O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









Contador Grátis





sábado, 24 de julho de 2021

Valsa dos Arcanos

 



Foi a luz das borboletas coloridas

que avistei na minha tristeza doída.

Elas batiam asas e beijavam a vida

que estava escondida no cadeado da sacerdotisa.


O mago abre as asas para o louco,

fechando a boca do leão numa só força.

O carro dirige até a gloriosa justiça,

a imperatriz é a criatividade da papisa.


Foi o sol que beijou a prateada lua

antes do eremita abençoar os enamorados.

Vejo faces que brilham em tímidas neblinas,

espectros de almas nas névoas que nos embalam. 


Vejo pássaros que voam até o céu,

e borboletas que voam soltas no vento.

Vejo ruas estreitas que se beijam,

sonho com o rio cheio por dentro.


Com minhas sapatilhas,

danço até a madrugada.

Estou dentro de um sonho

ou estou sonhando acordada?


Quando Vênus beija Netuno,

as fadas cantam o sublime.

O claro beija o escuro,

a vida é fascínio noturno.


O mago ama a sacerdotisa,

o imperador ama a justiça.

A lua dança no sol com o louco

antes da imperatriz brilhar divina.


Eis a valsa doce dos Arcanos,

a personalidade mágica do tarô.

A espiritualidade envia símbolos,

o universo dança no seu ritmo.


Poesia escrita por Tatyana Casarino. 


  



Estudo símbolos da astrologia e do tarô desde criança. Nunca foi meu intuito ler o futuro, mas ler a mim mesma. Na jornada do autoconhecimento, o tarô e a astrologia foram grandes ferramentas de sabedoria cujos símbolos apontaram minhas virtudes e vícios. Com essas ferramentas, entendi melhor as minhas intuições e acendi muitas luzes espirituais. Minha mãe me presenteou com cartas de tarô quando eu ainda era uma estudante de Direito e, desde então, minha intuição aflorou. 

 Essa poesia fala sobre o tarô ser "vivo" e expressar uma personalidade própria em cada Arcano. Sempre cito a sacerdotisa, pois é a carta do tarô que eu mais me identifico além de apontar o sagrado feminino em nós. Escrevo sobre misticismo, espiritualidade e sagrado feminino desde os 16 anos e ainda considero o simbolismo desses estudos infinito. 


Tatyana Casarino. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário