Apedrejada como Madalena, ela chora,
suas lágrimas derrubam uma ponte.
Exaltada como Maria, ela ora,
suas luzes penetram no horizonte.
Já é tarde, Miguel, e o tempo voa.
Meu ventre espera a tua luz e a tua cor
para que eu possa exalar esse cântico de amor.
Da árvore da vida, tu serás a minha folha.
Das histórias de amor, encruzilhadas.
Decisões abruptas de sementes fechadas
ditam o nosso destino proibido.
E eu perco a minha razão pelo instinto.
A tua luz, a nossa unção e o leito.
A pureza do meu coração não derreteu o teu efeito.
As histórias dos nossos pais são sempre mais bonitas,
mas as nossas histórias choram atrás das cortinas.
Lições levadas ao leito e ao luar,
mil lágrimas caídas por ti formam o mar.
Das ondas, minhas mágoas nadam irrefletidas,
dor é vida, dor é vida, dor é vida...
Poema escrita por Taty Casarino.
*Repleta de metáforas, essa poesia dá espaço para a polissemia. Sendo assim, ela permite muitas interpretações diferentes, bem como sentidos e significados. :)
Tatyana Casarino
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