Foi a luz das borboletas coloridas
que avistei na minha tristeza doída.
Elas batiam asas e beijavam a vida
que estava escondida no cadeado da sacerdotisa.
O mago abre as asas para o louco,
fechando a boca do leão numa só força.
O carro dirige até a gloriosa justiça,
a imperatriz é a criatividade da papisa.
Foi o sol que beijou a prateada lua
antes do eremita abençoar os enamorados.
Vejo faces que brilham em tímidas neblinas,
espectros de almas nas névoas que nos embalam.
Vejo pássaros que voam até o céu,
e borboletas que voam soltas no vento.
Vejo ruas estreitas que se beijam,
sonho com o rio cheio por dentro.
Com minhas sapatilhas,
danço até a madrugada.
Estou dentro de um sonho
ou estou sonhando acordada?
Quando Vênus beija Netuno,
as fadas cantam o sublime.
O claro beija o escuro,
a vida é fascínio noturno.
O mago ama a sacerdotisa,
o imperador ama a justiça.
A lua dança no sol com o louco
antes da imperatriz brilhar divina.
Eis a valsa doce dos Arcanos,
a personalidade mágica do tarô.
A espiritualidade envia símbolos,
o universo dança no seu ritmo.
Poesia escrita por Tatyana Casarino.
Estudo símbolos da astrologia e do tarô desde criança. Nunca foi meu intuito ler o futuro, mas ler a mim mesma. Na jornada do autoconhecimento, o tarô e a astrologia foram grandes ferramentas de sabedoria cujos símbolos apontaram minhas virtudes e vícios. Com essas ferramentas, entendi melhor as minhas intuições e acendi muitas luzes espirituais. Minha mãe me presenteou com cartas de tarô quando eu ainda era uma estudante de Direito e, desde então, minha intuição aflorou.
Essa poesia fala sobre o tarô ser "vivo" e expressar uma personalidade própria em cada Arcano. Sempre cito a sacerdotisa, pois é a carta do tarô que eu mais me identifico além de apontar o sagrado feminino em nós. Escrevo sobre misticismo, espiritualidade e sagrado feminino desde os 16 anos e ainda considero o simbolismo desses estudos infinito.
Tatyana Casarino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário