O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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domingo, 15 de junho de 2025

No fim do arco-íris

 




Peso nas costas, peso.

Peso na alma, peso.

Ser da luz espiritual por aqui

parece um sofrimento sem fim.

 

A beleza da luz é invejada quase sempre,

a criança interior está um pouco ferida.

Aconselha o mundo, mas a voz não é ouvida.

Missionário, assim é a Terra, assim é a vida.

 

Eu abraço a menina de novo

no recreio, no corredor da escola.

Visito o meu passado, a minha menina,

beijo a sua testa em sinal de vitória.

 

Eu vou honrar a sua dor,

honrá-la até morrer.

Vou mostrar ao mundo

o seu coração doce e profundo.

 

No fim do arco-íris,

eu vi um tesouro incrível.

Ele não é feito de ouro nem de prata,

ele se chama “autoestima inata”.


Eu descobri um tesouro dos deuses,

mas eles pensam que é soberba.

Não sabem diferenciar orgulho negativo

do orgulho positivo ou suprema beleza.

 

Quem diz que você é orgulhoso ou triste

quase sempre abusa do seu coração humilde.

Mesmo se você revelar a alma a cada conselho,

não salvará o inseguro com todo o seu zelo.

 

Temos a impressão de que não salvamos ninguém,

mas iluminamos e inspiramos muitos na Terra.

Queríamos distribuir tesouros nobres e divinos,

mas as pessoas não estavam bem despertas.

 

Os missionários sempre apontavam o caminho feliz,

que leva ao tesouro do arco-íris, riqueza sem fim.

Contudo, quase ninguém queria escalar a divina montanha,

pois quase ninguém encontrava forças para o caminho a seguir.

 

No fim do arco-íris real ou imaginário,

os iluminados caminham solitários.

Somos fortes de alma e de coração,

mas, de noite, também sentimos solidão.

 

Depois da montanha, além do arco-íris,

não há muito sonho nem muita alegria.

A superação traz algumas vitórias sorridentes,

mas o topo da montanha é frio e descrente.

 

Além do arco-íris,

algumas cores desbotam,

os anéis de Saturno sufocam

a alma cansada e melancólica.

 

Depois do arco-íris, o cansaço,

marca de tantas lutas para ultrapassá-lo.

Por fim, se alguém quiser o tesouro do arco-íris,

terá de observar uma alma de luz pelas cicatrizes.


Poesia escrita por Tatyana Casarino.






O "fim do arco-íris" é uma metáfora para o "tesouro" que existe após uma vitória rara e iluminada na vida. 

Muitas lendas afirmam que existe um "tesouro" no final do arco-íris, mas, na poesia, o arco-íris é símbolo de uma evolução espiritual e o "tesouro" é a metáfora para uma conquista espiritual (e não uma riqueza material). 

Conforme os versos da poesia, o "eu lírico" descreve as dores de uma iluminação espiritual e as dificuldades que surgem após atingir uma luz bonita num mundo denso e complexo. 

Os "missionários" citados na poesia seriam aqueles que tentam transmitir a luz do espírito para o mundo da matéria. Eles se machucam emocionalmente e se sentem solitários, pois quase ninguém pretende seguir o caminho que eles apontam. 

O poema mostra as dores da iluminação, especialmente a solidão e o cansaço. Em vez de romantizar o crescimento espiritual (como alguns espiritualistas fazem), os versos descrevem as "cicatrizes" emocionais e espirituais das pessoas consideradas "iluminadas". 

A maioria das pessoas de sucesso teve um passado difícil e carrega um peso que ninguém vê. Afinal, após vencer uma grande batalha (física, emocional ou espiritual), o guerreiro tem mais cicatrizes do que comemorações. 

A referência ao planeta Saturno revela uma inspiração astrológica: a de que esse planeta rege uma fase de amadurecimento e recompensa pela virtude, mas também aponta melancolia, cansaço e dificuldades no caminho. 

