Se a memória fosse a praia,
mágoas seriam marcadas na areia,
puras lembranças doídas e densas,
castelos de areia, lágrimas e bobeira.
Mas, o mar apaga as mágoas!
Ah! O mar infinito com seu poder,
uma majestade de nobreza e amor.
Só a magnificência divina perdoa.
Perdão é poder, poder de nobreza.
O que apaga as marcas da areia
não é o esquecimento nem o pensamento,
mas a grandeza da fé por dentro.
Se as minhas marcas na areia
fossem luz, tristeza ou beleza,
o mar já teria vencido tudo
até restar só o oceano absoluto.
Mergulha tuas mágoas no mar,
mergulha teu coração no oceano,
e todas as dores parecerão pequenas
perto da grandeza do canto da natureza.
O que apaga as pequenas tristezas
é a grandeza do belo e nobre espírito.
Para os pequenos aborrecimentos, o infinito,
para os grãos de areia, o oceano azul e lindo.
Tatyana Casarino.
Essa é uma poesia mística que exalta a grandeza do bem e a beleza do perdão. Quando as pequenas mágoas e os pequenos aborrecimentos da vida são apagados pela grandeza da fé e dos nobres sentimentos, é como se uma forte onda do mar tivesse invadido a areia.
O mar tem o poder de derrubar castelos feitos na praia e anotações feitas na areia. A poesia compara o poder dos bons sentimentos e da fé com a força do mar, especialmente quando precisamos limpar os "registros" dos pequenos aborrecimentos dentro do coração do mesmo modo que a água do oceano limpa as "memórias" da areia.
Tatyana Casarino.
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