O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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sexta-feira, 2 de maio de 2014

Flor da Alma

Flor da Alma



Eu posso sentir Seu sofrimento,
as humilhações de vosso santo filho,
martirizado e sangrando na cruz,
agonias de dor latejando em Seu corpo
e um sorriso doce em sua alma.

Xingamentos injustos escarneciam
a santa imagem de sua paixão,
amarrado, preso e crucificado
como um ladrão profano
o mais santo dos homens.

Seu coração cheio de Amor
acalmava o martírio com resignação,
você me amou e morreu por mim,
você morreu por mim, porque me amou.

Então, ajoelhada diante de Sua imagem,
olho para sua coroa de espinhos
ferindo Sua testa, fazendo sua fronte sangrar.
Meus olhos se enchem de lágrimas
e minh'alma começa a suplicar.

Dê a mim o Seu sofrimento,
dê a mim a sua Paixão,
dê a mim da dor ao tormento,
sou sua na dor,
sou sua no Amor.

Entrego-me ao Senhor
de alma e corpo,
permita-me sentir o seu martírio
ou apenas parte dele.

Eis que sua plena misericórdia
concedeu-me a honra de sentir sua dor,
um espinho de sua coroa em minha testa,
uma chaga de amor, uma chaga de dor.

Uma chaga que me faz lembrar
a missão de servir Aquele
que morreu por todos nós.

Uma chaga que me purifica
ao me deixar reclusa.
Longe das irmãs, perto do Senhor.

Dê a mim o seu sofrimento,
dê a mim a sua Paixão,
dê a mim da dor ao tormento,
sou sua na dor,
sou sua no Amor.

Minh'alma é feita de amor e clemência,
minh'alma é feita de fé no Senhor,
minh'alma é como uma rosa de fortaleza
que exala o perfume de sua Paixão.

Entrego-me ao Senhor
de alma e corpo,
permita-me sentir o seu martírio
ou apenas parte dele.

Esta chaga que eu carrego
não é um simples espinho
que a fronte fere,
mas sim a rosa de Cristo
que em minh'alma floresceu.

Poesia de Tatyana Casarino em homenagem à Santa Rita.






          Santa Rita de Cássia ou Santa dos Impossíveis, como é geralmente conhecida a grande advogada dos aflitos, nasceu em Rocca Porena, perto de Cássia (Itália), em 22 de Maio de 1381, tendo por pais Antônio Mancini e Amada Ferri. O nascimento da Santa foi precedido por sinais maravilhosos e visões celestiais que fizeram seus pais perceberem algo da futura e providencial missão de Rita, que seria colocada no mundo para instrumento da misericórdia de Deus em favor da humanidade sofredora.
                  

        Desde jovem, Rita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse sozinha, resolveram casá-la com um jovem de família nobre, mas de temperamento excessivamente violento.  Ela suportou pacientemente tal situação por 18 anos. Como ele tinha muitos inimigos, foi assassinado. A viúva suportou a dolorosa perda, perdoando os assassinos. Porém, crescia em seus filhos o desejo de vingança. Rita pediu que Deus os levasse, pois seria melhor que outra tragédia. Assim, perdeu os filhos. Rita estava livre para dedicar-se a Deus e pediu para entrar no Convento das religiosas Agostinianas da cidade. Mas naquela comunidade só podiam entrar virgens. Então, ela transformou sua casa num claustro, onde rezava as orações habituais das religiosas.
          Uma noite, enquanto rezava, ouviu três batidas violentas em sua porta e uma voz lá de fora dizia: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e viu em sua frente três Santos, que rapidamente a levaram ao Convento onde havia sido negada três vezes. Os mensageiros fizeram-na entrar, apesar das portas estarem fechadas, e deixaram Rita de Cássia em um dos claustros. Depois desapareceram.A superiora ficou fascinada com essa manifestação Divina. As religiosas decidiram por unanimidade que a viúva fosse recebida. Admitida noviça Rita começou a trabalhar para realizar seus desejos. Consagrou-se à oração e penitência, seu corpo foi  seguidamente flagelado. Passava os dias a pão e água e noites sob vigília e oração.
            Certo dia pediu com extraordinário fervor que um estigma de Jesus aparecesse para sentir a dor da redenção. Em uma visão, Rita recebeu um espinho cravado em sua testa. A chaga ficou por toda a vida e ainda pode-se vê-la em sua cabeça conservada intacta com o resto do corpo.
              Um dia uma parente foi visitá-la, ela agradeceu a visita e ao se despedir pediu que lhe trouxesse algumas rosas do jardim. Como era inverno e não tinha rosas, pensaram que Rita estava delirando e sua visitante não ligou para seu pedido. Como para voltar para casa teria que passar pelo jardim olhou e se surpreendeu ao contemplar quatro lindas rosas que se abriram entre os ramos secos. Admirada do prodígio, entrou no jardim, colheu as flores e as levou ao Convento de Cássia. Nesta época, Rita estava muito doente e morreu em 22 de Maio de 1457.
              No dia seguinte, seu corpo foi colocado na Igreja do Convento. Todos os habitantes da cidade foram venerar a religiosa.

Fonte das informações da história de santa Rita de Cássia:
http://www.igrejaparati.com.br/hist%C3%B3ria_de_santa_rita.htm



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