Castidade e Felicidade: Por que se resguardar é um dos maiores segredos da felicidade espiritual?
Existem pessoas que sentem um chamado para a castidade no meio da vida cotidiana e "normal". Elas não são chamadas ao convento nem ao mosteiro, mas sentem intuitivamente que devem ficar sozinhas por um tempo e adiar a vida sexual. Se esse chamado acontece com você, siga esse chamado intuitivo com todo o seu coração (e, nesse momento, eu gostaria que muitos jovens com esse chamado estivessem lendo essa postagem).
Não abra mão do seu chamado à castidade para seguir as pressões sociais. Sabe-se que a sociedade pressiona o jovem para as experiências sexuais precoces, festas e diversões efêmeras como se tais coisas representassem tudo aquilo que seria o símbolo de "curtir a vida". Entretanto, sabemos que muitas pessoas não encontram satisfação naquilo que a sociedade afirma como "diversão". Além do mais, nunca tivemos uma sociedade tão depressiva e ansiosa como agora. Não siga os moldes de "diversão" da sociedade, porque eles nunca deram certo verdadeiramente. Não abra mão da sua personalidade e do chamado da sua alma para ser mais um "tijolinho" infeliz em uma sociedade infeliz. Faça a diferença, siga a sua alma, acenda a sua interior e inspire outras pessoas no caminho da luz.
Sendo assim, siga somente o seu coração, porque somente o coração de cada um sabe conduzir a alma para o caminho da felicidade pessoal. A felicidade é uma questão pessoal. Tenha a coragem de ser diferente para encontrar a sua própria felicidade. Ressalta-se que ser considerado "esquisito" pode ser uma bênção em uma sociedade infeliz e atrasada espiritualmente. Se você quer buscar felicidade verdadeira, profundidade psíquica e evolução espiritual, você será incompreendido dentro de uma sociedade infeliz, superficial e atrasada espiritualmente. Liberte-se dos padrões sociais sobre o que é felicidade para encontrar o verdadeiro sentido da felicidade.
Liberte-se do anseio de se enquadrar na sociedade para trilhar a jornada da luz. Todo aprendiz da luz deve vivenciar, como primeira tarefa espiritual, a arte de romper com os grilhões terrenos e aceitar que a sua caminhada é diferente dos padrões sociais. Ser incompreendido é o preço que todo "trabalhador da luz" paga na sociedade. Todos os mestres espirituais foram incompreendidos quando passaram por esse mundo. E quase todos eles tiveram uma jornada de castidade. Então, se você quer crescer espiritualmente e trilhar um caminho de castidade, saiba que você será incompreendido no início da sua jornada. Se até os grandes mestres foram incompreendidos (o Mestre dos Mestres foi até crucificado no tempo Dele), também haverá incompreensão para meros aprendizes da luz como nós.
Contudo, posso assegurar que aqueles que chamam você de louco hoje por trilhar um caminho diferente ainda vão chamar você de "lenda". Quem não compreende o seu caminho hoje pode até admirar o seu caminho amanhã quando evoluir a própria consciência. É preciso salientar que a castidade traz muita sabedoria. Um dia, as pessoas vão querer os seus conselhos de sabedoria e você será muito admirado justamente por ter seguido um caminho diferente. Explicarei melhor, no decorrer do texto, todos os benefícios de seguir o chamado da castidade.
Primeiramente, o nosso corpo não é brinquedo. Seguir uma jornada de castidade aumenta a nossa percepção do quanto o nosso corpo é sagrado além de construir uma autêntica e sólida base de autoestima. Não se trata de ser "assexuado" (esse termo é mais uma bandeira que inventaram, porque é mais fácil ter uma sigla de minoria do que ter a coragem de assumir um estilo de vida casto e conservador na sociedade). Trata-se de seguir um caminho de pureza física e espiritual, porque sentimos um chamado de castidade, amadurecimento emocional e aperfeiçoamento espiritual.
