Eu amo ser mulher,
eu amo a feminilidade,
fonte de calor e doçura,
manto de amor e verdade.
Eu amo ser mulher
e cantar um hino de amor
para afastar a dor dos homens
que amam as guerras.
Nestas terras densas,
o homem pensa que manda,
mas é a alma feminina que
comanda
as estações, as frutas e as
colheitas.
Nestas terras densas,
somos mulheres e deusas,
flores de beleza sem igual,
anjos à procura do ideal.
Deita tua cabeça em meu ventre,
oh! homem que me ama sem
pudor!
Encosta teus cabelos nos meus
seios
e diga-me onde está o teu amor.
Nestas terras densas e bélicas,
o homem ama o prazer e a paz
que sente no corpo da mulher.
Já pensou se ele ouvir a paz
da alma dela?
Nem tudo o que está na terra
é igual ao que está no céu.
Se, na terra, o homem tem
privilégios,
no céu, a mulher é a rainha
mais terna.
Se, na terra, a mulher sofre
preconceito,
no céu, ela canta o hino dos
eleitos
e vê a face de Deus mais de
perto.
O Senhor ama os filhos do
deserto.
Se, na terra, o homem provê o
sustento,
e é o líder de todo o mundo
material,
no céu, é a mulher que nutre a
vida
e sustenta toda a riqueza
espiritual.
Benditas sejam as santas e as
deusas,
as profetisas, as sacerdotisas
e as poetisas.
Benditas sejam todas as
mulheres intercessoras
que, no céu, rogam por nós como
as nossas professoras.
Poesia escrita por Tatyana Casarino.
Esta é uma poesia que questiona o poder em todas as esferas, incluindo o mundo material e o mundo espiritual. Se o mundo espiritual representasse um espelho invertido do mundo material, todas as pessoas que sofrem incompreensão e preconceito no nosso mundo seriam as mais valorizadas no outro mundo (o espiritual). Nesta linha de raciocínio, a mulher passaria a ser a rainha do mundo espiritual.
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