Operação Poética
Eis que o vento clama
por folhas que levitam
os versos do poeta.
De uma imagem,
brota um sentimento
belo, mágico e eterno
dentro da alma.
Se o filósofo é parteiro de ideias,
como eternizou o sábio Sócrates,
então o poeta é parteiro de sentimentos.
A caneta é o bisturi,
que rasga o papel
para tatuar o sentimento
que a alma do poeta abriga.
Eis então a simbiose
Formada entre poeta e papel,
o qual passa a ser,
quase sem querer,
o raio-x de sua alma.
Descarga elétrica:
é assim a inspiração.
Vem, repentinamente,
quando o poeta menos espera.
E, atacado pela surpresa
do som dos anjos inspiradores,
o poeta parte para mais uma operação.
O papel é o seu suporte,
e, a caneta, sua varinha de condão,
a qual faz as mágicas de escrever
os versos transportados do coração.
Todo poeta precisa ser mágico
para transformar sentimentos
indescritíveis
em versos rimados ou livres.
A inspiração é uma poção secreta
de fórmula desconhecida
que chega, de repente,
para trazer vida a uma nova poesia.
Para ser poeta, é preciso ter:
um coração cheio de sentimentos,
uma alma ultrassensível,
além da habilidade mágica
de descrever o indescritível.
Tatyana A. F Casarino
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