Olá, pessoal! Hoje a postagem será a respeito do Livro "Vera Cruz -- Sonhos e Pesadelos", o qual foi analisado pelo escritor gaúcho Mateus Ernani Heinzmann Bulow. O livro citado foi escrito por Gabriel Billy Castilho e está inserido na estética Steampunk.
Salienta-se que toda análise cuidadosa e bem-intencionada de uma obra literária vale a pena (especialmente quando é escrita por alguém que entende de literatura) ainda que tenha críticas. A observação das virtudes de uma obra incentiva a construção da literatura fictícia tanto quanto o apontamento das críticas.
Vale ressaltar que as críticas expostas almejam auxiliar os escritores de ficção na construção de um enredo mais harmônico e consistente. Muitas vezes, as críticas ajudam mais na construção literária do que os elogios, pois apontam erros que podem ser lapidados pelos autores e conscientizam os escritores a respeito de aspectos antes despercebidos. Além do mais, as críticas constroem a "fama" de muitos livros e despertam muito mais a curiosidade de leitores e escritores. Boa leitura!
Vera Cruz – Sonhos e
Pesadelos – Análise.
Imagine se a história do Brasil fosse um universo mágico,
repleto de nações e povoado por figuras do folclore nacional, nossos inventores
esquecidos, personalidades da família imperial, bandeirantes, revolucionários,
artistas, e mais alguns nomes que você irá reconhecer (e outros de quem talvez
nunca tenha ouvido falar). Imagine um mundo fervilhante, onde as incríveis
tecnologias que nasceram no Brasil – aviões, dirigíveis, rádio – convivem com a
mágica do axé e das pajelanças, e nossos mitos de raiz abrem as portas para a
glória ou a danação desse mundo-Brasil chamado Vera Cruz.
É nesse mundo que o ladrão Pedro Malazarte se lança à busca de
Ivi Marã Ei, a Terra Sem Males, para encontrar o mais poderoso objeto que
existe, a Borduna de Jurupari. A essa jornada repleta de desafios se unirão as
figuras mais diversas, como a princesa quilombola Zaila, o índio amaldiçoado
Urutau, o inventor frustrado Júlio César Ribeiro, a princesa destronada Isabel
de Bragança, o curupira Oiti, e muitos outros personagens apaixonantes.
Esta é uma viagem sem volta. Bem-vindos a Vera Cruz!
Esta é a contracapa do livro da análise de hoje, escrito por
Gabriel “Billy” Castilho, e devo dizer que me surpreendi ao vê-lo em uma
estante, durante um evento Nerd na Cesma, a Cooperativa de Estudantes de Santa
Maria. Consegui lê-lo em apenas um domingo de novembro, entre duas e quatro da
tarde, e me surpreendi com vários aspectos da história, tanto para o bem como
para o mal.
Como dito na contracapa, Vera Cruz trata-se de uma terra
fictícia, porém baseada na mitologia brasileira, e a trama principal envolve a
busca de um artefato místico, capaz de alterar o destino desse mundo
fantástico. À primeira vista, parece que estamos diante de algo realmente
inovador, não é verdade? Bem... Sim e não. Embora o esforço seja louvável,
existem numerosas fraquezas na condução da história.
Se eu tivesse de resumir os principais problemas de Vera Cruz
– Sonhos e Pesadelos, eu usaria duas palavras: personagens e estruturação.
Parece pouco, mas estes dois pontos cruciais levam a um número ainda maior de
fraquezas, dentro e fora da história. Confesso que eu esperava mais do livro,
até porque também escrevo sobre história e mitologia brasileira, e hesitei
muito ao fazer uma análise, pois os pontos negativos superariam os positivos em
número. No entanto, creio que podemos aprender tanto com as virtudes como as
falhas de um livro, e isto me incentivou a ir em frente.