Quem segue a castidade também sente desejos, atração pelo sexo oposto e pode ter uma sexualidade boa (e, geralmente, a sexualidade de quem se resguarda é mais intensa, alquímica, verdadeira e profunda do que quem desperdiça a energia sexual por aí). Ocorre que seguir a castidade significa abrir mão dos prazeres sexuais físicos e rejeitar namoros por um bom tempo até que você amadureça.
Não seria maravilhoso se todo mundo amadurecesse emocionalmente e espiritualmente antes de entrar em um relacionamento? Teríamos uma sociedade bem melhor, mais consciente e com menos relacionamentos abusivos. Não veríamos tantos namoros tóxicos, sofrimentos emocionais e desilusões amorosas por aí.
Se você não sente satisfação em sexo casual, festas e lazeres efêmeros, anime-se! Você não é esquisito e isento de prazeres. Não há nada de errado com você. Se isso acontece com você, saiba que você está sendo convidado para descobrir um sentido mais profundo para a felicidade. Se você não sente satisfação com os estímulos do mundo lá fora, você está sendo chamado para despertar o seu mundo interior.
Desse modo, você é apenas alguém introvertido que está sendo chamado para uma jornada espiritual. Quando você trilhar uma jornada espiritual, descobrirá a morada da sua felicidade interior no autoconhecimento. Você despertará para a luz e para o grande entendimento de que a verdadeira felicidade mora dentro de nós e não está nas coisas desse mundo.
Quando você despertar espiritualmente e encontrar a sua felicidade interior, você vivenciará uma felicidade mais sólida que raras pessoas conhecem. Você será invejado até mesmo pelas pessoas mais festeiras e que dependem dos prazeres externos para sentir diversão. E sabe o motivo? Porque você entrará em um estado autêntico de felicidade e amor-próprio. E esse estado não é vivenciado pelas pessoas mais extrovertidas e superficiais. Enquanto as outras pessoas precisam de festas, sexo casual e até drogas para sentirem prazer (um prazer efêmero e falso), você sentirá a felicidade calma e verdadeira da conexão espiritual com a sua essência divina e não necessitará de nenhum prazer externo para ser uma pessoa alegre. Num mundo cheio de escravos dos prazeres sensoriais, você será espiritualmente livre.
Aqueles que se acham "espertos" por estarem supostamente "curtindo a vida" são ignorantes em verdade, porque não descobriram o caminho da felicidade interior e divina. Eles não sabem que a verdadeira luz está dentro deles e, por isso, seguem as falsas luzes desse mundo sensorial e ilusório. Aqueles que acham você esquisito por ser casto e nunca ter tomado um "porre" ao lado deles são frágeis por trás das máscaras do lema de "curtir a vida". Quem não precisa de prazeres externos é o verdadeiro forte e iluminado.
O casto é o mais feliz e o mais esperto, porque descobriu a fé, o amor-próprio e a riqueza da própria alma no caminho da introversão e da espiritualidade. Ele se libertou dos desejos do corpo. E, assim, conhece bem mais a liberdade autêntica e a felicidade duradoura. Liberdade não é fazer tudo com o corpo tal como a sociedade diz. Liberdade é saber resguardar o corpo para que ele não seja escravo do prazer externo. Liberdade é ter o corpo puro e independente dos prazeres do mundo. Liberdade é ter o corpo puro para ter a alma pura, sem dependências externas e feliz.
Aqueles que dizem que estão "curtindo a vida" com relações sexuais efêmeras são os mais carentes e fracos. O prazer deles não dura por muito tempo, e eles sentem um constante vazio que é a falta de preenchimento da alma. Eles parecem que se divertem, mas tudo na vida deles é feito de máscaras de falsos prazeres.
Na castidade, somos convidados a deixar o corpo puro para preenchermos a alma com valores espirituais. A riqueza espiritual da castidade traz sabedoria e felicidade, pois é emocionante descobrir o tesouro espiritual e divino que mora dentro de nós na jornada do autoconhecimento.
