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sábado, 1 de dezembro de 2012

Versos de um mago perdido



Do céu, um belo anjo caiu no oceano.
A lua é o farol da noite,
e as ondas do mar beijam as pedras.
Em meu castelo, beijo as estrelas alvas
que iluminam meu coração.

Perdido nas labaredas do meu próprio ser,
eu almejo tocar tuas asas puras,
quero a tua pele aveludada
abençoando minha jornada.

Este fogo arde, queima a alma,
meu orgulho está perdido no umbral
junto ao teu espírito caído.

Tua luz ainda brilha, farol meu,
mesmo após o escorpião ter jorrado
seu veneno amargo em tua doce alma.

Mas, nem tudo está perdido,
nem tudo está perdido,
ainda há Deus dentro de nós,
eu tenho certeza disso,
eu tenho certeza disso.

Levanta-te, cura teu medo,
expressa tua luz colorida
como as flores do arco-íris.

Desabrocha do lodo como a flor de lótus,
e faça-me sorrir na glória eterna,
glória ao lado do bom caminho,
caminho que eu abandonei.

Eu me perdi em orgulho e sede de poder,
minha bússola divina de luz se quebrou.
Vamos consertá-la sob a luz do sol.
Tuas asas sangram diante de meus olhos,
e eu mergulho em tua luz infinita.

Derramando lágrimas de agonia
por saber sobre o mal que nos ronda,
tu caminhas nesta terra escura,
onde a noite é só o começo.

Eu não sou um anjo,
tu também não és mais.
Só nos resta enfrentar essa loucura,
doce anjo caído de alma pura,
e o caos da luz apagada.

Perdido nas labaredas do meu ser,
eu me afogo nessa dor sem precedentes
antes de ver um anjo caído
iluminando portais secretos.

Até nesse noite fria
tecida de umbral sem luz do dia,
o amor consegue me aquecer.

Orei para luz, orei para a luz,
lágrimas humildes apagaram meu orgulho,
não quero mais aquele poder,
só almejo a luz de novo em meu ser.

Agora, neste castelo saturnino,
gotas de lua me iluminam.
Eu quero a luz em mim
iluminando essa noite sem fim.

Um dia, coroa de flores brancas
adornarão minha cabeça.
Nesse dia, abraçarei Deus
e pedirei perdão.

Tatyana Casarino

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