ela acaba se batizando com o nome Madison ao ver uma placa de rua com este título hehehe. Com este nome, fica mais fácil para Alan chamar a moça. Alan brinca dizendo: "Sorte que a rua tinha um título ao invés de números." 
      Madison diz para Alan que deve voltar para a sua terra natal dentro de seis dias, pois nunca mais poderá retornar ao seu lar quando chegar a lua cheia. Ela disse que só poderia ficar nos Estados Unidos durante esse tempo lunar. Alan achou super esquisito este comentário da moça, mas ficou quieto. O comportamento diferente da moça e essa frase dela deixaram Alan com uma "pulga atrás da orelha" a respeito das origens de Madison. 
      É linda a cena que passa quando ele volta do trabalho com um presente para Madison. Ela beija o pacote do presente bem meiga (é super engraçada a cena também) e ele diz que ela precisa abrir, pois o verdadeiro presente está dentro da caixa (hehehe). Tratava-se de uma daquelas esferas transparentes com dois pequeninos bonecos dançando durante uma música (muito fofo o presente, gente!). 

              

     
       Salienta-se que, em uma bela cena, ele leva a Madison para passear em uma praça na cidade onde tem uma fonte jorrando água com a escultura de uma sereia. Ela pergunta para ele se ele gosta do mar e da fonte, e ele responde que sempre sentiu algo bom ao olhar para aquela escultura muito embora tivesse medo do mar. Ele confessou que viu uma sereia quando criança, mas logo depois retirou o que disse, exclamando: "Eu era um garoto bobinho!"

                  


        Quando dizem que a praça será demolida para a construção de novos prédios, Madison vende um colar precioso seu para comprar a fonte da praça (sim, minha gente, ela comprou a fonte hehehe) e colocar a mesma dentro do apartamento de Alan (hehehe). Ao chegar do trabalho, Alan se depara com a fonte e pergunta: "Por que você vendeu o seu colar para comprar esta fonte para mim?" E, então, Madison responde: "Porque eu te amo". Alan fica embasbacado ao ouvir a expressão "eu te amo" da moça como se ela tivesse falado algo de "outro mundo". Era como se estivesse ouvindo aquela declaração de amor sincera pela primeira vez... Ele responde que a ama também e eles se beijam. 
      Ressalta-se que ele se assusta quando percebe que Madison estava chorando ao ver uma cena de crime em um filme na televisão certo dia. Ela parece impressionável com tudo o que aparece na TV. Ele tenta explicar que tudo é "mentirinha", mas a moça parece ser altamente sensível com tudo (provavelmente Madison poderia ser empata -- característica espiritualista da empatia exacerbada). 
     A sereia também parece ser bem sensível à música e fica apaixonada ao ouvir qualquer instrumento. Alan estranha o fato da moça confessar que não havia música no lugar de onde ela veio. Música e água são dois elementos capazes de tocar a alma das sereias (tomar banho ouvindo música deve ser uma combinação maravilhosa então... hehehe). Já me identifiquei com a sereia!
     Em uma cena engraçada, a sereia está dormindo ao lado de Alan e se levanta para tomar banho no meio da madrugada. Ela enche a banheira de Alan com água e sal (hehehe) e mergulha sorridente dentro dela enquanto as suas pernas viram cauda e nadadeiras. 
     Alan ouve um barulho no banheiro e acorda para procurar Madison. Ele bate na porta do banheiro, mas ela afirma que está tudo bem e que não quer a presença dele no banheiro. Com a ajuda de um secador, ela seca a cauda para ter pernas rapidamente antes do amado arrombar a porta do banheiro (as pernas molhadas viram cauda de sereia, mas secas são pernas iguais às humanas). Ele a encontra sentada no chão e enrolada na toalha.
     Nervoso ao pensar que ela havia se machucado, ele questiona o fato de ela não ter aberto a porta. Ela apenas responde que não queria que ele entrasse por ser tímida. Ele solta uma risada irônica e diz que ela está longe de ser tímida, especialmente após praticar ginástica publicamente em frente de televisões em uma loja (acredito que toda pessoa com grau elevado de timidez duvide da timidez das pessoas com o grau mais leve hehehe). Porém, ela insiste que já foi tímida e que não queria que ele a visse naquele momento. 
                

