Olá, pessoal! Vocês conhecem um filme chamado "The NeverEnding Story" (A História Sem Fim)? É sobre esse filme que o nosso colunista Mateus Ernani Heinzmann Bulow vai comentar hoje no blogue. Mesmo que você não conheça o filme, ler essa análise vai despertar em você a curiosidade sobre a história, e eu tenho certeza que você procurará ver o filme em breve. Se você já conhece a história, divirta-se com os comentários a respeito dela e reflita acerca dos pontos positivos e negativos do filme. Uma resenha crítica e muito inteligente escrita pelo nosso colunista Mateus Bulow. Mergulhe nessa aventura repleta de mágica, músicas e inocentes entusiasmos!
A História Sem Fim – Análise.
“O filme que marcou minha infância”. Entre as inúmeras frases clichês sobre filmes, essa talvez seja a mais comum. É interessante que determinados candidatos se repetem nessas listas mais pessoais do que técnicas, e um deles é A História Sem Fim (“Neverending Story” na língua inglesa e “Die Unendliche Geschichte” em alemão).
A História sem Fim original trata-se de um livro escrito em 1979, pelo autor alemão Michael Ende, e o enredo fala de um menino solitário e retraído com o curioso nome de Bastian Balthasar Bux. O guri arranja encrenca com alguns valentões e se esconde na livraria de um senhor chamado Carl Conrad Coleander, aproveitando para surrupiar um livro chamado “História sem Fim”; logo em seguida, Bastian se esconde no depósito de sua escola para ler sem ser perturbado.
O recurso utilizado na narração é o da “história dentro da história”, onde vemos o enredo do livro pelos olhos de Bastian. A história se passa na terra mística de Fantasia (“Fantástica”, no livro), que se encontra em seus piores momentos: enquanto a Imperatriz-Criança se recupera de uma doença, Fantasia está sendo devorada por uma força misteriosa e sombria conhecida apenas como “O Nada”. Cabe ao menino guerreiro Atreyu procurar por uma solução ao problema, acompanhado apenas do amuleto Auryn e de seu cavalo Artax, com diversos aliados e perigos a serem encontrados pelo caminho.
O filme da História sem Fim foi lançado em 1984, e é uma produção conjunta entre os EUA e a República Federal da Alemanha (até 1989, a Alemanha esteve dividida em duas nações). Em sua época, A História sem Fim foi o filme mais caro a ser produzido fora dos EUA e da União Soviética, pois a maior parte das filmagens ocorreria na Alemanha e no Canadá, a despeito dos atores serem americanos.
Com essas informações à disposição, é possível imaginar que A História sem Fim trata-se de um divisor de águas nos filmes de fantasia, uma obra de referência ao gênero. Pois bem, a afirmação é cabível, dada a enorme popularidade alcançada pela obra cinematográfica ao redor do mundo, porém o filme possui muitos problemas, quase todos relacionados ao enredo e aos personagens.
Confesso também que este não foi o filme de minha infância, pois fui assisti-lo muitos anos mais tarde, já despido do deslumbramento infantil. No entanto, isto não significa que vi apenas defeitos, pois me surpreendi com a produção, os efeitos especiais, as músicas e a mensagem do final. Com todas essas informações à mesa, convido os leitores a subirem no dorso do Dragão da Sorte, uma das criaturas típicas da terra de Fantasia. Sem mais delongas, hora de alçar voo!
Pontos positivos:
1-A Abertura.
O filme começa com uma música composta pelo músico britânico Christopher “Limahl” Hamil, chamada justamente de “Neverending Story”. As únicas imagens disponíveis nessa etapa são nuvens viajando de um lado a outro, como se convidassem o espectador a pular nesse mundo de sonhos e se deixasse levar pelos mistérios do outro lado.
Essa sequência surreal e bonita termina de forma brusca, quando Bastian desperta de seus sonhos. É a partir desse momento que a História sem Fim realmente começa, e somos apresentados ao menino e ao seu pai.
https://www.youtube.com/watch?v=CCgfRC6gHtI
2-A cena do café da manhã.
Logo após Bastian acordar de seu sonho nas nuvens, somos levados a uma cena onde o menino toma o café da manhã junto de seu pai. Não descobrimos o trabalho do pai de Bastian (não sabemos nem ao menos o nome do personagem), mas deduzimos que traz um excelente retorno, como provam o terno elegante dele e o número de aparelhos domésticos na cozinha, razoável para uma residência da época. Entretanto, mesmo com o padrão de vida bom, o menino e seu pai são infelizes.