A sociedade ocidental implementou a ideia de que precisamos do amor romântico para sermos felizes. Milhares de livros, filmes e peças de teatro mostram o amor romântico como a potência para a felicidade. O conceito de "alma gêmea" alimenta o imaginário de tal forma que as pessoas pensam que só serão felizes quando encontrarem a outra "metade da laranja". As pessoas pensam que só serão felizes quando forem amadas. Então, elas buscam a felicidade através dos relacionamentos. E, nessa jornada de relações em busca da felicidade, as pessoas se tornam cada vez mais carentes e infelizes quando descobrem que a felicidade não está no outro.
De fato, a felicidade não está no outro. A felicidade está dentro de nós. Se você não for maduro emocionalmente e feliz dentro do seu coração, atrairá relacionamentos imaturos e infelizes. A lei da atração é categórica e só dá bênçãos a quem sabe ser feliz sozinho primeiramente. Além do mais, a felicidade não está em "ser amado", mas em amar. E, se você não descobrir o amor na solidão, dificilmente você será amado pelos outros. Quando você opta pela castidade e pela solidão no início da sua jornada espiritual, você descobre que o amor romântico não é um relacionamento entre duas pessoas -- o amor romântico é um estado de espírito.
O amor romântico é um estado de espírito formado por ternura e pureza no interior da alma. A castidade aumenta a nossa ternura e faz a nossa pureza brilhar, criando uma aura de magia pessoal distinta e romântica ao redor de nós. E é justamente essa "aura" ou estado de espírito que atrairá o nosso verdadeiro amor no futuro. A castidade não precisa ser eterna. Você pode optar por trilhar o caminho da castidade no início da sua jornada espiritual para amadurecer espiritualmente e emocionalmente. E, depois que você estiver maduro, você pode buscar um relacionamento. Certamente, um relacionamento vivenciado após a sua maturidade emocional e espiritual terá muito mais qualidade e autenticidade.
No chamado da castidade para o nosso aperfeiçoamento espiritual, descobriremos todos os tipos de amor que precisamos vivenciar antes do amor romântico e sexual. E vivenciar todos os tipos de amor traz a verdadeira felicidade. No caminho do amor pleno e da felicidade, o amor romântico e sexual não é o único nem o mais importante -- e você só descobre isso quando decide vivenciar esse tipo de amor por último após um longo tempo de castidade.
A castidade é o segredo da felicidade, pois retira toda a ansiedade humana de ser amado por um relacionamento romântico e desperta em você uma energia amorosa própria independentemente desse tipo de relacionamento. Sua energia de afetividade é aguçada pelos tipos de amor que você descobre com mais intensidade na castidade:
*O amor por Deus (amor espiritual / Ágape): Quando você decide ser casto por motivos religiosos ou espirituais, você tem uma fé mais profunda e um relacionamento mais intenso com a energia da divindade. Seu amor é uma energia mais pura. Você sobe oitavas acima do amor do ego (esse amor que quer ser amado, senão o ego fica carente) e descobre a potência do amor do espírito.
O amor espiritual é pleno, mágico e totalmente cósmico e superior a tudo que é tangível. Você se sente completamente preenchido e amado pelo amor de Deus. Não há mesquinhez nem carência nesse amor divino. O amor de Deus é pleno e perfeito. Na meditação e nos momentos sabáticos de contemplação, você sente a paz interior e a felicidade suprema de amar e ser amado por Deus. Esse amor "netuniano" (amor de Netuno, o planeta do amor cósmico e das oitavas superiores ao amor romântico de Vênus) pode ser chamado de amor "Ágape".
Quando amamos a Deus, também somos impelidos naturalmente a amar a nós mesmos e ao próximo (ama o próximo como a ti mesmo afirmou Jesus). Como filhos de Deus, ficamos conectados aos seres humanos como irmãos deles em um perfeito amor fraterno. O respeito por Deus gera o respeito por nossos irmãos espirituais. O amor por Deus gera amor fraterno pelos nossos irmãos. Esse amor fraterno brota da ternura do nosso coração que fica mais sensível com a fé. Nosso coração fica amoroso, harmonioso e feliz sem precisar do amor romântico. Quando amamos a Deus, passamos a amar os nossos propósitos espirituais de vida e caridade. Amar a Deus deixa a vida com mais sabor, energia, entusiasmo e propósito.
