Divina Presença

 

Feche os olhos e sinta a realidade

a presença d’Ele não é um sonho distante.

O corpo d’Ele é alimento de verdade,

e o sangue d’Ele mata a sua sede profunda.

 

Acordarás em plena madrugada,

a vigília aguçará todas as tuas mágoas.

A Terra está silenciosa e desolada,

assim como o teu peito ferido e a tua alma.

 

Nos sinais, tu quebrarás as correntes de gelo

pelo poder do fogo, pelo poder do fogo, do fogo.

Nos teus sonhos que não são meros sonhos,

o encontro com Ele virá num sopro.

 

Ajoelho diante d’Ele e beijo o Seu corpo,

beijo suavemente Seu joelho direito ferido

e sinto que sou beijada no espírito.

Eu sou Sua filha, e Seu espírito está em mim.

 

Feche os olhos e sinta a realidade:

eu estou com Ele e Ele está em mim.

Eu me olho no espelho e vejo a Sua imagem:

à imagem e semelhança d’Ele, eu vim.

Senhor, obrigada por ter conduzido a criança,

a criança que tinha medo da escola,

até o Teu Sacrário neste Santuário.

Tu és o vitorioso na minha história.

 

Desde sempre, tu és o meu professor,

o meu psicólogo, o meu pedagogo,

o meu diretor, o meu mestre superior,

o meu consolo, o meu verdadeiro tesouro.

 

O silêncio deve ser ouvido,

o silêncio deve ser ouvido.

E eu quero o Teu novo abrigo

pelos séculos dos séculos.

 

Se eu acredito na coragem,

é por ter enfrentado o medo.

Se eu acredito na vida,

é por causa da morte.

 

Eu mergulho nas brasas da fé

e saio com a alma queimada.

Uma nova alma nasce em mim,

e eu me pergunto de onde eu vim.

 

Eu olho no fundo da minh’alma,

eu olho no fundo do meu espírito,

e eu vejo a Tua presença divina

no doce, profundo e incompreensível.

 

O infinito é tudo o que eu tenho,

tudo o que é docemente possível

além do cotidiano, além do visível.

Sou apenas uma criança no Teu abrigo.

 

“Vinde a mim as criancinhas”.

Eis a frase d’Ele que eu mais obedeci.

Queimando o meu ego de adulto,

sou uma criança de espírito puro.

 

Feche os olhos e sinta a realidade,

a presença d’Ele não é sonho de criança.

A presença d’Ele é a minha verdade,

eterna esperança que vence a dor da vaidade.

Poesia escrita por Tatyana Casarino.

Esta é uma poesia mística que retrata a força da fé na superação dos medos. A poesia também reflete um profundo encontro com Jesus Cristo na Eucaristia e demonstra as crenças da espiritualidade cristã.