Por fim, a poesia sugere que a observação das cicatrizes (e não das glórias) dos seres que carregam a luz aponta o verdadeiro caminho da superação e da evolução espiritual. 


Tatyana Casarino. 

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Ternura da queda

 



A sina é cair sempre,

de tempos em tempos,

em lamentos e lamentos,

sem as tréguas dos anjos.

 

Eu escolhi vir aqui,

e não foi por acaso a queda.

Quero ser a justiceira brava

e não uma santa de fé cega.

 

Meu destino é sentir o amargo,

minha sina é tomar as minhas lágrimas

tão salgadas quanto azedas

para, depois, brindar a bílis negra.

 

Eu amo demais a vida

para desistir dela tão bela.

A beleza não combina com a morte,

agarro-me à ternura da queda.

 

Eu sou a filha da revolta,

forjada no fogo do caos.

Eu sou filha da lágrima

que quer ser vista e ouvida.


Assim como Zaqueu sobe na árvore,

eu subo na copa florida mais bela.

Fujo das agressões da vida incerta,

olho para o semblante do Mestre dela.

 

Eu sou filha da revolta,

e admiro o seu sangue quente.

Queria ser um guerreiro na guerra,

mas sou sua filha melancólica e terna.

 

Meu temperamento está no meio.

Não é fleumático para se resignar

nem colérico para rir e brigar.

Sou melancólica e devo chorar.

 

Por que a vida nos prende

em correntes pesadas e invisíveis?

Por que a vida está estagnada?

Por que o romance não rende?

 

Não me exija, Pai, o sacrifício.

Amo o Seu Filho e a Sua Palavra,

mas nunca serei uma santa passiva.

Corre, em mim, o veneno da ira.

 

Nosso destino não deve ser

só chorar, suportar e sofrer.

Ser cristão também é sorrir,

tomar vinho milagroso e florescer.

 

Onde está o prazer de viver?

Eu sei que ser feliz não é pecado.

Mas, o demônio da grande tristeza

está disfarçado, no deserto, de ser alado.

 

Eu sei que o Senhor me fez diferente,

fez meu corpo, modelou minh’alma.

O Mestre das almas é muito sábio

e não quer os filhos iguais e doentes.

 

Por que não é permitido ser grande

nem pretender o ouro da criatividade?

Ao menos, recebi a permissão celeste

de ir à Igreja com os sapatos vermelhos.

 

A divindade não erra, não erra,

Eu danço livremente na Igreja,

danço, danço, e sou aceita.

Meus sapatos foram feitos à mão.

 

Mas, quando saio da Igreja,

conheço o abismo e a queda.

Uma queda cheia de ternura,

uma queda de sombra e loucura.

 

Se o Senhor me ama, Pai,

então, me console nessa queda.

Eu não quero mais dançar no abismo,

eu não quero mais oscilar entre o choro e o riso.


Assim como Perséfone enfrenta o submundo,

passo metade do tempo na luz mais forte,

e a outra metade mergulhada no sono profundo. 

Na primavera, sou flor e, na queda, beijo noturno. 


Amo a luz, mas amo a escuridão.

Amo a queda e amo a elevação.

Sou apaixonada pela iluminação,

mas Hades vive no meu coração.


Na queda, ganho sabedoria e beleza,

graça, maturidade e asas de borboleta.

Na queda, lágrimas viram diamantes.

Na queda, sou terna e deslumbrante.


Poesia escrita por Tatyana Casarino. 




Essa poesia retrata as oscilações espirituais entre a iluminação e a queda. Com o estilo romântico e repleto de metáforas místicas e mitológicas, a poesia expressa o lado bom dos desafios e das "quedas" espirituais: o aumento da sabedoria, a busca pela justiça, a profundidade emocional e a ternura da melancolia. 

A poesia também faz referência à Perséfone, deusa da mitologia grega cuja história poderia explicar a origem das estações do ano de forma simbólica. Filha de Deméter, a deusa da agricultura, Perséfone passou a ser a amante de Hades, deus do submundo. 

