O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.
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domingo, 26 de outubro de 2014
Pregos na carruagem
Mil pregos na carruagem,
ferem a princesa e o príncipe.
Uma cabine apertada,
claustrofóbica e sufocante
cheia de pregos letais.
Doce princesa aprisionada
dentro da própria carruagem alada,
quantos pregos formam os teus ferimentos?
Deixe-me beijar as tuas mãos,
e, com a minha boca, arrancar os teus pregos.
Chagas quase santificadas
vejo em tuas mãos tão delicadas.
O sangue do amor é o sacrifício.
Ele morreu por nós e nós morreremos por Ele.
As chagas das tuas mãos iluminaram
as brisas floridas da paixão.
Nosso amor seria perfeito
se não houvesse pregos na carruagem.
Cada prego é um obstáculo real
que faz sangrar as tuas mãos cheias de sonhos.
É como se ela fosse uma flor
aprisionada num jardim de espinhos.
Tal princesa delicada está aprisionada,
doce conto de fadas.
Prisões de pregos pequenos,
letais, louvados e amargos,
machucando sonhos, ferindo ideais.
A tua carruagem está repleta de pregos,
cuidado com a vida antes de ser morte.
Sangrando as tuas mãos,
ferindo os teus pés.
Pés, que cabem em delicados sapatos de cristal,
como podem sangrar sem ver a luz?
Caminhar fora dos pregos
será a missão de todos.
Que luz é esta que vem da janela?
É o luar que desmancha pregos.
Doce lua apaixonada, doce fada da meia-noite,
tu és testemunha de que o príncipe salvará a carruagem,
eis que ele beija os meu pés que se curam dos pregos.
Poema de Taty Casarino.
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