Eu sonhei com castelos
cujas janelas abertas
deixavam o vento passar,
e eu estava toda em festa.
O mármore das paredes
beijava as colunas belas,
E os vitrais frios e esquecidos,
com o sol, ficavam aquecidos.
Eu sonhei que, no tempo,
eu viajava de vestido
por entre ruas medievais,
ruínas e castelos perdidos.
Eu sonhei com outro mundo,
onde todos eram bem mais gentis
e as mulheres muito respeitadas.
Eu sonhei com uma aura encantada.
Eu sonhei com tantos beijos,
e um príncipe só meu.
Sonhei com o romantismo
que nunca se foi nem se perdeu.
Ser fiel à minha essência
é uma coroa enfeitada de pérolas.
Admitir o romantismo é ouro,
cultivar a delicadeza é um tesouro.
Neste mundo feito de fogo e pedra,
eu sou a água mais profunda.
Uma lagoa solitária à luz da lua,
uma alma forte, frágil e nua.
Luar belo, luar belo,
até quando terei o meu castelo?
Dentro de um coração ferido,
ainda há amor e nobre sentido.
O mundo material cansa,
o planeta segue denso e pesado.
Meu espírito sensível está cansado,
mas ama a poesia que canta.
O mundo de pedra é chato
para um espírito delicado.
Mas, eu carrego, com amor, o fado
e transformo em luz todos os fatos.
Poesia escrita por Tatyana Casarino.
*Imagem: Beauty and the Beast (a Bela a e a Fera após a transformação em príncipe) por Scott Gustafson no Pinterest.
Esta é uma poesia que incentiva o leitor a ser fiel à essência que carrega e aos valores do seu coração.
O quanto a sociedade "contamina" o seu coração? Jamais tenha vergonha de ser romântico, delicado e sonhador, pois aqueles que têm o coração cheio de bondade e romantismo são necessários para o mundo e possuem a missão de iluminar os caminhos das pessoas ao seu redor. Nunca deixe a sociedade contaminar a sua essência, mas permita que a sua essência seja contagiante e ilumine o mundo.
Tatyana Casarino.
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