O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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sábado, 1 de novembro de 2014

Borboleta Destemida



Tinha uma borboleta
de asas negras a me espionar.
Embora pequenina,
despertou-me medo.

O que eu devo fazer com esta menina?
Olhei as suas asas,
que se debateram até a toalha.

Puxei a toalha, e ela caiu.
No chão, ficou desnorteada.
E, eu não perdi tempo,
em dar-lhe uma chinelada.

Matei a borboleta,
um ser tão gracioso,
mas que, na ocasião,
despertou-me medo.

Nada contra as borboletas,
eu as considero tão formosas.
Símbolos da transformação,
e eu também quero me transformar.

Hoje o que eu matei,
não foi uma borboleta,
mas sim o medo dentro de mim.

Morte ao medo!
Viva a coragem!
Hoje eu levanto cedo
prestes a fazer homenagem
à valentia de verdade.

Ah! Se todo medo
pudesse ser morto com uma chinelada,
eu seria a mais destemida das mulheres!

Ontem eu era uma lagarta
cheia de medos e fobias,
hoje eu sou borboleta,
borboleta destemida.

Poema de Taty Casarino.


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