Bastian fala que ainda sente falta de sua mãe falecida, o que deixa seu pai em silêncio por alguns segundos, antes de afirmar que também sente a dor de seu filho. Logo em seguida, ele tenta desviar do assunto, pois “não podemos deixar isso impedir o trabalho de ser feito”, além de apontar algumas reclamações dos professores em relação ao desempenho de Bastian na escola. A conversa termina com Bastian prometendo que irá melhorar na escola, e seu pai falando que eles precisam de mais conversas como essa.
Provavelmente receberei críticas de alguns fãs da série, mas não vejo o pai do Bastian como um péssimo exemplo ao se criar um filho. À primeira vista ele parece frio e distante, até mesmo cruel ao responder dessa maneira, mas era assim que os meninos eram criados na década de 1980. Eu não faço ideia de como é cuidar de um filho, mas sei que eles não vêm com manual de instruções.
Percebe-se que os dois sofrem bastante com a perda e tentam contornar o obstáculo de diferentes maneiras. O pai de Bastian prefere concentrar-se em seu trabalho, como forma de não pensar no assunto, enquanto espera que o filho deixe de lado o hábito de “sonhar acordado” e mantenha os “pés no chão”, para seu próprio bem. No fundo, os dois necessitam um do outro para superarem o trauma.
3-Os detalhes da produção.
Como dito antes, A História sem Fim teve um orçamento considerável, o que seria de se esperar de um filme de fantasia onde o cenário é uma terra diferente do nosso mundo. E o dinheiro foi bem empregado na parte visual, com criaturas bizarras pulando de um lado a outro e cenários de cair o queixo.
O mais belo desses cenários sem dúvida é a majestosa Torre de Marfim, onde a Imperatriz-Criança vive com sua corte. É possível vislumbrar a diversidade dos povos que compõem a terra de Fantasia, incluindo homens-pássaros, gnomos baixinhos e pessoas de duas cabeças. Infelizmente, eles não fazem muita coisa na história, exceto se reunir para escolher um herói capaz de carregar o amuleto Auryn.
As criaturas são “interpretadas” por meio de bonecos e robôs animatrônicos, filmados em perspectiva diferente dos atores a fim de parecerem maiores. Entre as figuras mais curiosas de Fantasia, vemos Morla, a Tartaruga Gigante do pântano, a Lesma corredora, o Gigante de Pedra e Falkor. Aliás, Falkor é tão relevante para a História sem Fim que merece uma análise separada, logo a seguir.
4-Falkor, o Dragão da Sorte.
É inevitável: muitas pessoas que foram crianças nas décadas de 1980 e 1990 apenas se lembram da História sem Fim quando você fala em um “cachorro branco voador enorme”. O Dragão da Sorte é um símbolo informal da série, e merecidamente um dos personagens mais amados da franquia.
O primeiro encontro desse imenso monstro voador com Atreyu ocorre no topo de uma montanha, após o mesmo resgatar o menino guerreiro de um pântano capaz de devorar tudo ao redor. Como seria de se esperar, Atreyu se sente ameaçado pela simples presença de Falkor e seu corpanzil alongado. A cena seguinte é engraçada, embora ingênua:
Falkor: “Não tenha medo, eu gosto de crianças”.
Atreyu: “No café da manhã?”.
Falkor: “Hehehe, não”.
O dragão da sorte revela não ser perigoso, e Atreyu coça a orelha direita dele em agradecimento. A partir daí, os dois viajam juntos pela Terra de Fantasia, em uma das melhores sequências do filme inteiro. Nem mesmo os efeitos especiais ultrapassados acabaram com a magia dos trechos onde Falkor e Atreyu sobrevoam Fantasia:
https://www.youtube.com/watch?v=adBmLtE4wwg
5-O Portal das Esfinges.
Lá pelo meio da jornada, Atreyu encontra um duende cientista e sua esposa, e é informado de um obstáculo perigoso em sua busca pelo oráculo do sul. Perto dali existe uma passagem estreita escavada na rocha, decorada com duas grandes esfinges aladas. As estátuas mantêm seus olhos fechados o tempo todo, exceto quando algum aventureiro desavisado ousa passar por perto, apenas para ser pulverizado pelos raios saídos de seus olhos.
Existe apenas uma maneira de atravessar esse portal das esfinges, e ela se baseia em não sentir medo ao passar diante das criaturas, acreditando em si mesmo (vendo assim, até parece uma instrução dada por algum livro de autoajuda ou negócios...). Atreyu consegue atravessar por pouco, quase levando um raio azulado nas costas.