Com isso em mente, convido os leitores a subirem no dirigível,
e se prepararem para a viagem, que certamente será turbulenta. E caso o autor
do livro ponha os olhos nessa análise, por alguma travessura do destino, peço
que ele não leve as críticas para o lado pessoal, até porque também cometi meus
erros na atividade da escrita, e o universo fictício que ele tem em mãos é
digno de continuar a ser explorado, mesmo se o pontapé inicial não for o melhor.
Sem mais delongas, chegou o momento de alçar voo!
***Pontos positivos:
1-Um Brasil que não é o
Brasil.
O universo de Vera Cruz, como dito antes, é baseado na
mitologia nacional, porém possui influências históricas reais. Inventores
brasileiros são referenciados em diversas cenas, tais como o frade e balonista
(pessoa especializada em lidar com balões) Bartolomeu de Gusmão, o aviador
Santos Dumont, e o padre gaúcho Roberto Landell de Moura, pioneiro no uso da
radiodifusão.
Gabriel Billy classificou seu livro como Steampunk (para
saber mais, veja a lista dos Gêneros e Estéticas da Ficção Retrofuturista,
também disponível nesse blog). No entanto, suas máquinas fantásticas, que vão
de braços mecânicos a tanques de guerra, dirigíveis, aeronaves e até robôs
gigantes, não são movidas a carvão: o combustível descrito no livro trata-se de
um composto de álcool de cana, chamado Bottene. O nome é uma referência a João
de Bottene, um pioneiro no uso de combustíveis alternativos no Brasil.
Existem diversas nações em Vera Cruz, mas as mais dignas de
nota e relevantes para o enredo são Lisarb (“Brasil” ao contrário) e Ouro Preto.
Lisarb é descrita como uma monarquia convertida em ditadura militar, com
diversos avanços tecnológicos e máquinas de guerra movidas a Bottene. Ouro
Preto, por sua vez, é um reino fundado por ex-escravos de Lisarb, alforriados e
fugidos, e sua força se baseia em magia e em criaturas mágicas.
Vendo esse arranjo, é difícil não pensar em um pequeno “furo”
de enredo (você sabe que a coisa está feia quando encontra falhas nos pontos
positivos...): com tantas máquinas à disposição, como é possível Lisarb
depender tanto de mão de obra escrava? É verdade que os escravos trabalham nas
lavouras de cana utilizadas para produzir Bottene, e que a manutenção da
escravidão se deveu a um arranjo político; mas e seria difícil criar máquinas
especializadas em colheita de cana, parecidas com as utilizadas nas lavouras
modernas?
2-Descrições de monstros,
personagens, máquinas e batalhas.
Se existe um ponto em que o livro se esmera são as
descrições, todas curtas, porém pontuais e diretas. Esse é um aspecto
importante na literatura fantástica, justamente por tratar com frequência de
acontecimentos fora do dia a dia habitual do leitor; dessa forma, uma
apresentação descritiva se faz necessária.
Coisas além da nossa compreensão não faltam em Vera Cruz, e
nada menos que cinco desenhistas ajudaram a trazer o mundo fantástico à tona.
Eles são: Rebeca Acco, Zakuro Aoyoama, Theo Szczpanski, Rogério Narciso e
Dilcênio Rangel. No entanto, as ilustrações não estão assinadas, o que torna
difícil identificar os autores; uma pena, pois a diferença de traço é notável
em muitas delas.
As cenas de batalha são curtas, porém frenéticas e numerosas;
durante as sequências de ação, diversos acontecimentos estranhos ajudam a
torná-las mais originais. Emboscadas, ataques de monstros e robôs, lutas entre
dirigíveis e magias estranhas tornam as jornadas dos personagens bem
movimentadas.
3-Financiamento via Catarse.
Para publicar o livro, Gabriel Billy usou essa plataforma de
crowdfunding, que permite financiamento coletivo. Para muitos autores
iniciantes, que não possuem métodos de divulgação e capital necessário, o
crowdfunding é uma alternativa excelente, até porque o autor conta com
liberdade maior para publicar o que achar melhor, sem intervenção direta das
editoras.
