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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

L'anesthésie et le martyre



O grito de Romeu,
o desespero de Julieta,
o fogo ardente das paixões.

As paixões épicas, impossíveis,
a ilusão imaculada oprimida
pelas vestes da cortina da vida.

Realidade distante, não pousam os teus pés,
o ar repleto do aroma etéreo dos deuses,
as mãos cheias de chagas, a dor de Cristo.

A crucificação do Amor, o martírio de Cristo,
a coroa de espinhos sobre a esperança,
as lágrimas do céu divino em forma de chuva,
as lágrimas das flores em forma de néctar.

O sorriso oprimido pela fome,
o sangue em forma de vinho,
o corpo em forma de pão,
morrer de amor, morrer por amor.

A dor dos sábios e dos profetas,
o dom supremo, o sentir sagrado,
o amar a si mesmo, o amar ao próximo,
o sofrimento sagrado das brumas de netuno.

Latejam as feridas da vida, chagas na alma,
o choro das crianças, o medo da vida,
o sorriso do amigo, a caridade e a esperança.

Amor, fé, realidade, o seguir os passos do Mestre.
Doces crianças, vida transmutada, eterna esperança.
Embebeda-te de Amor, este anestésico do espírito,
este martírio da alma imersa no oceano da lua.

Poesia de Tatyana Casarino

Tradução do título do poema do francês para o português:
L'anesthésie et le martyre = Anestesia e martírio.






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