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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Bem-vindo à selva


Não quero ser um órfão fraco,
que fica encolhido sobre o chão
esperando a tempestade passar.

Agora, eu vou lutar!
Medo eu não conheço,
nunca mais eu vou chorar.

Sinto uma força estranha
doada das entranhas da cigana,
doce mãe adotiva que me fez renascer,
renascer das cinzas!

Força sangrenta, força violenta,
meu bálsamo sagrado
que me faz sobreviver
diante de um espírito oprimido,
que não se sente amado.

Sinto-me dentro de uma selva,
repleta de ratos, morcegos e leões.
Tenho que ser forte,
não posso mais ser fraco!

Não tive o privilégio de poder chorar,
até as lágrimas são um luxo para essa selva.
Não preciso de mais nada:
apenas de um escudo e de uma espada.

Vou dilacerar o inimigo
que quiser minh'alma matar,
o sangue quente corrói meu corpo,
subindo dos pés até a cabeça.

Bem-vindo à selva, doce garoto,
seja um leão para enfrentar os leões,
aprenda a matar para não morrer,
dilacere o seu medo para o medo não dilacerar você.

O Destemido (personagem poético masculino de Tatyana Casarino)

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