Dessa forma, ela sabe viver tanto na luz da sua querida mãe quanto nas sombras do reino de Hades. Os seus períodos iluminados representariam a primavera, o verão e o outono enquanto o seu mergulho no submundo representaria o inverno. 

Assim como Perséfone se apaixonou por Hades depois de um longo inverno ao lado dele, conforme uma interpretação profunda do mito (ainda que o seu primeiro contato com o submundo não tenha sido agradável após o rapto), podemos fazer as pazes com as nossas sombras e aprender a amá-las. Muito embora o mergulho nas sombras emocionais não seja confortável, aprendemos a enxergar a ternura da queda ao longo do tempo. 


Tatyana Casarino. 

terça-feira, 29 de abril de 2025

Alma selvagem

 



 

Busco a loba interior

nos campos inóspitos do ser

e nos bailes da existência.

Flor intrínseca da minha vida.

 

O fogo selvagem que se afirma,

a lágrima quente que desce

como lava de vulcão ardente.

A revolta é a mãe dos mundos.

 

A beleza que chama a atenção

é a mesma que se esconde na caverna.

Sou a loba selvagem que uiva

para a lua cheia na noite terna.

 

O mundo material é denso,

a realidade é um poço hostil,

e o trabalho um fardo mortal.

Gosto da fantasia feérica* e do irreal.

 

A alma selvagem se esconde

atrás das árvores e da lua cheia.

Ela está no oceano profundo e belo

e na mais vívida e bela clareira.


A estrela do horizonte é bela,

o mar se agita, o pássaro grita,

o lobo uiva, o cão protege a prole,

o urso hiberna e a águia levita.

 

Ah! Os animais são felizes,

porque seguem a sua natureza.

Enquanto isso, humanos racionais

são doentes de gravata borboleta.

 

Sigo buscando a loba interior,

sigo buscando o meu amor,

porque, um dia, matarei a dor

e renascerei das cinzas com esplendor.

 

A alma selvagem se esconde

atrás do civilizado papel e da caneta.

Lobas que uivam, poetisas que escrevem,

as mulheres vão ressuscitar o selvagem do planeta.

 

Busco a loba interior

nos templos e nas bibliotecas.

Há letras com aroma de essência,

há uivos que viram poesia.


Poesia escrita por Tatyana Casarino. 

 

 *Feérica é uma palavra que significa o que é próprio do mundo da fantasia (mágico, maravilhoso ou relativo ao mundo das fadas). 








Essa poesia foi inspirada nos mitos e nas histórias da Mulher Selvagem contados no livro "Mulheres que correm com os lobos" da autora Clarissa Pinkola Estés. Conforme os ensinamentos do livro, a alma selvagem significa a essência feminina no seu estado mais puro, livre das opressões psíquicas e sociais. 

O livro fala sobre a preservação da essência e da criatividade numa sociedade que, muitas vezes, desvaloriza o mundo do instinto e da intuição. Ele também trabalha com processos de cura psicológica através das interpretações dos símbolos femininos contidos nos mitos e nos contos de fadas. 

A autora de "Mulheres que correm com os lobos" é uma psicóloga Junguiana, poeta e escritora norte-americana especializada em traumas pós-guerra. No seu trabalho, ela defende que a mulher precisa se reconectar à essência mais profunda que vive em si e expressar a própria criatividade com coragem, autenticidade e liberdade. 


Tatyana Casarino. 

 

 

domingo, 27 de abril de 2025

Versos de Madalena

 


 

Diga-me o porquê

do feminino ser apagado.

Eu fui tão boa e devota,

por que fui esquecida desta forma?

 

À noite, a lua obscura

solta os seus demônios.

Sete tormentos enfileirados,

um espírito enfeitiçado.

 

Chamavam-me de Lilith

quando eu chorava.

Chamavam-me de Lilith

quando eu sangrava.

 

Mas, Tu me chamaste pelo nome.

E só de ouvir “Maria, minha filha”,

pela sua boca santa e divina,

fui exorcizada da mágoa e da ira.