Nas últimas páginas de Vera Cruz – Sonhos e Pesadelos, o
autor fez uma dedicatória a todos os colaboradores da campanha nessa
plataforma. São nada menos que duas páginas de nomes, entre amigos e
desconhecidos. Devo dizer que apesar de se tratar de um aspecto mais técnico da
publicação, é interessante ver o sincero agradecimento do autor pelos amigos
que o ajudaram, muitos deles companheiros de bandas na qual ele tocou, e
ex-professores.
***Pontos negativos:
1-Tem um Livro no meio da
Explicação...
Eu peço desculpas pela brincadeira, mas é a melhor explicação
possível para o que considero o principal problema de Vera Cruz – Sonhos e
Pesadelos, e responsável direto por todos os outros problemas a serem listados
aqui. Resumidamente, metade do livro é a trama, enquanto o restante trata de
informações avulsas sobre o universo fictício, agradecimentos (merecidos, é
verdade) e ilustrações.
A presença dessas explicações e aspectos avulsos à história
não é exatamente um problema, porém algo está terrivelmente errado quando ela
ocupa literalmente a metade do livro. Duvidam do que falo? Pois bem... Vera
Cruz – Sonhos e Pesadelos possui 184 páginas, algo razoável para uma história
de fantasia. Mas a parte da trama em si (ou seja, o que deveria ser o foco
principal), se estende da página 13 até 109. Sentiu o tamanho do drama?
Provavelmente vocês estão se perguntando o que existe nas
páginas anteriores à de número 13, quando o livro finalmente começa. Começamos
com um mapa de Vera Cruz, seguido de um agradecimento em avulso a um conhecido
do autor, pelo imenso apoio dado; logo após, aparece um prefácio feito por
outro autor brasileiro, chamado Anderson Assis, criador de uma trilogia chamada
Pré-Mortais.
Respire fundo, que ainda não acabou: após o prefácio, temos
um pequeno parágrafo sobre Vera Cruz, explicando que este livro “não é a
fantasia habitual dos elfos e dragões” (achei que já estava bem claro na
contracapa...); logo após, aparece uma dedicatória a todos os historiadores,
folcloristas e biógrafos que mantém nossa história viva; em seguida, surgem
duas páginas com agradecimentos a desenhistas, editores e parentes; por último,
aparece um prelúdio, onde somos apresentados ao universo de Vera Cruz, bem como
suas nações mais importantes: Lisarb e Ouro Preto. E depois dessa cena, nossa
história começa.
Talvez eu esteja avaliando de forma muito dura, até porque
esses trechos anteriores à trama principal não são longos, se estendendo entre
uma ou duas páginas. No entanto, seria possível cortar boa parte do que aparece
nesses “créditos iniciais”, a fim de começar de uma vez a história. Sabe aquela
sensação tediosa quando o filme enrola para começar no cinema, por causa dos
patrocinadores (algo frequente em filmes brasileiros)? Mais ou menos isso...
2-Excesso de Personagens.
Seguindo a ordem do livro, vamos tratar do enredo e dos
personagens, cujo número é considerável para uma obra curta. Como a história é
contada de forma fragmentada, pode se fazer uma comparação com novelas de TV e
seus “núcleos” de personagens, muitas vezes sem interações diretas e apenas se
encontrando no final.
O número de personagens em uma obra não é um indicador de
qualidade ou de falta dela, mas em tramas não muito longas (96 páginas, nesse
caso) isso se converte em problema, por dificultar o desenvolvimento integral
de todos eles, com pouco material disponível. Como resultado, a maior parte
deles soa genérica ou clichê. Isso em um livro que busca se apresentar como
inovador.
Temos o protagonista fora-da-lei com coração bom, porém é
orgulhoso demais para admitir isso; uma princesa guerreira furiosa que é
orgulhosa demais para admitir que no fundo gosta do protagonista; o casal de
amantes que teme ficar afastado, devido a uma guerra entre seus respectivos
povos; uma princesa exilada após um golpe militar, acompanhada por um guarda
costas com a personalidade de uma porta; um capanga ciborgue que apenas cumpre
ordens do antagonista... Clichês não são necessariamente ruins, mas eles se
tornam problemas quando não há espaço para desenvolvimento dos personagens.
Apenas dois personagens se escapam. O primeiro é o índio
Urutau, detentor do arco lunar e de um espírito-pássaro, parecido com a
maldição do lobisomem; o personagem é retratado como um nativo rebelde, com
problemas ao beber em excesso, e se culpa pelas falhas em sua trajetória como
sucessor do pajé. O segundo personagem é Kaput, o ditador de Lisarb: o
personagem é um antagonista frio e pragmático, mas carrega a dor trazida pelo
senso de dever, ciente dos sacrifícios pessoais realizados em nome da
sobrevivência de seu país, ameaçado justamente por alguém que carrega seu
sangue.
3-Três em Um.
Com o ritmo acelerado, Vera Cruz – Sonhos e pesadelos parece
literalmente conter uma trilogia em um espaço curto demais para uma trama
longa, e essa sensação é amplificada pelos numerosos núcleos de personagens,
entre heróis e vilões. A impressão dada é que o livro literalmente entrou em
“modo turbo”, sem espaço para nuances e interações mais profundas entre os
acontecimentos.
Ironicamente, essa rapidez dos heróis ao alcançarem a terra
de Ivi Marã Ei se reverte em um curioso efeito positivo, na forma de uma
reviravolta interessante perto do final. Não apenas o perigo oculto na “Terra
sem Males” é revelado, como uma ameaça externa, disposta a conquistar Vera
Cruz.
4-Entrevista da Vergonha
Alheia.
Depois do epílogo, temos mais uma leva de informações,
iniciada com um posfácio, e eu serei sincero aqui: eu senti vergonha pelo autor
nessa etapa. O posfácio vai das páginas 111 até 116, e funciona como uma
espécie de “entrevista” informal, onde o autor revela suas inspirações para
escrever fantasia, de como a ideia surgiu, e o que ele espera para a literatura
fantástica brasileira no futuro.
Não vejo nada errado em um autor expor suas inspirações e
aspirações, até porque toda obra possui uma marca pessoal; no entanto, creio
que a obra em si não é o melhor lugar para fazê-lo, e sim em um blog ou página
pessoal. E eu não usei o termo “informal” de forma avulsa aqui, pois o posfácio
é literalmente retratado como uma conversa de bar. Os parágrafos iniciais estão
logo abaixo:
“Bom, se você
chegou até aqui, é porque leu a história toda! Sente-se, vamos beber para comemorar!
Essa taverna é ótima, repleta de cachaça de qualidade. Cachaça mineira, sabe?
De bons alambiques! Se não bebe cachaça, peço um suco de manga pra você. Tá na
época de manga, tem tido em abundância, lá em casa mesmo a mangueira tá
abarrotada”.
“Garçom! Vê uma
cachaça pra mim, e vê o que elx quiser. Escolhe aí o que você quer beber”.
“Aqui, espero de
verdade que tenha gostado do livro e tenha vontade de ler a continuação. Este é
um projeto que trato com muito carinho, pois tive muito entusiasmo e pouca
facilidade para executá-lo”.
“Vou te contar como
surgiu toda essa ideia maluca!”
A “entrevista” em si não é um problema, e alguns aspectos
trazidos por ela são bem interessantes. Tenho minhas dúvidas se o problema da
fantasia nacional se deve à dificuldade de divulgação, ou à complexidade do
nosso folclore (só o folclore indígena para dar um exemplo, envolve muita
pesquisa), como apontados por Gabriel Billy. No entanto, é evidente que tanto o
lugar como a forma dessa “entrevista”, bem no meio do livro, acaba destoando
até mesmo em comparação com outros conteúdos adicionais.
