O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Doces poções






Na madrugada, a lua canta enquanto as bruxas passam,
Oh! fadas puras, doces poções enfeitiçam a terra
assim como os seus olhares de meiguice eterna.
E, aqui, no universo etéreo, tudo é luz, tudo é belo.

Quero a alquimia da alma, lapidar minha pedra bruta,
quero ser uma nobre bruxa a fazer poções sob o luar.
Quero o cantar divino da luz transcendendo a magia,
quero um encanto de amor e alegria.

A lua embriaga os poetas que são como feiticeiros
encantam com as palavras mágicas em versos,
fazem uma canção silenciosa e, às vezes, rimada,
com suas canetas, uma matéria-prima inata
de uma secreta e nebulosa varinha de condão.

Oh! Doces poções, eu quero derreter-me
em suas suaves magias da noite,
eu quero abraçar a noite e entreter-me
com os arrepios obscuros da escuridão.

Um arrepio toca as minhas costas
e seduz toda minh'alma.
Arrepios são os delírios da noite,
os feitiços das bruxas da corte
que não podemos escapar.

No reino da magia, o sonho é vida.
A escuridão brilha pelos feitiços
que borbulham como estrelas
resplandecentes da noite.

A lua abençoa o feitiço arrepiante
que cobre a névoa com seu véu escuro,
denso e cheio de brisa eletrizante.

Até na morte, a alma é forte
para versar sobre as flores
e dançar imersa na escuridão.

Submersa na frieza da escuridão,
eu vejo um fio quente de luz a me chamar.
Eu sou como a brisa suave que toca com amor
todas as lindas ondas do mar.

Eu quero derreter minh'alma
nas magias do encanto da noite.
Que o feitiço me embriague
num sono belo e encantado.

Tatyana Casarino






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