 

Tu sempre serás meu melhor amigo,

há algo bem divino entre nós.

Eu sou a prova da Tua divindade,

eu sou a prova da Tua eternidade.


Nem o fariseu mais sábio

conseguiu me exorcizar.

Só a Tua luz em minh’alma

é capaz de me salvar.

 

Na Tua simplicidade, a cura.

A simples pronúncia de um nome,

a simples transmissão de amor,

a simples divindade é pura.

 

Com amor, Tu te sentaste à mesa

numa noite de sexta-feira.

No lugar de Elias, eu Te vi

disfarçado, emocionado e transfigurado.

 

Diga-me o porquê

do meu nome ter sido apagado.

Nós sempre seremos melhores amigos,

e eles não podem mais me esconder.

 

Os homens fracos apagam os nomes

das mulheres mais fortes da terra.

Mas, Deus e o Filho do Homem

vão nos salvar e nos chamar pelo nome.

 

Nós sempre seremos melhores amigos,

a chama divina nunca se apagará.

Tu acendeste a minha centelha divina,

e eu retornei à luz e à vida.

 

Quando eu estava lunática,

corrompida por sete espíritos,

o lado obscuro da lua me separou

de Deus, das pessoas e mim mesma.

 

Mas, agora, vejo a luz em mim,

sabendo que pertenço só a Ti.

Salva, bela e sem lágrimas,

sinto-me reintegrada à vida.

 

A Tua luz divina me devolveu

a Deus, às pessoas e a mim mesma.

No centro de mim mesma de novo,

sou grata, amada e Te louvo.

 

Não sou mais a mesma,

não sou uma mulher pequena.

Minha história é simples e gloriosa,

sempre serei a forte Madalena.


Poesia escrita por Tatyana Casarino.






Esta poesia faz referência à história de Maria Madalena, uma das seguidoras mais importantes de Jesus Cristo. Segundo o Evangelho, Madalena teve de passar por um exorcismo. Por razões misteriosas (provavelmente, um grande trauma emocional), ela era atormentada por sete demônios antes de conhecer o Mestre Jesus. 

Na série "The Chosen", Madalena é chamada de "Lilith", pela comunidade onde vive, antes de ser abençoada por Jesus. Conforme os estudos de algumas linhas espirituais, o nome "Lilith" teria sido o da primeira mulher de Adão. Essa figura feminina foi expulsa do paraíso pela sua sede de liberdade. 

Portanto, Lilith tem associações com a noite, com a busca pela liberdade e com a escuridão que atormenta a alma. Curiosamente, na Astrologia, Lilith é a "Lua Obscura" e representa um ponto de frustração e de expansão da consciência dentro do Mapa Astral. 

Na série, ao chamar Madalena de Lilith, o autor fez uma forte referência à tradição judaica e entrelaçou as identidades de duas mulheres incompreendidas pelas religiões. 

Num período de escuridão espiritual, a pessoa sob a influência de Lilith se sentiria atormentada espiritualmente, separada de Deus, de si mesma e dos outros. Na série, Madalena somente se liberta dos seus tormentos mentais, emocionais e espirituais quando escuta Jesus Cristo chamá-la pelo seu verdadeiro nome: "Maria". 

Sendo assim, ela se liberta da influência da escuridão e reencontra a libertação divina ao se lembrar da sua essência e do seu verdadeiro nome. Quantas vezes buscamos milhares de caminhos para salvar a alma enquanto o verdadeiro caminho é simples e consiste em acolher a própria essência?

Na série, muitos religiosos importantes e até doutores da lei tentaram exorcizar Madalena, mas nenhum deles obteve sucesso. O excesso de ritos e teorias não funcionava com a mulher, a qual precisava do amor e do acolhimento de Deus. Uma simples Palavra de Jesus, no entanto, salvou completamente a mulher, porque Ele era o próprio Deus oferecendo amor para ela. 