*O amor-próprio: Quando você decide ficar sozinho, você descobre qualidades e habilidades que estavam ocultas no interior da sua alma. Existem qualidades espirituais que só descobrimos na solidão. A jornada do autoconhecimento é solitária.
E, nessa jornada, descobrimos que a nossa alma tem muitas virtudes, beleza e luz apesar das sombras e defeitos. Passamos a admirar a nossa própria alma e ficamos fascinados com a nossa magia espiritual interior. Sentimos prazer na nossa própria companhia e admiramos o nosso crescimento espiritual.
A partir da meditação e da observação do nosso mundo interior (sentimentos, pensamentos e anseios espirituais), descobrimos o nosso núcleo de felicidade interior. Ficamos fortes, mágicos e independentes quando amamos a nós mesmos. A autoestima e a fé são capazes de erguer a nossa alma após cada queda. O amor-próprio sólido e construído na solidão é a força mais poderosa da alma.
*O amor fraterno pelos familiares: Quando adiamos os relacionamentos e negamos namoros e festas, ficamos mais caseiros. Dentro de casa, se moramos com a nossa família, aprendemos a admirar mais a nossa família. E, admirar os nossos pais é o primeiro passo para atrair um bom relacionamento no futuro. Muitas pessoas não têm bons relacionamentos, porque reproduzem a insatisfação com os seus familiares nos namoros.
Se você não sabe aceitar a sua família como ela é, como vai querer que alguém aceite você por quem você é? Somos frutos de uma família e reflexos dela. Precisamos compreender os nossos laços familiares e ter devoção pela família para vivenciarmos relacionamentos amorosos e compreensivos.
*O amor fraterno pelos amigos (amor de amizade também é conhecido pelo termo grego "Philia"): Quem não tem namorado tem muito mais tempo para construir amizades sólidas. Quando digo amizades sólidas, não estou me referindo àqueles amigos que pressionam você para as festas e para o estilo de vida deles. Estou fazendo referência aos amigos verdadeiros que respeitam o seu estilo introspectivo e casto.
O amor fraterno pelos amigos é doce, mágico e maravilhoso. Os amigos são os nossos irmãos de alma, os irmãos que Deus nos permitiu escolher. Como dizia o poeta Mário Quintana, a amizade é o amor que nunca morre. Nossa felicidade, por vezes, depende mais da qualidade das nossas amizades do que da vida romântica ou sexual.
Você já reparou no quanto Deus é maravilhoso por colocar pessoas sensacionais na sua vida? Quando tiramos o foco da vida romântica, ficamos mais sensíveis e gratos para perceber a felicidade contida nas amizades. Você não está sozinho na sua jornada espiritual, porque existem outras almas semelhantes perto de você. Abraham Lincoln dizia que a melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades.
*O amor por uma vocação profissional: Na castidade, temos mais tempo para perceber os nossos dons. Ao abrir mão de relações amorosas e sexuais, você aprende a "canalizar" com disciplina a sua energia sexual para a criatividade. A castidade traz pureza e disciplina como fatores de crescimento profissional também.
Grandes profissionais tiveram períodos de castidade, porque a dedicação aos estudos e aos grandes projetos profissionais exige tempo, isolamento social e disciplina. Na jornada da castidade, você pode ter um caso de amor com a própria vocação e desenvolver a sua criatividade profissional de forma mais intensa. A sua vocação profissional também pode ser fonte de amor quando você usa os seus dons para espalhar amor e benefícios para todas as pessoas. Além de uma jornada profissional, a sua vocação pode apontar caminhos de felicidade, amor, serviço espiritual e caridade.
A castidade promove a sua evolução espiritual quando faz você entrar em contato com todos os tipos de amor que existem além do amor romântico. Quando você abre mão do amor romântico e sexual, você descobre que ele não é o único tipo de amor existente na jornada da vida. Quem foca excessivamente no amor romântico e sexual passará por várias rejeições amorosas até descobrir a iluminação nos outros tipos de amor.