Logo em seguida, outro obstáculo arrepiante surge no caminho de Atreyu: um espelho gigante que revela o que se esconde no interior da alma de quem o observa. Segundo o duende cientista, muitos ficaram loucos ao vislumbrarem o que se esconde em sua alma, e “até os mais valentes sofrem quando são obrigados a verem a covardia em seus corações”. Atreyu acaba vendo Bastian no espelho, porém quem realmente se assusta com essa revelação é o menino leitor, o que nos leva ao ponto seguinte.
6-O Leitor também é um Autor.
Após algumas aventuras e desencontros, Atreyu e Falkor retornam à Torre de Marfim, enquanto restaram apenas alguns fragmentos de Fantasia flutuando em um vácuo negro e infindável. Como seria de se esperar, Atreyu sente que fracassou em sua missão, e pede desculpas à Imperatriz-Criança, mas a resposta dela é surpreendente: na verdade, Atreyu se saiu bem sucedido em trazer uma criança capaz de salvar Fantasia do fim.
Essa criança é Bastian, até então um mero leitor. Sem aviso, ele é transportado para o dentro do livro e recebe um pequeno grão de areia da Imperatriz-Criança. Trata-se do único pedaço restante de Fantasia, e graças à imaginação vívida de Bastian, a terra mística pode ser reconstruída, com todos os seus habitantes.
A noção do rumo da história ser parcialmente construído pelo leitor/espectador é um conceito interessante de ser trabalhado em um filme infantil. Sem dúvida esse recurso funciona ainda melhor tratando-se de uma obra baseada na metalinguagem, aumentando a imersão dos espectadores.
https://www.youtube.com/watch?v=3bzYc7FASoM
7-A Trilha Sonora.
Além da música de início, outros trechos são coroados com excelentes trilhas sonoras, indo do deslumbramento à melancolia. Afine os ouvidos para apreciar essas maravilhas:
O Pântano da Tristeza:
https://www.youtube.com/watch?v=qYPl44RdKI0
A Torre de Marfim:
https://www.youtube.com/watch?v=yegQ9X2QSeI
Fantasia e a Jornada de Atreyu:
https://www.youtube.com/watch?v=cYTQ6GWSJCQ
Tema de Tristeza:
https://www.youtube.com/watch?v=Sy5Xu_gB7_o
Tema do Auryn, já publicado no texto “10 Dicas para a Escrita Fantástica”, neste mesmo blog:
https://www.youtube.com/watch?v=Ld7Mb81J_aI
Sinal Amarelo: O Filme cobre apenas a primeira metade da obra original.
Esse aspecto da adaptação cinematográfica não é propriamente um defeito, até porque a segunda metade da obra trabalha com um aspecto mais complicado do que salvar um mundo de fantasia: a perda do “Eu”, ou seja, da individualidade. Na segunda metade da aventura, Bastian faz inúmeros pedidos com ajuda do Auryn, e isso atrai a feiticeira Xayide, que almeja para si o poder do amuleto.
Após derrotar Xayide e perceber que a Imperatriz Criança sumiu sem deixar rastros, Bastian decide tomar Fantastica para si, e Atreyu tenta impedir o menino, apenas para ser derrotado. Cada pedido novo de Bastian apaga uma de suas memórias, e logo ele desfaz quase todos os laços com seu mundo de origem.
Bastian encontra outros infelizes humanos que perderam suas memórias ao usarem o poder do Auryn, e percebe o engano que cometeu. Com ajuda de Atreyu e Falkor, o menino obtém suas memórias de volta. Após terminar sua jornada, Bastian devolve o livro para o senhor Coleander, apenas para descobrir que o mesmo nunca pertenceu ao dono da livraria, pois este sempre muda de mãos; Coleander afirma que também visitou Fantástica, “mas isto é uma história para outro dia”.
Diga-se de passagem, Michael Ende odiou a adaptação cinematográfica, em boa parte pela ausência da segunda metade; a etapa removida do roteiro servia de espelho à primeira parte, onde Bastian virava um “anti-herói” antes de se redimir. O escritor até entrou com uma ação judicial para forçar a mudança do nome do filme, mas perdeu a causa. Nas palavras duras de Michael, “o filme não passa de um melodrama gigantesco, feito de mau gosto, plástico, bichos de pelúcia e comercialismo”.
Pontos negativos:
1-Quem é Atreyu?
À primeira vista parece um questionamento retórico, afinal de contas, Atreyu é descrito logo em sua aparição como o maior guerreiro de sua tribo, além de ser escolhido para cumprir a difícil tarefa de restaurar Fantasia. Mas nós não vemos mais nada além dessa curta introdução, exceto sua travessia pela terra devastada.
