VÍDEO-POEMA
No paraíso(?)
Oh! Como é divina a tua mão
tecendo o meu corpo desvelado,
sobre flores no chão,
sob um céu estrelado.
Meu corpo fala, tua alma ouve,
um sussurro agora é declarar paixão.
Todas essas flores são estrelas,
e todos esses carinhos
Transbordam de meu coração.
Teu perfume lembrar-se-á do meu.
E, no meu corpo, estão gravadas
eternamente
as digitais de teus dedos.
E, na minh’alma, resguardo docemente
retratos de teus sentimentos.
Como era doce o desbravar da existência,
naquele paraíso de sorrisos eternos,
onde tu foste o rei mais belo.
Agora, onde estão as utopias?
Paraíso: utopia distante.
Eis que a nostalgia urge bela:
saudade da ignorância donzela!
Oh! Conhecimento, foste tu que
corrompeste
minha virginal ignorância inocente.
Então, tu me fizeste o que sou:
rainha e escrava.
Rainha do aprender,
escrava do saber.
Tudo o que tu me ensinaste
aprisiona-me e liberta-me.
Libertaste minh’alma da caverna
platônica,
E aprisionaste meu coração no mundo
real.
Se o ônus da inteligência é a loucura,
quero um dia de virginal inocência pura.
Quero um dia ter um amor puro, lírico,
transcendental e real.
Quero também uma ilusão, um só devaneio
para alegrar minh’alma nesse instante.
Quero sair desse peso,
Queria que meu coração fosse uma pluma.
Queria ser uma flor sem dor.
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