       
      Em outra cena, ele leva Madison para jantar e a moça come a lagosta com as mãos ao invés de usar talheres, assustando todo mundo do restaurante chique (hehehe). Ela diz que "de onde ela vem" é comum comer desse jeito. Depois, ele leva a moça para passear de patins sobre o gelo. Madison fica impressionada ao encontrar a água em estado sólido ao passear sobre o gelo (hehehe). Nesse instante do passeio na pista de gelo, ele pede a mão dela "oficialmente" em casamento (ele deu indiretas no restaurante, mas não havia declarado suas intenções abertamente). 
     Madison recusa e diz que não quer pensar nisso, mas apenas aproveitar o restante do tempo antes da lua cheia ao lado dele vivendo bons momentos na cidade de Nova York. Diante da negativa de Madison, Alan fica sisudo e lança alfinetadas irônicas com uma voz estranha e "grosseira." Nesse instante, ele fica ainda mais nervoso e irritado ao ver um casal de velhinhos andar de patins juntos, já que aquela cena representava o tipo de amor eterno que ele tinha receio de não ter. A moça pergunta o motivo da alteração no tom de voz dele e ele responde: "Isso aqui se chama ironia. O que foi? De onde você veio não existe ironia? Lá não existe música. Garanto que não haja ironia." 
      A moça começa a chorar copiosamente e saí correndo pelas ruas de Nova York. Ela parecia bem assustada com a "grosseria" dele (ai, gente, primeira briga do casal é de cortar o coração...). Está chovendo e ela pega chuva nas ruas. Madison é altamente sensível diante de tons alterados de vozes ou qualquer manifestação de ira ou ironia. Arrependido por ter feito a sua amada chorar, Alan tenta correr atrás dela para pedir desculpa, mas é impedido por um transeunte das ruas de Nova York que agarra as pernas dele e diz: "Mostre a sua dignidade, homem! Não corra atrás dela!" Esta parte é engraçada hehehe. 

               
  
  O "trio maravilha" (ou os três patetas, minha gente, hehehe): O cientista atrapalhado, Alan apaixonado e o seu irmão "bonachão". Esses caras são demais!


      Alan e Madison acabam fazendo as pazes depois dessa discussão, mas nem por isso a relação deixou de ser desafiante para ambos: um cientista passou a perseguir a Madison por saber que ela é uma sereia para a perturbação do casal. Muitos dizem que o cientista é o "vilão" do filme e o chamam de "cientista malvado". Mas, o seu jeito trapalhão está longe da categoria de "vilão" hehehe (eu dou muito risada com este personagem). 
       O cientista viu a Madison quando estava mergulhando em uma missão a fim de comprovar a existência de sereias. Ela nadava tão rápido que ele nunca conseguiu tirar foto dela debaixo da água. Ele desenvolveu a tese "científica" de que sereias existem. Mas, ele é humilhado e zombado pela comunidade científica ao apresentar a tese. O seu "tutor" do mundo científico acreditava que o seu aluno mais genial havia ficado louco por acreditar nas histórias de marujos acerca da existência de sereias.
       Com o orgulho ferido por ser zombado e julgado como louco, o cientista saí pelas ruas de Nova York com baldes de água nas mãos a fim de jogar a água nas pernas de Madison e comprovar a sua tese científica publicamente quando as pernas dela virassem cauda. Porém, para o azar de seu intento, ele acaba jogando água nas moças erradas (sósias de Madison com cabelos louros e roupas parecidas) e apanhando dos maridos delas (hehehe). Esse personagem vive apanhando... É impressionante! Coitado! 
        Certa noite, Alan leva Madison para a clássica confraternização norte-americana do jantar com o Presidente dos Estados Unidos quando este visita Nova York. Alan expressa o desejo de ter filhos naquela noite, mas Madison faz um questionamento esquisito: "De que espécie você quer?" Alan responde: "Ora, de que espécie?! Da espécie humana! Bebês, é claro!"
       Madison sente a profunda intuição de que deve contar o seu segredo para Alan nesta noite... Contudo, quando ela saí do ambiente onde está ocorrendo o jantar, o cientista joga água nas pernas dela antes mesmo da moça contar o seu segredo para o namorado. 

                

       
      Nesse instante, toda a imprensa aparece diante da moça, a qual fica perdida entre tantas luzes, flashes de máquinas fotográficas e jornalistas curiosos. A pobre sereia grita o nome de seu amado desesperada por não conseguir andar com a sua cauda e por estar sendo importunada por jornalistas. As lágrimas e o desespero de Madison tocam o coração de quem está assistindo o filme (eu me emocionei nessa parte!).  
      Alan fica assustado ao perceber que o segredo que sua namorada escondia dele era o fato de ela ser uma sereia. Ele já desconfiava das origens dela por várias diferenças no comportamento da moça: ficar trancada no banheiro tomando banhos demorados, quebrar televisores com a voz aguda, chorar por ver cenas fortes na TV, ficar entusiasmada diante de música, ser influenciada pelos ciclos da lua e etc. 
      Rabugento, Alan resmunga frases irônicas para o irmão: "Veja só o que aconteceu comigo! Todos os dias as pessoas por aí se apaixonam! Mas, eu fui me apaixonar logo por uma sereia! Por que as coisas têm de ser diferentes comigo?" Freddie, o seu irmão, responde para ele: "Alan, você está equivocado quando diz que todo dia as pessoas se apaixonam. Todos os dias as pessoas se juntam, mas não é todo dia que se encontra uma garota como a que você encontrou." 
       Freddie fica surpreso ao ver o seu irmão reclamando, pois o amor encontrado por ele era raro e precioso muito embora fosse desafiante. Não era todo dia que se encontrava uma moça bonita, inteligente e sensível como Madison. Freddie acaba dizendo para o irmão: "Eu, por exemplo, jamais serei feliz da maneira com a qual você é ao lado dela. Então, chega de reclamações!" O brilho nos olhos que Alan adquiriu desde que encontrou Madison era raro e expressava uma felicidade sobre-humana. Era como se Alan tivesse encontrado finalmente a luz. 
                  