Você pode descobrir a plenitude de todos os tipos de amor pela consciência (optando conscientemente pela castidade e pela descoberta de todos os tipos de amor antes de amor romântico) ou pela dor (sendo obrigado a deixar de focar no amor romântico após sucessivas rejeições). De qualquer forma, a vida sempre vai exigir de você o equilíbrio em todos os tipos de amor.
Se você falhou em desenvolver todos os tipos de amor anteriormente descritos, a rejeição amorosa talvez seja a ponte "cármica" para você desenvolver mais amor por Deus, por si mesmo, pela própria família, amigos e carreira profissional. A rejeição amorosa pode obrigar você a resgatar carmas familiares, valorizar amizades e aprender a arte do amor-próprio como cura verdadeira das suas feridas emocionais. A vida é feita de vários elos e você precisa aprender a ter equilíbrio em todos eles. O foco excessivo e desequilibrado em apenas um elo ou tipo de amor pode quebrar toda a corrente da sua vida. É preciso expandir a consciência para evoluir espiritualmente e constituir uma vida equilibrada.
A castidade faz você evoluir pelo amor, pela consciência e pela inteligência. A castidade traz sabedoria e maturidade quando faz você se concentrar na própria alma. Já nos planos das relações voláteis e das experiências de relacionamentos, a pessoa evoluirá pela dicotomia prazer e dor.
Na castidade, a intuição constrói o amor-próprio saudável como fundamento da saúde emocional. No mundo das relações efêmeras, as pessoas precisam passar pela rejeição para aprender o caminho do amor-próprio pela dor. São caminhos diferentes. Não digo que o caminho da castidade será sempre o melhor para todos, mas certamente é o mais sábio, o mais profundo e o que economiza tempo, desgaste emocional e decepção. A castidade otimiza o tempo da evolução espiritual, porque faz você alcançar muito mais maturidade por si mesmo -- com menos experiências desgastantes.
Quando você se resguarda para viver um amor com qualidade, você percebe que o amor se torna muito mais sábio com o tempo. O amor, antes de ser uma experiência física, é uma experiência espiritual. Na castidade, você descobre que Deus é o único capaz de preencher por completo a sua alma.
Não adianta reclamar de "vazio", falta de amor-próprio e infelicidade se você insiste em ser imprudente no amor. Não adianta reclamar que os outros não respeitam você e que você é visto como "objeto sexual" se você aceita fazer parte do jogo volúvel do amor.
Não adianta reclamar da sociedade e colocar a culpa nos outros se você não faz esforço para se libertar dos grilhões sociais e seguir um caminho diferente. Nós não somos vítimas dos relacionamentos que atraímos. Nós somos os responsáveis pelas experiências que escolhemos passar pelo nosso livre-arbítrio. Você sempre pode escolher se resguardar e evoluir espiritualmente primeiro para descobrir propósitos espirituais, amor-próprio e felicidade. É sempre uma questão de livre-arbítrio. Você só atrairá relacionamentos puros e respeitadores quando você for uma pessoa pura que sabe se respeitar em primeiro lugar.
Não digo que você deve se abster do amor romântico e sexual para sempre. Apenas digo para você sair da superficialidade da vida e trilhar uma jornada de autoconhecimento mais profundo antes de se relacionar com os outros. Os relacionamentos são muito mais felizes e saudáveis quando nós vivenciamos o amor após uma jornada de amadurecimento emocional e evolução espiritual. E o amadurecimento pode exigir um tempo de castidade e solidão.
Com a sabedoria adquirida após um período de castidade, o amor deixa de ser uma necessidade para suprir uma carência e passa a ser a madura escolha de caminhar ao lado de alguém na jornada da vida. E, para caminhar ao lado de alguém, você precisa aprender a caminhar com as próprias pernas primeiramente. Existem passos que só você pode dar. Ninguém vai carregar você no colo nem salvar você. Só a sua própria consciência pode salvar a sua vida.
