O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.
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domingo, 12 de julho de 2015
O Resgate da Lua
Dentro do labirinto,
ouço a voz doce e suave
de minha inefável lua.
Sua voz canta como um rouxinol,
e eu ando em direção ao som,
ao som que vem de minha amada.
Doce amada presa no labirinto,
sequestrada por Valvânios* malditos,
ouça o meu apelo e viva por mim.
Como brilharei durante a noite
sem a tua plácida face a refletir-me?
Como a luz vencerá as trevas
sem a tua doçura noturna e terna?
Sem o teu espelho, eu nada serei,
minha deusa lunar, minha luz,
doce rainha que cobre a Terra
com gotas de melancolia e poesia.
Viva por mim, ouça o meu apelo,
reflita a tua cândida imagem
que escorre por entre os meus dedos.
Sobreviva diante da luta,
faça ecoar a tua voz por onde há luz.
Nesse labirinto cujo ego é cego,
tu és o eco da alma a animar-me.
Sou o Sol a resgatar a Lua,
libertar-te-ei da escuridão da noite,
que os meus raios se deitem
a fim de refletir a luz dourada
em tua pálida morada.
Os raios de fogo dourado,
que o Grande Arquiteto me concedeu,
agora são teus, doce lua amada
cuja luz ecoa em minh'alma.
Poesia de Tatyana Casarino
*Valvânios: Modo pelo qual os seres do mal são chamados em uma história escrita por Tatyana Casarino.
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