O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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terça-feira, 2 de março de 2021

07 Coisas do mundo normal antes da COVID-19 que sinto saudade.

 

              


  Esse é um desabafo pessoal e descontraído sobre algumas coisas que eu sinto falta. Boa leitura!


1) Ver multidões normalmente.


     





  Estou há 11 meses sem sair de casa e sou defensora do isolamento social. Não acho prudente qualquer tipo de multidão/aglomeração no momento. Mas, vamos combinar que dá até saudade do tempo que podíamos nos reunir tranquilamente, não é? Nunca gostei muito de aglomerações (mesmo nos tempos normais), porém sinto falta de ver uma multidão. 

 Quando eu morava em Fortaleza/CE (2016 e 2017), seguidamente eu via multidões descendo a rua da minha casa (eu tive o privilégio de morar pertinho da praia de Iracema), tendo em vista que a praia de Iracema recebe grandes eventos e Shows. Meireles e Aldeota são bairros nobres de Fortaleza, mas mesmo assim eram invadidos por multidões. 

  Eu via multidões no final de 2017 a partir da sacada da minha casa. Mesmo morando perto da praia, eu nunca fui aos grandes eventos por não gostar de aglomeração. Entretanto, hoje em dia eu sinto falta de ver aquela aglomeração bonita de Fortaleza. Era engraçado como eu via uma quantidade enorme de pessoas descendo a rua da minha casa (risos). Muitas vezes, eu acenava para essas pessoas, as quais demonstravam muita alegria. 

   Certa vez, em um Show de Virada do Ano, vi a multidão de fãs do Luan Santana descendo a rua da minha casa para ir à praia (risos). Era uma quantidade enorme de pessoas vestidas de branco carregando cadeiras e mochilas. Eu tentava dormir, mas ouvia os gritos das mulheres e a voz do Luan Santana cantando todas as músicas (risos). Naquela noite, liguei a televisão e me surpreendi ao ver que o mesmo Show que ocorria na televisão estava ocorrendo perto da minha casa (risos). 

    Eu ouvia quase todos os eventos da minha casa. Muitas vezes, a rua da minha casa ficava interditada por multidões. Na noite do Baile do Aviador (evento que ocorreu no Clube Ideal), por exemplo, a minha rua estava interditada (Outubro de 2017). O fim de ano também costumava instigar multidões nas praias (Dezembro de 2017). 

   Nem sempre dava para distinguir o tipo de Show ou ouvir a voz do cantor de forma definida, mas dava para escutar o burburinho. Eu também ouvia as manifestações políticas do tempo da campanha "Vem pra rua, Brasil!"

   Que saudade de ouvir uma multidão feliz em tempos saudáveis! Que saudade de poder viver um tempo sem preocupações sanitárias. Que saudade da leveza do passado!

  Que saudade de acenar para a multidão que descia a rua da minha casa com sorriso no rosto. Em Fortaleza, eu amava caminhar na praia de Iracema e frequentar a feirinha de artesanato. Também amava ir à praia. No dia da festa de Iemanjá, as praias ficavam lotadas. A feirinha de artesanato, frequentemente, atraía multidões. 


2) Enviar cartas pelos Correios.


             


 Um dos meus passatempos é escrever cartas à mão e enviar para diversas partes do Brasil. Morei em Brasília (2018 e 2019) e amava ir à papelaria comprar envelopes, adesivos, cadernos e preparar cartas para enviar aos amigos espalhados pelo Brasil. Eu fiz amizades com os atendentes da papelaria e com os funcionários dos Correios, vocês acreditam? Eu tenho saudade de conversar pessoalmente com funcionários e de poder dialogar sem máscara e sem medo de contaminação. 

  Eu sou uma pessoa afetuosa, calorosa e que gosta de cumprimentar, abraçar e tocar a pessoa que está conversando comigo (risos). O isolamento está me deixando com uma saudade enorme do tempo que eu podia ser calorosa e simpática com funcionários. Hoje em dia não podemos mais conversar com as pessoas nos estabelecimentos comerciais. Penso que, atualmente, o serviço dos Correios está comprometido também pelo que parece. 

  Um amigo da Alemanha me enviou uma carta ano passado e ela até hoje não chegou para mim. Hoje em dia as pessoas têm medo de pegar em envelopes e muitos acreditam que podem pegar a COVID através de cartas. As pessoas têm medo até de compartilhar documentos e papéis atualmente. 


3) Tomar sorvete na padaria.


     



  Um dos meus passatempos favoritos em Brasília era tomar sorvete na padaria e caminhar pela minha quadra. Hoje em dia, saímos de máscara e não podemos tirar a máscara nem para tomar um sorvete. 

 Que saudade do tempo que podíamos comer e beber no meio da rua sem maiores preocupações. Que saudade de comer pipoca no meio da praça e tomar sorvete no meio da rua!


4) Ir à missa pessoalmente e frequentar as festas da Igreja.