Logo, o exorcismo de Madalena era a maior prova de que Jesus era o Filho de Deus, porque foi um verdadeiro milagre. E a história dela mostra que os verdadeiros milagres são simples: muitas vezes, a pronúncia amorosa de um nome é o suficiente para libertar alguém. 

A poesia também faz referências ao Sagrado Feminino e questiona o fato de que muitas mulheres importantes são esquecidas ou subestimadas dentro das religiões. Contudo, o final da poesia traz uma promessa: os nomes das mulheres importantes serão lembrados de forma justa. 


Tatyana Casarino. 

 

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Seja uma estrela





Vir ao mundo para brilhar,

ser a luz que guia,

ser o sal que falta,

ser o farol a pulsar.

 

Caí com as asas quebradas,

caí com o peito pulsando.

Quis fazer a própria luz,

e acabei me machucando.

 

É verdade que eu vivia no paraíso,

mas não seduzi Adão de forma alguma.

A história da queda não é tão má assim,

minh’alma era bem mais rica e pura.

 

Puríssima e plena no universo,

eu recebia toda a luz divina.

Até que um dia eu enjoei de receber,

e quis ser a luz da minha própria vida.

 

O Pai me amou tanto

que me expulsou do Paraíso.

O Amor do Pai se prova

na liberdade do filho.


“Vá e seja como eu,

seja uma luz no mundo,

conheça o bem e o mal,

viva o amor profundo”.

 

Eu estou com a luz,

eu faço a minha luz,

eu trabalho pela luz,

eu suo e sangro pela luz.  

 

A luz não é mais gratuita,

a paz não é a mais bonita,

a vida não é mais paradisíaca,

a ilusão terrena cobre a divina.

 

Quero ser como Abel ou Davi,

mas enfrento Caim e Golias.

Quero ser mais do que pacífica,

mas sou tentada pela guerra da vida.

 

Quem sou eu?

De onde eu vim?

Para onde eu vou?

Por que estou aqui?

 

Eu sou luz,

eu vim da luz,

eu vou para a luz,

estou aqui para brilhar.

 

“Brilhe a vossa luz

diante dos homens.”

Foi o Mestre que ordenou,

foi o Mestre que me revelou.


Poesia escrita por Tatyana Casarino.







Essa poesia revela uma reflexão esotérica sobre a origem da vida que foi influenciada pela Cabala: a de que a nossa missão é ser uma pequena fonte de luz espiritual no mundo. 


A poesia também carrega a seguinte mensagem bíblica (São Mateus 5,16):

"Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus."

 

Amar como o mar




Teu amor é como o mar,

sabe me amar com encantos,

sabe me esperar como as ondas.

Oceano límpido é teu amar.

 

Cada onda que passa,

cada peixe que aparece,

tudo é faísca do divino

e do amor do espírito.

 

Teu amor é como o mar,

que sabe a hora da lua,

que sabe mudar a maré,

que beija a areia quando Deus quer.

 

Teu amor é como a água,

que corre para o mar.

O amor se adapta

como a água a pulsar.

 

Teu amor é como o oceano,

profundo e cheio de encantos.

Beija o mar gelado e a areia quente

esfria, ama e aquece a alma da gente.


Teu amar é amor,

teu amor é amar,

amar o mar,

mar do amar.

 

Poesia escrita por Tatyana Casarino.





Esta poesia revela o poder do amor que sabe se adaptar às circunstâncias da vida. Assim como o mar, o amor pode ser profundo e estável como o oceano e, ao mesmo tempo, ganhar novos ritmos como as ondas. O oceano é um símbolo de mistério e fidelidade enquanto as ondas representam as mudanças ultrapassadas pelo amor. 

Nem sempre o amor será uma linha reta, pois ele "esfria", "esquenta" e sabe viver entre a "água" (símbolo do sentimento) e a "areia" (símbolo da realidade e da estabilidade ligada ao elemento terra). Saber "navegar" com lealdade, maturidade e perseverança entre as oscilações da vida é o segredo do amor.


Tatyana Casarino. 


Fonte das imagens: Pinterest.