Vir ao mundo para brilhar,
ser a luz que guia,
ser o sal que falta,
ser o farol a pulsar.
Caí com as asas quebradas,
caí com o peito pulsando.
Quis fazer a própria luz,
e acabei me machucando.
É verdade que eu vivia no paraíso,
mas não seduzi Adão de forma alguma.
A história da queda não é tão má assim,
minh’alma era bem mais rica e pura.
Puríssima e plena no universo,
eu recebia toda a luz divina.
Até que um dia eu enjoei de receber,
e quis ser a luz da minha própria vida.
O Pai me amou tanto
que me expulsou do Paraíso.
O Amor do Pai se prova
na liberdade do filho.
“Vá e seja como eu,
seja uma luz no mundo,
conheça o bem e o mal,
viva o amor profundo”.
Eu estou com a luz,
eu faço a minha luz,
eu trabalho pela luz,
eu suo e sangro pela luz.
A luz não é mais gratuita,
a paz não é a mais bonita,
a vida não é mais paradisíaca,
a ilusão terrena cobre a divina.
Quero ser como Abel ou Davi,
mas enfrento Caim e Golias.
Quero ser mais do que pacífica,
mas sou tentada pela guerra da vida.
Quem sou eu?
De onde eu vim?
Para onde eu vou?
Por que estou aqui?
Eu sou luz,
eu vim da luz,
eu vou para a luz,
estou aqui para brilhar.
“Brilhe a vossa luz
diante dos homens.”
Foi o Mestre que ordenou,
foi o Mestre que me revelou.
Poesia escrita por Tatyana Casarino.
Essa poesia revela uma reflexão esotérica sobre a origem da vida que foi influenciada pela Cabala: a de que a nossa missão é ser uma pequena fonte de luz espiritual no mundo.
A poesia também carrega a seguinte mensagem bíblica (São Mateus 5,16):
"Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus."
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