Cavalgando, cavalgando
naquelas ruas nobres,
botas desgastadas,
lenço vermelho na cabeça
e cabelos ciganos ao vento.
Arre! Quero uma taça de vinho,
e reencontrar a morena,
doce Nancy Claire, onde estás?
Tu não estás mais em meu convívio,
mas tu moras em meu peito!
Vontade de pular desse cavalo,
e de voar para beijar minha flor,
onde estás, meu amor?
Quero uma dança cigana,
quero abraçar o mundo,
não tenho medo da vida,
não tenho medo do escuro.
Meus medos restam enforcados
até da morte já não temo mais,
ou talvez eu tema o fim da vida,
porque eu amo viver,
mas se minh' alma é eterna,
eis que sou destemido!
Arre! Coisa boa é morrer,
e continuar vivendo...
...sem medo, sem medo!
Cadê os meus amigos?
Eu adoro todos eles!
Os ciganos, os que não são ciganos,
e também os camponeses!
Sou a alma da festa,
o espírito da vida,
não temo qualquer desafio,
não conheço o que é temer.
Mas,dentro dessa alma destemida,
também há um coração que chorou
quando ficou órfão,
quando se desintegrou.
Mas eis aqui o cigano que ama a vida!
Estou pronto para a luta,
e armado para a guerra!
Viver é lutar!
E, dessa luta eu não tenho medo.
O Destemido (personagem poético masculino de Taty Casarino)
Confiram uma música que tem tudo a ver com o Destemido:
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