O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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sábado, 29 de novembro de 2014

Silêncio Eterno



A antiga esfinge
das sacerdotisas sábias
e dos imperadores guerreiros
há muito tempo já exclamava:
querer, ousar, saber, calar.

Querer o impossível, ousar tentar,
saber da luz e da sombra,
da virtude e do vício,
e, por fim, calar, calar.

Guarde os segredos na alma,
guarde os verbos da sabedoria,
quem muito ousa deve sempre calar-se
na irredutível dança de ser quem é.

Dias de glórias e farturas,
gira a roda da fortuna,
figuras bestiais e tragicamente vestidas
rodam o tempo com as patas ferozes.

Silencia a tua alma na solidão do universo,
só assim os teus olhos saberão ler estes versos.
Versos escritos depois do silêncio.
Palavras que escaparam da solidão do universo
para depois retornarem ao silêncio eterno.

Jamais confie um segredo
àquele que está próximo,
pois assim seria quebrada
a arquitetura dos seus desejos.

Confie no tempo, renda-se
de pés atados e mãos atadas
à voz das larvas do subterrâneo.

Larvas murmuram seus erros profanos,
de olhos vendados, mãos e pés atados,
seu corpo está de cabeça para baixo.

Caminho da dor, lástima dos dias,
ficará amarrado no tempo
enquanto não aprender com a vida
que se deve querer, ousar, saber e calar,
calar, calar, calar...

Poema de Taty Casarino.

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