       
       Esta cena me fez lembrar do amor segundo a Cabala (sistema filosófico e religioso judaico de origem medieval) que diz que o amor verdadeiro é um encontro com a luz. Por essa razão, a felicidade do casal deve ser protegida a fim de que a inveja da sociedade diante da luz não prejudique os enamorados. Para alguns místicos da Cabala, há dois mundos: o mundo da luz e o mundo finito. Tais mundos são separados por espécies de "cortinas" desde o Big Bang, momento no qual o Criador se separou das suas criaturas. 
      O amor desbrava essas "cortinas" e toca a luz. O sexo, ao invés de ser pecado (como algumas religiões tradicionais mencionam) é um momento de extrema luz quando realizado com amor e com a pessoa certa, é claro. A mulher virtuosa é uma estrela-guia que edifica a vida, mas a mulher sombria é destruidora. Portanto, é importante o homem saber escolher bem a parceira. A virtude deve ser levada em consideração. Infelizmente, as pessoas escolhem os seus parceiros mais pelas aparências do que pelas virtudes.  Por alguma razão, o amor entre Alan e Madison é tão singelo, puro e sincero que me remete à filosofia cabalística. 
      Sabe-se que a sereia é capturada pela comunidade científica, a qual coloca a moça dentro de um aquário e passa a fazer uma bateria de exames a fim de descobrir como funciona o seu organismo, incluindo sistema respiratório, circulatório e reprodutor. Mesmo após ter comprovado a existência de sereias, o cientista ainda é humilhado pelos seus colegas de profissão. Eles zombam dele e dizem: "Nunca consideramos você um cientista de verdade. Qual será a próxima criatura que você encontrará? Um unicórnio?" 
     Revoltado pelo constrangimento causado pelos colegas, ele decide libertar a sereia do aquário científico por vingança. Ele também se sensibiliza com a melancolia da moça presa no aquário (os seus olhos expressivos, as suas lágrimas e os seus sorrisos parecem derreter o coração de qualquer humano...). 
     Assim, o cientista arquiteta um plano junto com Alan Bauer e Freddie Bauer para libertar a sereia. Ele leva os irmãos Bauer para o laboratório disfarçados de cientistas suecos. Para o azar do intento do cientista, um dos guardas sabe falar sueco (o laboratório é repleto de guardas, policiais e até mesmo soldados das forças armadas para impedir a fuga da sereia). O irmão de Alan se manifesta conversando em sueco com o guarda. Alan se surpreende ao ver o irmão falando sueco, mas Freddie admite ter aprendido o idioma de tanto assistir aos filmes pornográficos da Suécia (hehehehe). 

                 

     
     Eles conseguem fugir com a sereia do laboratório, mas são perseguidos por policiais norte-americanos que querem prender a sereia no laboratório científico novamente. Fora do aquário do laboratório, Madison adquire pernas em terra firme. Como a lua cheia está chegando, Madison deve voltar ao mar, senão nunca mais poderá retornar ao seu verdadeiro lar aquático. Por amor, Alan leva Madison para o mar, mas acaba pulando junto com ela. 

          


    
      No mar, as pernas de Madison tornam-se cauda novamente e ela nada alegremente ao redor do seu amado. Todavia, a felicidade do casal quase é prejudicada pela presença de policiais mergulhadores. Eles lutam contra os mergulhadores e conseguem ficar livres da perseguição policial. 

                      

    
      Por sorte, eles conseguem a liberdade. Alan perde o medo de água e aprende a nadar ao lado da sereia. Ele fica bem à vontade e feliz ao lado dela. O filme termina com Madison nadando ao lado do seu amado livremente ao som de "Love Came For Me". Por alguma razão, eu sempre me emociono com esta música devido ao instrumental tocante e à letra apaixonante. 
     Este filme merece cinco estrelas! É um filme sensacional! Uma demonstração da joia mais rara que existe: o amor verdadeiro. Tenho certeza de que este filme agrada os românticos que ainda existem neste mundo. Se você procura um filme romântico, tocante e divertido, este filme é para você, leitor!

Texto escrito por: Tatyana Casarino. 

Confiram a música que é tema do casal protagonista através deste clipe com cenas lindas de Alan e Madison:



                   Rita Coolidge - Love came for me - Traduction française

     Clipe com a música em inglês com tradução em francês (meu idioma favorito). 

Tradução de trechos da música do inglês para o português:

"Um belo dia, o amor veio para mim,
quando o amor era raro 
como o amor pode ser.
Eu vi estrelas 
brilhando no céu azul.
Nós flutuaremos juntos
para todo o sempre.
O amor veio para mim.

Uma bela noite,
o amor nos fará ver
o quão longe nós iremos,
o quão bom nós seremos..."

Clipe da música com legendas em português e cenas do casal do filme:

https://www.youtube.com/watch?v=Q20UKbEa6gk


Tatyana Casarino. 

      

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