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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Minha experiência com a Energia da Flor de Lótus

   

               


   Ainda me lembro da minha primeira reunião espiritualista sobre a Flor de Lótus. Eu estava nos semestres iniciais da Faculdade de Direito e era uma jovem muito curiosa em relação aos assuntos espirituais. Eu costumava ler todos os livros de autoajuda, religião e espiritualidade das livrarias e estava em busca de autoconhecimento e transformações interiores positivas. 

   Certo dia, minha mãe chegou em casa e contou para a minha avó sobre uma reunião espírita que ela havia participado. Eu fui para a reunião na semana seguinte com a minha mãe. 

   Quando eu fui para a reunião espiritualista, eu me deitei em um divã e fui paciente de Reiki. Uma das Reikianas também era médium e me contou sobre as minhas vidas passadas. Ela me viu em ambientes verdejantes e em lugares com muita água. Três Reikianas me atenderam. Elas me disseram que eu era uma "alma velha", razão pela qual eu era mais madura pela minha idade.


          


    Elas usavam pêndulos sobre os meus Chakras, e os pêndulos giravam naturalmente. A intensidade do movimento do pêndulo indicava a abertura do Chakra ou o possível bloqueio dele. 

   O Rio Grande do Sul inspira intelectualidade, ideias modernas e sincretismo religioso. Mesmo no inverno rigoroso, as mãos das Reikianas ficavam quentes ao lidar com a energia espiritual de cura e amor. Depois do atendimento, eu me sentei diante de uma mesa branca muito bonita em um espaço amplo. 

  Muitas pessoas estavam reunidas nesse lugar. As mulheres eram maioria (como sempre em todo e qualquer lugar religioso, pois nós mulheres somos maravilhosas para Deus e amamos a Deus com mais sensibilidade e fé - risos). Apenas dois homens estavam dispostos a estudar espiritualidade dentre tantas mulheres. Eu era a única mulher jovem. 

    Eu tinha apenas 19 anos na época enquanto a maioria das pessoas tinha mais de 35/ 40 anos. Um dos homens tinha uma deficiência física, era cadeirante e me chamou a atenção pelo otimismo (ele acabou se tornando meu grande amigo). 

    O ambiente tinha sincretismo religioso: cristianismo, umbanda, budismo, espiritualidade universalista e espiritismo kardecista estavam entrelaçados em uma corrente de amor, luz e bem. 

      Eu era uma das únicas católicas que comentava sobre o terço (havia uma senhora muito querida com mais de 60 anos que também gostava do terço católico como eu e mais algumas pessoas tinham sido batizadas na Igreja Católica). Mas, posso dizer que o catolicismo e o cristianismo inspiravam o ambiente sem dúvidas: a abertura dos trabalhos espirituais era a música da Oração de São Francisco tocada no piano e cantada por nós todos em uníssono: "Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz..."


                 


     Por vezes, cantávamos músicas de sacerdotes católicos. Eu me empolgava nessa hora. As músicas dos salmos do padre Zezinho eram as mais tocadas. Eu amava cantar "Pelos prados e campinas". A música "Sim, eu quero" do padre José Weber também era muito cantada por nós. Muitas gaúchas eram fãs do padre Lauro Trevisan. 

        Quase toda casa gaúcha tem o livro "O poder infinito da sua mente" do Lauro Trevisan. Há algumas doses de "lei da atração" por trás do conteúdo católico e ele é muito famoso no Rio Grande do Sul. 

      Minha mãe me fez decorar os versos do Padre Lauro Trevisan: Sou perfeito alegre e forte / tenho amor e muita sorte /sou feliz e inteligente/ viso positivamente / tenho paz / sou um sucesso /tenho tudo o que eu peço / acredito firmemente no poder da minha mente, porque é Deus no subconsciente. Eu tenho esses versos na ponta da língua até hoje. Eu decorei esses versos (risos). Esse padre é o dono da Livraria da Mente de Santa Maria/RS, e eu passei a minha infância e adolescência frequentando intensa e alegremente essa livraria (risos). 


                    


     Nós imaginávamos pirâmides de cristal protegendo o ambiente. Espíritos de caboclos, pretos velhos, índios e monges tibetanos protegiam as nossas reuniões. Tudo era voltado exclusivamente para o bem. Certa vez, distribuíram uma apostila espiritualista sobre a Kuan Yin e a energia da flor de lótus. Como eu estava acostumada com a Mãe Maria da Igreja Católica, senti uma grande identificação com Kuan Yin. 