Na verdade, é difícil apontar Atreyu como um personagem real, pois ele mais parece um recurso para o leitor inserir a si próprio na história, algo como um “boneco” de videogame pré-fabricado pelo jogador antes de iniciar a partida. O ator de Atreyu, Noah Hathaway, é esforçado em algumas cenas, mas mesmo assim o personagem não chega a empolgar em sua viagem, o que nos leva ao trecho a seguir.
2-Jornada sem Recheio em uma Terra Vazia.
Como a terra de Fantasia está sendo devorada pelo Nada, nem mesmo seus habitantes estão a salvo de sua gana devoradora. Dessa forma, os cenários magníficos quase sempre aparecem desprovidos de vida, com exceção dos trechos onde Atreyu necessita conversar com alguém. Essas ocasiões deixam a aventura monótona em alguns pontos, tornando-se um simples “ir do Ponto A ao Ponto B”.
Talvez eu esteja fazendo uma cobrança exagerada, mas não deixa de ser curiosa a ausência de habitantes em Fantasia, ainda mais em comparação com a assembleia na Torre de Marfim, cheia de figurantes de vários tamanhos e formatos. Seria difícil reutilizar as fantasias em algumas cenas posteriores?
3-Emoções forçadas.
Em algumas cenas vemos Bastian reagindo aos acontecimentos na história, em cortes ligeiros do livro para o recinto onde o menino está lendo. Duas cenas dignas de nota envolvem a morte do cavalo Artax no Pântano da Tristeza, onde Bastian chora junto de Atreyu, e quando o menino berra assustado ao ver a tartaruga Morla; o grito dele é ouvido pelos personagens dentro do livro.
A intenção dessas cenas é relacionar o leitor com a trama dentro da história, a fim de retratar a dualidade entre o mundo “real” do filme e o livro. No entanto, tal recurso para mim soou como uma tentativa frustrada e gratuita de imprimir emoções ao espectador; é como se o diretor falasse “Olhe como Bastian está triste e assustado! Você deveria se sentir assim nessa cena, também!”.
4-Gmork.
Vou levar outra pedrada dos fãs aguerridos, ainda mais se tratando do segundo personagem mais lembrado do filme, depois do Falkor... Mas a verdade é que Gmork é um vilão desnecessário à História sem Fim, pois O Nada por si só já era ameaçador o bastante para a trama seguir em frente.
Descrito como um servente do “Poder” por trás do Nada, Gmork é um lobo negro gigantesco, enviado para eliminar Atreyu antes que ele possa impedir a destruição de Fantasia. A participação de Gmork no filme não passa de três minutos, e tudo o que ocorre nessa etapa são algumas revelações a respeito da natureza de Fantasia, que é alimentada pela imaginação humana e se enfraquece quando as pessoas deixam de usá-la.
Algumas frases de Gmork até são legais, como “pessoas sem esperança são fáceis de serem controladas”. Entretanto, isso se torna irrelevante após Atreyu eliminar o adversário com facilidade espantosa, cravando uma pedra afiada no peito do monstro após este saltar em sua direção. Fica a pergunta: Qual foi o sentido disso, exceto botar outro bicho feio no filme, e consequentemente gastar mais dinheiro do orçamento, que não foi pouca coisa?
https://www.youtube.com/watch?v=7vvSZSUR_K8
5-As Continuações.
Julgar uma produção de cinema pelas suas continuações parece algo injusto, mas no caso de A História sem Fim torna-se inevitável fazê-lo. Os dois sucessores da obra original estão em um nível muito abaixo em matéria de história e de produção, e não conseguiram alcançar a popularidade de seu venerado antecessor; não à toa, os maiores detratores das continuações são os fãs aguerridos do primeiro filme.
O segundo filme da saga data de 1990, e começa com Bastian tentando superar seu medo de altura na escada da piscina do ginásio, sem sucesso. Após passar pela livraria do senhor Coleander, o menino é mais uma vez recrutado pela Imperatriz-Criança, desta vez contra uma força maligna chamada “O Vazio”, controlada pela feiticeira Xayide e seus capangas. O plano de Xayide é utilizar o Auryn contra Bastian, fazendo-o perder suas memórias a cada desejo concedido pelo amuleto, até torná-lo seu escravo.