Como se não bastasse a intrusão desse trecho, o autor ainda
interrompe a conversa, duas vezes, para elogiar uma cachaça de banana e chamar
o garçom. Não, eu não estou brincando, ele realmente faz isso! No fim da
“entrevista”, o autor ainda faz uma citação a Glauber Rocha, um cineasta
brasileiro conhecido por Deus e o Diabo na Terra do Sol, entre outras obras,
antes de pedir a conta...
5-Informações Extras
Desnecessárias.
Após a “entrevista”, somos levados a mais uma leva de
informações, começando com um guia dos personagens, acompanhados de ilustrações
e suas respectivas inspirações históricas, mitológicas e literárias. Logo após
essas fichas de personagens, aparece um “relatório de missão” feito por um
espião vindo de terras distantes de Vera Cruz, que é basicamente um resumo das
nações e criaturas do mundo fantástico, com direito até mesmo a ilustrações de
um “barco vivo” que sequer aparece na trama principal.
Continuando as páginas restantes, aparece uma lista de
referências históricas e mitológicas usadas para descrever diversos lugares e
episódios ocorridos na trama principal; depois, temos a galeria de ilustrações
de monstros e máquinas; finalmente, encerramos o livro com a lista de
apoiadores no Catarse. Respire fundo antes de continuar, leitor; você necessita
de uma pausa, antes do trecho final dessa análise.
Vendo o número de informações extras em Vera Cruz – Sonhos e
Pesadelos, torna-se impossível não se lembrar de um pequeno trecho no final do
livro Duncan Garibaldi e a Ordem dos Bandeirantes, de André Zanki Cordenonsi, do
qual já falei neste blog. O trecho em questão é uma série de referências
historiográficas, falando de quais aspectos de Santa Maria, cenário da trama,
são reais ou não, e possui sete páginas em um livro de 229. Cordenonsi também
não fez fichas catalográficas dos personagens ou dos Ghouls, Olharapins,
Tartaranhos e Golens, algumas das criaturas que aparecem em seu livro, e que
sequer fazem parte da mitologia brasileira, e sim dos folclores árabe e
português.
Sejamos honestos: informações avulsas nem sempre são
necessárias, por maior que seja sua relevância na história a ser contada. Não
há nada de errado em tentar localizar o leitor no universo ficcional, e
orientá-lo em sua jornada. Porém, arremessar tantas informações equivale a
ofender deliberadamente a inteligência do leitor, bem como sua capacidade de
discernimento.
E bem, e o Resto?
Com todos os aspectos positivos e negativos, Vera Cruz –
Sonhos e Pesadelos não é um livro de leitura difícil, porém é evidente que ele
sofre de um problema comum na literatura fantástica, muitas vezes relacionado
com a insegurança do autor (aqui eu falo por experiência própria): se preocupar
muito em ser compreendido, em detrimento das descobertas a serem realizadas
pelo próprio leitor ao folhear as páginas.
Esse provavelmente não será o último livro de fantasia a
sofrer desse mal, porém não me lembro de uma obra com esse nível de
detalhamento alheio à trama principal. A trama em si não é ruim, embora sofra
muito com a quebra de ritmo nas passagens de um núcleo de personagens a outro,
e estes serem genéricos e pouco interessantes.
Se eu tivesse de recomendar Vera Cruz – Sonhos e Pesadelos
para alguém, eu o faria para dois grupos de pessoas: estudiosos da cultura e da
história do Brasil e jogadores habituais de RPG, interessados em explorar
outros mundos fantásticos, diferentes das tradicionais obras baseadas na Era
Medieval.
Nota geral: 04/10.
Capa do Livro de Mateus
*Confira também a Análise do Livro "Duncan Garibaldi e a Ordem dos Bandeirantes" de André Zanki Cordenonsi:
http://tatycasarino.blogspot.com/2016/12/duncan-garibaldi-e-ordem-dos.html
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