O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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domingo, 23 de setembro de 2012

Lágrimas de dor




Lágrimas de dor

Perdida no inferno de tua ausência,
um grande buraco negro se alastra sobre o peito meu.
Oh! Meu amor, como poderei viver sem ti,
sem os teus beijos ternos que me amavam com fervor?

Nessa dor de lástima,
choro pelo esplendor que se partiu!
Com sua morte nefasta,meu espírito se afasta
da alegria que outrora meu coração sentiu.

Eu não posso mudar meu amor:
minh'alma será eternamente tua.
Nesse oceano de dor repleto de desespero,
é como se meu espírito estivesse despedaçado,
mutilando-se pela agonia da morte do meu sol.

Eis que todos os meus dias serão sucessões
de tempestuosas nuvens negras a angustiar
um coração quebrado como o meu
que nunca mais será completo sem o teu.

Prefiro o convento a qualquer outro homem,
só você fazia minh'alma sorrir veementemente.
Se eu já conheci a profundidade do teu oceano
como poderei me contentar com rasos rios?
Meu coração profano arder-se-á em pranto
pela eternidade que acompanha minh'alma.

Quando tu salvaste-me daqueles perversos
e insanos pecadores que queriam invadir teu templo,
eu tive a certeza de que minh'alma apenas seria tua.
A demência da violência é uma sombra
que eu desejaria jamais ter conhecido.

Oh! Que terrível agonia,
fugi de minha coroa a fim de derreter-me
em teus suaves braços, jardineiro.
E agora estou condenada pela culpa
de vê-lo morto pelos soldados do reino inimigo
cujo príncipe ofertou-me a a aliança de paz,
que eu tanto recusei em prol de nosso amor,
e agora estou aqui a morrer de dor.

Agora tu estás condenado eternamente
pelo breu da morte sombria
por ter desejado uma princesa,
meu doce jardineiro.

Nosso amor era tão docemente proibido,
porque tu não pertencias a nobreza.
Um crime de amor velado em beijos,
tu foste mais nobre que muitos homens que conheço.
Ainda sinto falta de teus cortejos sussurrados
antes de fazer-me derreter minh'alma em teus braços.

Com a bíblia entre as mãos,
uma vida de noviça ainda me aguarda.
Derramo lágrimas de dor em frente à Nossa Senhora,
só Ela conhece a nosso dor.

Confesso nossos crimes secretos de amor
daquela noite onde tu fizeste desabrochar a flor
que seria da mãe de Deus em segredo.  
Tive medo de que outra madre
pudesse ler meus pensamentos.

A madre superiora pensa
que sou mais pura que um lírio.
E minha vida começa a seguir
por um triste rio de lágrimas de dor.

Tatyana Casarino

Poesia pertencente a uma história fictícia que está a ser escrita por Tatyana Casarino.

















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