A castidade traz felicidade quando você descobre a força do seu próprio íntimo. Você descobre o seu poder pessoal quando tem a consciência que não precisa de ninguém para iluminar o seu caminho, pois você é a sua própria luz. E, assim, o amor passa a ser uma luz compartilhada e não uma necessidade. Quando descobrimos a nossa luz, atraímos companheiros amorosos e iluminados. Quando temos consciência da jornada que devemos trilhar, podemos escolher o parceiro certo que tem as mesmas virtudes da nossa alma.
Quando atingimos a sabedoria, o Universo coloca um parceiro sábio em nosso caminho. E, com sabedoria, o amor se torna muito mais iluminado, sólido e verdadeiro. Não há necessidade de relações efêmeras, porque somos fiéis ao nosso eterno e sábio companheiro de jornada. Andar de mãos dadas ao lado de alguém na jornada da vida é mágico, mas você deve aprender a caminhar com as próprias pernas primeiro. Ninguém quer alguém que está "rastejando". Todos nós queremos alguém que está caminhando com passos firmes.
Quando caminhamos com amor-próprio, firmeza, alegria, sabedoria e a cabeça erguida, encontramos alguém com as mesmas características para caminhar ao nosso lado. Duas pessoas que caminham firmes na solidão saberão caminhar firmes na união, Mas quem rasteja na solidão jamais saberá caminhar firme em uma união. Você só será amado quando aprender a se amar. E só atrairá um amor maduro, equilibrado e sábio quando a sua alma for madura, equilibrada e sábia. Maturidade, equilíbrio e sabedoria podem ser virtudes adquiridas através de longos períodos de castidade.
A castidade pode ensinar você a caminhar de forma firme e sábia sozinho antes de você encontrar um parceiro de caminhada na jornada da vida. São os seus passos firmes e a sua cabeça erguida que gerarão encanto e admiração no seu parceiro. A castidade torna o encontro com o amor mais feliz e sábio -- até mesmo o sexo fica mais amoroso, "tântrico", especial e prazeroso após longos períodos de castidade. Já aprendeu a "caminhar" na vida de forma elegante e sábia? Na vida, todo mundo deve aprender a arte de caminhar com a cabeça erguida. Talvez a castidade seja a sua professora de caminhada espiritual.
Texto escrito por Tatyana Casarino. Tatyana Casarino é Especialista em Direito Constitucional, Advogada, escritora e poetisa.
*Observação: O intuito do texto é levar expansão de consciência, sabedoria, conhecimento espiritual e paz no coração do leitor. Jamais foi a minha intenção ser "puritana". O texto defende o "puro", mas não o "puritano". Há uma diferença entre ser puro (casto, terno e espiritual) e ser puritano (preconceituoso com os "pecados" dos outros). Não sou puritana.
Jesus, quando passou por esse mundo, perdoou uma prostituta e queria chamar e salvar os pecadores e não os justos. Devemos respeitar o modo de vida de cada um. Eu respeito as pessoas que não seguem a castidade! Mas, defendo o respeito e a aceitação social para quem segue a castidade também.
Esse texto não pretende julgar a sua vida sexual, mas mostrar a castidade como um caminho de sabedoria e felicidade. Meu objetivo, na escrita, é levar conselhos de felicidade para o leitor e divulgar o meu conhecimento esotérico e espiritual.
*Observação 2: Para preservar a integridade e a seriedade do assunto, fecharei os comentários desse texto para não haver "piadas" sobre castidade e sexualidade. Infelizmente, muitos internautas não sabem respeitar textos como esses. Mas, leitores mais profundos e intuitivos saberão aprender sobre a sua missão de vida com os conselhos e ideias desse texto.
*Observação 3: Uma das minhas missões espirituais é ensinar sobre assuntos de amor e castidade para as pessoas de acordo com o meu Mapa Astral. Se você gostou de aprender sobre esses assuntos nesse texto, saiba mais lendo os textos seguintes:
*Saturno na Casa 5:
https://tatycasarino.blogspot.com/2017/11/o-que-eu-aprendi-com-saturno-na-casa-5.html
*A sabedoria por trás da rejeição:
https://tatycasarino.blogspot.com/2020/02/a-sabedoria-por-tras-da-rejeicao.html
Tatyana Casarino.