Dentro das silenciosas brumas,
feridos pela vida estamos.
Como cegos vendados e profanos,
nada toca mais a nossa música.
O mundo é uma ilusão errante
que acerta a alma com mil flechas.
Cavalgam os soldados da verdade
acendendo a tocha da justiça em festa.
Nascemos com mil ilusões,
doces flores, inútil ópio de Netuno.
Mas nada chega mais rápido
que a verdade cortante de Saturno.
Um anjo gótico perdido na montanha
corta as suas asas no vento do inverno.
Antes de ir à escola, tudo era terno.
Mas, as muralhas agitaram as entranhas.
A dor da incompreensão grita,
a sufocante angústia da injustiça.
Não há olhos no mundo para a verdade,
todos estão voltados à vaidade.
Carregamos a verdade e a luz
no meio das trevas e da mentira.
O mundo vive de ilusão e caos,
e só os despertos veem a luz do dia.
Carrega a tua dor com amor
como quem carrega uma pluma.
Os pés das bailarinas doem,
mas elas seguem sorrindo para a vida.
Voando no vento desnorteado,
o destino é um abismo incalculável.
Não sei se teremos luz ou sombra,
mas sei é que a vida não mais me assombra.
Poesia escrita por Tatyana Casarino.
Confira uma música que combina com a poesia:
Candles - Jon Hopkins
https://www.youtube.com/watch?v=ckXxPUvP5Ug
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