          


     Na época, eu sonhava com elefantes brancos indianos (risos), pois a minha vida espiritual, por vezes, é guiada por alguns sonhos. Eu mergulhei em uma espiritualidade oriental e fiquei fascinada com o jardim das esculturas na época desse sonho. Eu visitei esse jardim gaúcho com o meu grupo espiritualista na época. 


                   


Jardim das Esculturas. 
Lugar místico e artístico de Júlio de Castilhos/RS.
O escultor, Rogério Bertoldo, é um homem simples, mas muito sábio e com um talento artístico extraordinário. 
Ele costuma contar a trajetória da sua vida, iluminação e sabedoria interior para os visitantes. 

   Atualmente, meus sonhos espirituais envolvem a Igreja Católica (sonhei com sacerdotes, freiras e igrejas como comentei na postagem do diário dos sonhos e voltei a frequentar intensamente a Igreja Católica). 

*Diário dos sonhos:

Diário dos sonhos


                           


Kuan Yin, a deusa da compaixão. 

 

       No primeiro dia da reunião, eu recebi Reiki antes das orações. Mas a ordem das reuniões espiritualistas era a seguinte: canto de entrada, Prece de Cáritas, uma mensagem espírita reflexiva tirada de algum livro e lida em voz alta pela líder do grupo, orações diversas, momento de silêncio, meditação, manifestações mediúnicas, Reiki/ energia de cura da flor de lótus, orações finais e o Pai-Nosso para encerrar (no momento do Pai-Nosso, o grupo ficava de pé e nós dávamos as mãos uns para os outros ao redor da mesa até formar um círculo). 

     Após o Reiki / energia da flor de lótus, nós nos abraçávamos e transmitíamos energia de amor uns para os outros. Por vezes, levávamos flores para casa e água fluidificada. Minha mãe costumava oferecer as flores que recebíamos para Santa Rita (minha mãe é devota de Santa Rita há muito tempo). 


             


    Certa vez, a líder do grupo me convidou para ser "iniciada" na energia da flor de lótus. Eu fui iniciada junto com uma senhora incrível e iluminada que era mãe do meu grande amigo (o rapaz cadeirante e otimista que citei no início do texto). Eu estudei uma apostila sobre Kuan Yin e a energia da flor de lótus. 

     Saliento que não fui iniciada no Reiki tradicional. A líder do grupo era Reikiana tradicional e tinha o conhecimento dos símbolos do Reiki, mas eu fui iniciada na energia de luz e cura espiritual da mãe Kuan Yin para aplicar o Lótus Sagrado nos Chakras das pessoas. 

    Na minha iniciação, a técnica de cura foi meditativa e eu aprendi a passar a energia de cura espiritual para as pessoas através da imposição das mãos e da aplicação da energia Lótus. A fonte de cura da energia de Lótus está vinculada à divindade Kuan Yin, a qual é uma das faces da Grande Mãe do Criador. Segundo a sabedoria do Lótus, Kuan Yin é o princípio feminino, doce, compassivo e terno que gera a energia criativa do universo. 

    Com o Lótus, somos veículos de cura, caridade, bondade, compaixão, amor, sabedoria, sorte e infinitas bênçãos. A flor de lótus é uma flor mística e especial para os orientais, porque ela emerge da lama sem se contaminar por ela. Sendo assim, o Lótus sagrado é símbolo da pureza, do despertar da consciência e da luz. Mesmo rodeados pela "lama" da ignorância e do mal, podemos florescer amor e pureza.  Após a minha iniciação, ganhei uma flor de lótus de cristal. 


                 

Os sete Chakras. 
De acordo com as religiões orientais, como o hinduísmo e o budismo, os Chakras são pontos energéticos que trabalham pelo nosso equilíbrio espiritual e físico. A palavra "Chakra" vem do sânscrito e significa "roda". 

      Como veículos de cura, imaginamos uma flor de lótus desabrochando em cada Chakra do paciente. Na minha iniciação, aprendi a invocação do Lótus:


      



"Pelo amor de Kwan Yin, que é a Grande Mãe, invoco o poder do Lótus Sagrado, energia da fonte do universo que tudo provê e que tudo pode. Que esta bênção se abra e com ela eu desperte. Eu sou luz e perfeição."