         


Fotografia da Paróquia Militar de Santo Expedito 
e São Miguel Arcanjo tirada por Tatyana Casarino. 


  Eu amava ir à missa em Brasília/DF e participar de quermesses e procissões. Eu participava de todas as quermesses (sim!) e comprava tudo (amo essas comprinhas de artigos religiosos): livros, camisetas, chaveiros, copos, imagens de Santos e etc. Adorava comer pipoca e cachorro-quente nas quermesses das festas de Santo Expedito e São Miguel Arcanjo (realizadas na Paróquia de São Miguel Arcanjo e Santo Expedito em Brasília/DF). 

  E eu adorava procissão! Seguidamente, participava de procissões em Brasília/DF no meio de multidões. Eu amava cantar músicas católicas e rezar ao ar livre enquanto olhava o céu estrelado de Brasília. 

   Quantas vezes caminhei por várias quadras de Brasília pela fé e com aquele sorriso no rosto. O vento fresco de Brasília e a belíssima música da banda da Paróquia Militar deixavam tudo mais alegre. Que saudade! Que saudade!

     Certa vez, em uma festa da quermesse, o grupo "Escoteiros de São Miguel" distribuía abraços nos fiéis. Que saudade do tempo que podíamos nos abraçar! Eu amava os produtos religiosos desse grupo. 


          


    Eu fiz amizades na Igreja, jogava bingos beneficentes com a minha avó dentro do grupo da Paróquia e passeava pela região da Paróquia. Eu adorava cumprimentar as pessoas, conhecer pessoas novas na Igreja e ser simpática com os fiéis. Minha avó até ganhou uma salva de palmas do Bispo Auxiliar e dos fiéis da Paróquia de Brasília no dia do aniversário (risos). 

   Era legal interagir pessoalmente com os fiéis da Paróquia. Eu era mais tímida e ficava mais quieta, mas a minha avó sempre interagia, acenava e conversava com os fiéis e até com o Bispo. Minha avó participava da missa comigo e me deixava tímida quando queria interagir com todo mundo (risos). Mas, a minha avó tinha razão: é bom interagir. Sinto falta desse contato humano. 


    



5) Andar de bicicleta. 

  Eu amava andar de bicicleta em Brasília pela minha quadra. Adorava andar de bicicleta entre as árvores e sentir o vento fresco da natureza refrescando a minha pele diante do calor do Distrito Federal. 

  Andar de bicicleta é um dos meus passatempos favoritos. Atualmente, não ando mais de bicicleta (e eu não teria fôlego de andar de bicicleta com máscara) e fico em casa o tempo todo. 


6) Ir ao cinema.


    


  Eu amava ir ao cinema com as minhas amigas quando eu morava em Santa Maria/RS. Eu amo comédias românticas, aventuras, musicais e filmes de fantasia. Além de assistir ao filme, era muito bom comprar pipoca doce e salgada, tomar refrigerante e escolher um lugar maravilhoso dentro do cinema com as amigas.

  Mesmo que tenhamos Netflix em casa e aparelhos maravilhosos (o Paraguai oferece o maravilho BTV que acessa muitos canais...), também é bom participar da interação e sentir a "energia" dos ambientes sociais como cinema. Que saudade do tempo que podíamos ir ao cinema! 

  Para mim, nada se compara ao cinema. Diferentemente de muitas pessoas, eu não gosto de séries e não sou uma entusiasta da Netflix. Não tenho paciência para acompanhar séries e considero as histórias atuais sem brilho, apelativas (há cenas excessivas e desnecessárias de sexo) e repletas de violência. 

   Sem querer ser moralista, mas eu gosto de histórias românticas e que exaltam os heróis e as boas virtudes. Não gosto das histórias atuais, as quais parecem fazer uma apologia à decadência e à melancolia humana. E eu não gosto de terror nem de filmes melancólicos. 

  Sinto falta de filmes clássicos, motivacionais, alegres e românticos. Nessa quarentena, ao invés de Netflix, eu prefiro ver novelas antigas que são reprisadas no canal VIVA. Também gosto de ver os meus canais favoritos do YouTube na minha Smar Tv. 


     


7) Ir ao teatro.


  Sou uma grande entusiasta do teatro e amo musicais. Vi o musical de "A Bela e a Fera" em Fortaleza/CE e Brasília/DF. Gosto de conhecer o teatro de cada cidade que visito. Em Santa Maria/RS, eu era uma frequentadora apaixonada do Teatro 13 de Maio e adorava assistir às apresentações de balé da turma Ivone Freire (turma que minha mãe fez parte como bailarina nas peças Esmeralda e Bailarinas de Degas). 

  Que saudade do tempo que eu podia ir ao teatro! Curiosamente, sinto saudade até mesmo da aglomeração e das filas que eu enfrentava em centros artísticos e culturais (risos). 


Texto escrito por Tatyana Casarino. Especialista em Direito Constitucional, advogada, escritora e poetisa. 

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