Como se pode ver na descrição acima, a segunda aventura carrega alguns elementos da segunda metade da obra original, embora construa uma história diferente. Todo o elenco original teve de ser substituído na continuação, e Jonathan Curtis fez Bastian na segunda parte; esse ator ficaria tristemente conhecido pelo suicídio aos 27 anos em 2003, enquanto lutava contra a depressão e o alcoolismo.
A franquia desandou de vez na terceira parte, realizada em 1994. Para ter uma ideia da confusão, em alguns lugares esses filme possui o subtítulo “Escape from Fantasia”, enquanto em outros ele recebeu um “Return to Fantasia”; enquanto “Escape” é “Fuga” em inglês, “Return” significa “Retorno”. Aparentemente, nem os produtores sabiam o que fazer ao tentarem adaptar um roteiro independente do livro original.
O filme começa com Bastian fugindo de valentões no ginásio, pertencentes a uma gangue conhecida como “Os Nojentos” (The Nasties, em inglês), e ao se esconder na biblioteca ele reencontra o senhor Coleander (eita, mundo pequeno!). Em sua fuga, Bastian mais uma vez adentra o livro da História Sem Fim, onde estão presentes todos os personagens das aventuras anteriores, exceto Atreyu.
O líder da gangue, chamado Slip, encontra o livro e usa os poderes dele para espalhar caos pelo mundo, afetando não apenas Fantasia como o mundo real. Caberá a Bastian e seus amigos botarem ordem na casa, o que não será nada fácil, pois todos os personagens do livro se espalharam pelos quatro cantos da terra. Em uma cena bizarra, Falkor salva o filho do Gigante de Pedra de uma queda no Monte Rushmore, aquela montanha com os rostos de quatro presidentes dos EUA.
A história possui elementos interessantes, como a situação do pai do Bastian, agora casado com outra mulher, e o protagonista vendo-se obrigado a lidar com uma irmã adotiva chatonilda, mas é inferior aos antecessores em todos os aspectos. Como se não bastasse o roteiro capenga, os personagens ficaram horrendos; os bonecos animatrônicos do terceiro filme foram construídos por Jim Henson, o criador dos Muppets.
Provavelmente alguém no fundo da plateia está se perguntando: “Mas e nada se salva nessa porcaria de filme?!”. Bem, se eu tivesse de apontar algum “ponto positivo”, talvez fosse a presença do então ator novato Jack Black em um de seus primeiros papéis, interpretando Slip; Jack se divertiu durante a produção, embora o mesmo não possa ser dito do público...
Com esse fiasco, A História Sem Fim terminou sua longa saga nos cinemas. A franquia teve também um desenho animado produzido entre 1995 e 1996, que nunca foi transmitido no Brasil, e uma série televisiva de treze episódios, produzida entre 2000 e 2003. Nenhuma dessas adaptações alternativas segue à risca o livro de Michael Ende.
Texto escrito por Mateus Ernani Heinzmann Bulow.
Mateus Bulow é gaúcho da cidade de Santa Maria/RS, Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA), escritor e poeta.
Ele é autor de dois livros de fantasia publicados:
*Taquarê -- Entre a Selva e o Mar
*Taquarê -- Entre um Império e um Reino
Texto escrito por Mateus Ernani Heinzmann Bulow.
Mateus Bulow é gaúcho da cidade de Santa Maria/RS, Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Santa Maria (FADISMA), escritor e poeta.
Ele é autor de dois livros de fantasia publicados:
*Taquarê -- Entre a Selva e o Mar
*Livro dele no Skoob:
*Divulgação do Livro no Blogue:
*Divulgação do Livro no Canal do YouTube de Taty Casarino:
*Leia o início do livro gratuitamente e compre o livro para ler a história completa no Link abaixo:
*Compre o Livro no site Amazon:
*Taquarê -- Entre um Império e um Reino
*Divulgação do Livro no Blogue:
*Sobre o Livro dele no Jornal Diário de Santa Maria:
*Mateus falando sobre o seu livro no Lançamento que ocorreu na Feira do Livro de Santa Maria/RS (Canal do Youtube do Diário de Santa Maria):
https://www.youtube.com/watch?time_continue=4&v=nvyq1UuDi-Q&feature=emb_logo
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https://www.amazon.com/TAQUAR%C3%8A-Entre-Imp%C3%A9rio-Reino-Portuguese/dp/179548831X
*Confira todas as postagens do colunista Mateus no blogue:
http://tatycasarino.blogspot.com/search/label/Mateus%20Ernani%20Heinzmann%20Bulow
*Confira as 10 Dicas para a Escrita Fantástica do escritor Mateus Bulow:
http://tatycasarino.blogspot.com/2019/08/dicas-de-escrita-fantasia.html
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