 

           


            

 

 A posição das nossas mãos sobre o paciente é a seguinte: posição de concha (formar uma concha com as duas mãos juntas como se estivéssemos segurando uma flor delicada). Não precisamos tocar o paciente. Podemos colocar as mãos em formato de concha como se estivéssemos segurando uma flor de lótus e ficarmos emanando a energia da flor de lótus para o paciente com a distância de alguns centímetros diante de cada Chakra. 


                


   Temos sete Chakras. Aplicamos a energia do Lótus em cada Chakra do paciente separadamente -- um de cada vez. Quando estamos tratando cada Chakra, mentalizamos uma flor de lótus desabrochando em nossas mãos e outra flor de lótus desabrochando no Chakra do paciente. Nesse momento, mentalizamos alguns verbos enquanto a flor de lótus desabrocha no Chakra que está recebendo a aplicação da energia de cura: "Abrir, limpar, curar e amar". Abrir, limpar, curar e amar são os verbos curativos de Kuan Yin para a limpeza, abertura, equilíbrio e purificação dos Chakras. 

    Eu costumava atender três pacientes dentro do grupo espiritualista. E eu também recebia a energia de cura. É importante que o veículo de cura também esteja curado e purificado para poder servir ao paciente com boas energias. 

    Quando eu estava angustiada, eu não aplicava o Lótus por me sentir despreparada para canalizar energia curativa para os outros. Se queremos ser curadores ou "curandeiros", precisamos estar bem primeiramente. 

     Sabe-se que é recomendado atender três pacientes em um mesmo dia no máximo para que o aplicador da energia de cura não fique com desgastes espirituais. O Reikiano e o aplicador da energia do Lótus são como terapeutas espirituais. No Reiki, canalizamos e transmitimos para o outro a energia universal vital a fim de restaurar o equilíbrio espiritual, emocional, mental e até físico do paciente. 


                 

      Doutor Usui dizia: "Se o Reiki se espalhar pelo mundo, ele tocará o coração do homem e a moral da sociedade. Ele será útil para muitas pessoas, curando não apenas a doença, mas a Terra como um todo."

        O Reiki encontra as suas origens nas escrituras budistas antigas. Nessas escrituras, um sacerdote cristão japonês, o doutor Mikao Usui, encontrou símbolos e mantras que se tornaram os fundamentos do sistemas de cura Reiki. Depois de jejuar e meditar no alto de uma montanha sagrada, ele entrou num estado de consciência elevada e recebeu a revelação do significado e da aplicação dos símbolos e mantras sagrados. Ele percebeu a essência da energia de cura canalizada por todos os grandes mestres religiosos. 

         Através do Reiki, você pode despertar um sentido de encantamento pelo mundo ao seu redor e aprender a apreciar todos os prazeres simples que a vida tem a oferecer a cada dia. 

         Os princípios do Reiki são:


      


*Só por hoje, não se irrite;

*Só por hoje, não se preocupe;

*Respeite seus pais, seus professores e as pessoas idosas;

*Ganhe a vida honestamente;

*Demonstre gratidão por todos os seres vivos;

*Seja gentil consigo e com os outros. 


        



    O Reiki ganhou vários ramos ao longo do tempo e técnicas curativas semelhantes como a energia do Lótus sagrado de Kuan Yin (a linha do meu trabalho) surgiram em várias parte do mundo. Para quem trabalha com o Lótus, a gentileza é um princípio ainda mais fundamental, pois Kuan Yin é pura misericórdia e compaixão.  

    O Reiki é um tratamento holístico que vê o paciente como um todo e não os sintomas isolados de uma doença como a medicina ocidental tradicional. Também reverenciamos com gentileza todo aquele que se apresenta como "médico", "curador" ou "conselheiro", pois sabemos que ele é um mensageiro da energia vital universal. 

            


    Não devemos impressionar o curador com nossos problemas de forma "vitimista" como ocorre no ocidente. Devemos apresentar nossos problemas com gentileza para sermos merecedores da energia de cura, a qual é canalizada por uma deusa gentil e compassiva como a Kuan Yin. 

       Quando eu fui iniciada na energia do Lótus, eu abri os canais de cura. As pessoas passarem a ver uma "curadora" / "curandeira" em mim. Isso me assustou no início. Muito embora eu ame a generosidade e sinta que boa parte da minha missão é ajudar as pessoas, eu fico impressionada com os problemas das pessoas e acabo absorvendo energias densas quando não estou fortemente preparada para canalizar a energia da cura. Ainda não trabalhei o fortalecimento espiritual o suficiente para trabalhar com energias curativas. 

     Geralmente, o paciente que procura por Reiki ou Energia do Lótus não está equilibrado. No meu grupo, aplicávamos energia de cura semanalmente por amor à espiritualidade. Mas, infelizmente, a maioria das pessoas só procura a energia de cura e a espiritualidade quando está passando por problemas. 


       


       A minha sabedoria aumentou após a iniciação no Lótus sagrado. As pessoas me procuravam para pedir conselhos, e eu gostava de transmitir sabedoria e boas energias para os outros. Ocorre que eu também tinha os meus próprios desequilíbrios emocionais e tive de aprender a separar tempos sabáticos para mim e a cuidar de mim. Isso não é egoísmo, mas questão de sobrevivência quando a sua alma tem muita empatia e inclinação para sentir as dores dos outros. 

      Certa vez, algum tempo depois da minha iniciação, eu estava em Porto Alegre/RS e fiquei sentada numa poltrona do lado de fora de uma livraria. Uma senhora se sentou ao meu lado e começou a reclamar de doenças e de dores que ela tinha. Confesso que achei aquilo muito estranho, tendo em vista que eu era uma completa desconhecida para ela. Depois, eu estava num supermercado em Santa Maria/RS e fui interrompida por uma mulher que veio me perguntar onde ficava o Yakult. Depois, a mulher contou a vida toda dela para mim (risos). 

       Quando somos iniciados no Reiki ou no Lótus, as pessoas passam a nos ver como curadores inconscientemente. Elas confiam em nós e nos procuram para desabafar dos seus problemas, porque sentem espiritualmente que somos mensageiros da energia curativa e vital do universo. 

     Devemos expressar compaixão e gentileza com todos, mas não podemos nos impressionar com os problemas dos outros. Não poderemos estabelecer vínculos emocionais com todos, mas apenas com pessoas confiáveis e que são aprendizes da luz como nós. 


             


     Devemos ter grande preparação espiritual para lidar com situações assim, pois podemos cair no fundo do poço junto com os outros se nos envolvermos emocionalmente com eles ou ficarmos impressionados com o que ouvimos. Devemos ter compaixão, mas é importante adotar certo distanciamento emocional e lucidez diante dos problemas dos outros. 

    Sinto-me honrada e fico feliz por ser uma pessoa querida e confiável além de atrair tantas pessoas (a lei da atração espiritual aumenta, ganhamos carisma e atraímos pessoas com a  nossa energia de luz), mas chegou um momento da minha jornada espiritual que fiquei cansada de apenas doar energias. Eu queria receber boas energias também. 

    No ocidente, as pessoas costumam adotar o tom vitimista mais facilmente. E eu sempre estive acostumada com a absoluta gentileza e respeito diante do mestre ou "curador", já que os mestres da cura costumam ser extremamente sensíveis. 

 

      


     Na época do Lótus, eu adotava uma postura generosa e entusiasmada. Mas, em um determinado momento da minha jornada, eu comecei a apresentar uma espécie de fadiga emocional/ espiritual. Então, decidi tirar um tempo só para mim. Eu saí do Rio Grande do Sul e morei em outras cidades: Fortaleza/CE e Brasília/DF. 

    Em Brasília, meu cansaço ficou mais intenso. Eu queria conhecer pessoas "curadoras" como eu e receber acolhimento espiritual também. Eu pedi inspiração para a espiritualidade, e a espiritualidade me apontou o catolicismo outra vez. Logo, eu decidi voltar para a Igreja Católica. Eu morava na SQN 204 e descobri intuitivamente a Paróquia de São Miguel Arcanjo e Santo Expedito. Passei a frequentar a missa todos os domingos com a minha avó materna. Com Jesus, curei o meu cansaço. 


Mateus 11.28-30.

Jesus disse:

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve."


            


Paróquia Militar de São Miguel Arcanjo e Santo Expedito. 

      Na Igreja, senti entrega e o acolhimento de um Deus-Pai que tudo cura. Na Igreja, Jesus é o meu curador e o médico da minha alma. Quando alguém precisa de ajuda, eu rezo por essa pessoa como intercessora ao invés de ser doadora de energia. Sei que Deus agirá pelas pessoas queridas e por mim. 

      Antes de aconselhar prontamente alguém, eu rezo pela pessoa e digo "vou rezar por você". Minha essência curadora descobriu a intercessora que morava em mim. Gosto de pedir cura para outras pessoas através da oração hoje. 

      Ao receber a graça de Deus, sinto-me renovada. Nossa Senhora é a grande intercessora compassiva que dá o seu colo espiritual para todos. Além do mais, sinto a força curativa de Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora de Lourdes. 

      Encontrei o meu fortalecimento espiritual no catolicismo, mas respeito todos os caminhos espirituais e sou muito grata por tudo o que aprendi com a energia do Lótus sagrado e por todos os bons aprendizados que eu ganhei em outras religiões. Sinto-me honrada por escrever sobre a minha experiência com a energia da Flor de Lótus. 

             Na Igreja, também senti mais humildade para receber: receber as graças de Deus e receber o que os nossos irmãos de alma nos oferecem de bom. Como dizia Santa Teresinha, não devemos querer ganhar a santidade por méritos e grandes virtudes, pois Deus dá a Sua graça na nossa pequenez. 


              


           Muitas vezes, o nosso cansaço é fruto do orgulho. Nosso desgaste, por vezes, não significa que os outros "sugam" as nossas energias, mas pode significar que nós queremos adotar a postura do "doador" a todo instante. E essa postura não se sustenta o tempo todo. O excesso dessa postura indica o orgulho de querermos ser sempre os doadores e não generosidade genuína. 

      Na vida espiritual, aprender a abrir mão do excesso de deveres que acumulamos para aprender a arte do deleite e do recebimento é muito importante. Deus também quer que saibamos aproveitar o que Ele dá para nós. 


         


          Talvez a maior generosidade não esteja em doar energia para o outro, mas em mostrar para o outro que também sabemos apreciar e receber a energia boa dele. Os outros gostam de perceber que estão sendo bons para nós também. 

        Se olharmos tudo com olhos mais atentos, veremos que também recebemos muito mais do que pensávamos e até muito mais do que doamos para os outros. Se anotarmos cada gesto de gentileza que recebemos por dia, teremos um diário imenso de graças e gentilezas. Ter a percepção do quanto recebemos é a cura do cansaço do doador de energia ou curador. 


  


               Por isso, é importante termos um diário de gratidão pelas coisas boas que temos e recebemos. Eu tenho um diário chamado "diário de graças e gentilezas" para anotar as graças que Deus me dá por dia e os atos de gentileza que os queridos amigos e familiares me oferecem todos os dias. Perceber o quanto recebemos também é uma forma de obter mais humildade, pois vemos que somos pequenos recebedores ao invés de grandes doadores como pensávamos. 

              Essa é a percepção que adquiri na minha jornada de sabedoria. Não podemos subestimar as pequenas gentilezas que recebemos, pois são elas que sustentam as nossas energias.  O ser humano tem a tendência de dimensionar as críticas e os eventos ruins que "sugam" as energias e se esquece de aproveitar e valorizar cada gesto de bondade que está ao seu redor. 


           




       Recado final: fique atento. Há pessoas boas com energias de cura ao nosso redor que também querem doar o amor delas para nós. Que nós saibamos receber todo o amor, gentileza e graças que está ao nosso redor. Nós merecemos a luz, pois somos filhos de Deus. E Deus é luz. Mesmo com tanta "lama" e acontecimentos ruins no mundo, há sempre uma "flor de lótus" de pureza e beleza ao nosso lado. Que saibamos preservar o amor, a ternura e a esperança em nosso coração. 

      Nesse texto, quis compartilhar um pouco da minha jornada espiritual e religiosa além de contar a minha experiência com a energia do Lótus sagrado de Kuan Yin. Espero que esse texto tenha inspirado sabedoria, amor, fé e esperança em você, querido leitor. 

    Devemos aprender a valorizar a energia vital universal que está ao nosso redor e recebê-la antes de querer doá-la ou transmitir a sua força de cura. Apesar das más notícias, você já percebeu quantas gentilezas existem no mundo hoje? 


Abraço fraterno!


Tatyana Casarino. Especialista em Direito Constitucional, advogada, escritora e poetisa. 


*Dica de livro: Guia completo do Reiki. Um curso estruturado para alcançar a excelência profissional. Tanmaya Honervogt. 





Playlist do Reiki:

Músicas para Reiki no Spotify da Taty


Playlist da Fé:

Reunião de músicas cristãs e católicas no Spotify da Taty


Recanto Católico:

Blogue Católico da Taty


Blogue "Recanto da Luz" do grupo espiritualista gaúcho citado no texto:

Blogue Espiritualista

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