Uma noite, eu me lembro.. Ela me lambia
Numa rede que balançava suavemente...
Todo aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço roçando o meu dormente.
Estava fechada a janela. Um perfume celeste
Exalava de seu seio e ela sorria...
E de perto, seu olhar era um horizonte,
onde vejo a alma da minha rainha.
Como um cavalheiro, beijei os pés curvados,
o pescoço, o colo, os cabelos e a tiara.
E de leve oscilando o calor dos beijos,
perdi horas e horas a beija-la.
Era um momento de êxtase!... A cada afago
a minha rainha desperta gemia.
Quando ela mordia o lábio, eu a beijava...
Quando ela me beijava... eu gemia...
Dir-se-ia que naquele doce instante,
Brincavam duas almas de criança...
A mulher, que agitava meu corpo quente,
e eu que acariciava as suas negras tranças!
Meu corpo masculino ora chegava ora afastava-se,
mas quando vi a rainha e os seus seios,
P’ra alegra-la... apalpei de leve
Antes de ceder à ternura de seus beijos.
Eu, acariciando o seu corpo, repetia
nessa noite alegre e bem vivida:
“Oh Flor!- Tu és a rainha das campinas!
Rainha!- Te fiz mulher nessa magia!...”
Poesia escrita por Tatyana Casarino🖊 💁🏻♀️ 📝📚
Inspiração: Adormecida de Castro Alves 📘
O objetivo da Poesia foi realizar o erotismo do poeta e tornar realidade o seu sonho de fazer amor com a sua musa ispiradora. Foi divertido transformar a Virgem Adormecida em uma Rainha Desperta e sensual. Ao invés de inalcançável, a mulher foi retratada de modo realista, dinâmico e plenamente alcançável e conquistada. Não coloquei a mulher sendo admirada pelo poeta de longe, mas ela bem perto dele, acariciando sua pele, beijando os seus lábios e fazendo amor com ele. Transformei a Virgem em Mulher e o amor platônico em amor real. Se antes a poesia mostrava uma pulsão erótica reprimida, a paródia ressalta um erotismo satisfeito. Há mais alegria e menos melancolia. ❤️
Tatyana Casarino
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