Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos (Mateus 11,25).
Faço questão que tu saibas
que nós vencemos, menina.
As tuas lágrimas de diamante
transformaram-se na minha mina.
Eu transformei a nossa dor
em riqueza, poesia e sabedoria.
Eu transformei a nossa lágrima
em motivo de júbilo e risada.
Menina, eu só quero ser adulta
se for para trazer orgulho a ti.
Menina, eu só quero ser adulta
se for para te fazer sorrir e sorrir.
Menina, a nossa boneca favorita
virou um grande ícone do cinema.
A nossa angústia tão triste e sofrida
virou um belo, profundo e alegre poema.
Menina, eu só queria que tu soubesses
que eu conservei o teu meigo coração.
Dentro da maturidade jurídica e fria,
ainda brilha uma doce e justiceira menina.
Menina, eu só quero que tu sejas sorridente,
pois o que fazia a tua alma ser diferente
hoje é a fonte do meu sucesso, entendes?
Nossa criatividade ainda brilha quente.
Menina, eu conservei a doce excentricidade,
mas eu transformei o teu medo em coragem.
Eu ainda carrego a tua alma na minha maturidade,
realizando os teus etéreos sonhos na dura realidade.
Ainda sorrio enquanto ando de bicicleta,
ainda sorrio enquanto vejo as tuas bonecas.
Ainda gosto de colorir e navegar nos teus livros,
ainda carrego a lágrima salgada e o doce sorriso.
Tu és a minha fonte mais segura de humildade,
pois, ainda que eu leve um doce orgulho a ti,
lembrar de ti me faz ser novamente pequenina.
E, assim, sou leve, desapegada e, de tudo, despida.
Esqueço de todos os títulos e dos diplomas contigo,
apago da memória que sou adulta, séria e advogada.
Sinto-me uma menina leve, divertida e desapegada
que anda de bicicleta e escuta música pela estrada.
Tua dor existencial é a minha mina de ouro,
tua alegria espiritual é a minha pureza interior.
Tua sabedoria infantil é o meu maior tesouro,
um oásis no meio do deserto deste mundo tolo.
Você já acolheu a sua criança interior?
Já limpou as suas feridas com amor?
A sua luz inocente deve seguir brilhante
e a sua sombra guarda um belo diamante.
Deus revela a Sua sabedoria aos pequeninos,
escondendo o tesouro dos sábios e dos entendidos.
Deus instruiu, salvou e amou a minha menina interior!
Então, em cada primavera adulta, farei um canto de louvor!
Poesia escrita por Tatyana Casarino.
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