Um rasgão na minha mente
permite que as visões entrem.
Elas me contam belos mitos,
e eu mergulho no mundo infinito.
Você não pode acordar,
você não pode acordar,
enquanto não se converter,
enquanto não se transformar.
O cheiro de chuva na grama,
o som dos sinos nos sínodos,
o volume do véu e do vinho
e a cobertura do corpo na cama.
Eles têm medo do meu olhar
até quando estou dormindo.
Os anjos querem o meu transformar
até quando estão se despedindo.
Os anjos sobem e descem,
as crianças gritam e dançam,
as folhas das florestas falam
e as visões turvas se balançam.
Você não pode acordar,
você não pode acordar,
enquanto não se converter,
enquanto não se transformar.
O tecido da roupa do faraó
toca os gatos do antigo Egito.
Instrumentos dourados desconhecidos
pedem uma devoção nova e invencível.
Deus me ensina, por sonhos,
a sabedoria que não está nos livros,
a beleza que está além do rosto bonito,
o calor que está muito além do abrigo.
Os sonhos ensinam e instruem,
os sonhos despertam os que dormem.
É mais fácil acordar de um sonho
do que despertar do real enfadonho.
Você não pode contar as estrelas,
você não pode apontar as certezas.
Deus me aceitou com a minha mente,
pois foi Ele que interligou todas as redes.
As flores falam e frutificam,
os pássaros voam altos e velozes.
Os sonhos são avisos realistas
que os espíritos ouvem da vida.
Poesia escrita por Tatyana Casarino.
Essa é uma poesia mística que conta sobre as misteriosas sensações que os sonhos espirituais despertam na alma do sonhador. Essa poesia também carrega um recurso estilístico chamado de "aliteração", que consiste na repetição de consoantes nos versos (o volume do véu e do vinho).
Tatyana Casarino.
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