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sábado, 22 de setembro de 2018

Os perfis mais irritantes das redes sociais -- Parte II


   Olá, pessoal! Na postagem anterior sobre o tema, trouxemos 6 perfis irritantes nas redes sociais: o egocêntrico, o doutor das opiniões, o político, o lavador de roupa suja, o vitimista e o religioso fanático/ ateu fanático. Hoje este texto mostrará mais perfis irritantes nas redes sociais. Encarem o texto com bom humor e espírito reflexivo. Boa leitura!

7) O paladino do otimismo

            

"É melhor ser alegre que ser triste,
a alegria é a melhor coisa que existe,
é assim como a luz no coração..." 

Samba da Bênção - Vinícius de Moraes 


   
      A expressão "paladino" remete a uma espécie de herói cavalheiresco muito descrito na filosofia e na literatura que é destemido e possui um caráter inquestionavelmente bom. Esse tipo de herói segue o caminho da lei, da verdade e da ordem além de estar sempre disposto a proteger os mais fracos e lutar por causas justas. 
   O paladino do otimismo nas redes sociais é aquele que tem sempre uma frase motivacional, uma mensagem otimista e postagens que representam um verdadeiro incentivo à fé, à esperança e à autoconfiança. 
    O que há de mal nisso se a pessoa usa a rede social para o bem e para propagar bons valores? Ora, nada de mal, mas é irritante ver alguém otimista o tempo todo hehehe. Bem, eu confesso que tenho este tipo de perfil nas redes sociais hehehe (para o leitor ver que estou sendo imparcial na postagem e escrevendo sobre todos os tipos de perfis que irritam, inclusive o meu hehehe). 
     Esse tipo de perfil incentiva muitos seguidores, levanta muitos amigos da deprê (depressão) e a popularidade dele está vinculada ao fato de que a maioria das pessoas adora se inspirar numa postagem positiva e receber aquele conselho amigo e iluminado. 
     Contudo, muitos se irritam com este perfil por vários fatores: consideram o dono desse perfil orgulhoso (de onde ele tira tanta autoconfiança?), ficam se questionando se o dono do perfil também passa por problemas (com tanto otimismo, onde estão os desafios?) e se sentem irritados com mensagens iluminadas o tempo todo (muitas pessoas são pessimistas por naturezas, céticas demais e não gostam de postagens que remetem a algum propósito espiritual elevado ou que fazem refletir sobre o sentido da vida). 

                        

O centauro, ser mitológico que representa o signo de Sagitário, é o arquétipo do otimismo por mirar sempre o alto com sua flecha. 

      

       Hoje em dia o "paladino do otimismo" está em muitos perfis de coaches (treinadores), profissionais especialistas em ajudar pessoas e empresas nos seguintes objetivos: alcançar seu máximo potencial, otimizar a qualidade de vida, transformar comportamentos e superar limitações. Este é o perfil comum de escritores de autoajuda, palestrantes, neurocientistas (com linha de pesquisa voltada ao poder a mente positiva), espiritualistas e professores (especialmente professores de cursinho com foco na aprovação dos alunos em concursos públicos). 
       Bem, eu sempre amei este tipo de perfil (os perfis que eu sigo nas redes sociais são verdadeiros paladinos do otimismo hehehe) e busco seguir este caminho (como escritora de textos otimistas, poesias com mensagens de esperança e metas para palestras de encorajamento). Entretanto, sei que este tipo de perfil, por mais que seja um dos mais bem sucedidos e elogiados, é o que mais recebe críticas. 
       Os maiores críticos deste perfil são: pessimistas por natureza, intelectuais céticos (geralmente, esses são pedantes quando resolvem criticar os intelectuais otimistas ou escritores de autoajuda) e psicólogos. Quanto aos psicólogos, estes se dividem em duas linhas: os que também têm um perfil otimista e os que "torcem o nariz" para a palavra "coach". 
       Reconheço que é legítima a preocupação de muitos psicólogos em perder pacientes para coaches, já que eles não querem ver a psicologia ser reduzida às sessões de treinamento/coach. Não podemos confundir coache com psicólogo, pois o coache não tem a competência e as atribuições de um profissional da psicologia para investigar assuntos mais sérios da psique humana nem para trabalhar como terapeuta. 
        Além do mais, como está na moda o coach, há uma quantidade imensa de coaches sem uma qualificação séria. Por essas razões, psicólogos costumam ter "um pé atrás" com tudo que é relativo ao universo "coach". Entretanto, não podemos ter preconceito com o coach: há muitos profissionais sérios que exercem trabalhos maravilhosos com pessoas e empresas nos diversos âmbitos do coach (esportivo, acadêmico, profissional, empresarial e pessoal). Muitos coaches auxiliam os seus clientes no desenvolvimento da melhor performance profissional/pessoal e no despertar do que há de melhor dentro deles. 
        Minha filosofia de vida é abraçar tudo o que faz bem. Se o coach está fazendo bem às pessoas, que seja bem-vindo! Muitos psicólogos e psiquiatras olham o coach com bons olhos, inclusive o psiquiatra e escritor Augusto Cury que defende o coach como excelente complemento (complemento da terapia tradicional e não substituição) da gestão da emoção e da gestão empresarial (li o livro Gestão da Emoção de Augusto Cury e achei fantástico!). Por fim, é melhor incentivar o otimismo (ainda que na forma do coach) do que fazer apologia à melancolia nas redes sociais e dimensionar a negatividade. 

8) O Concurseiro

               

"Milhares de seguidores não valem nada na prova. Poste menos, estude mais." Frase de Pedro Medula. 


   O perfil concurseiro é aquele que vive tirando fotos da escrivaninha, dos livros, dos materiais de estudo, das canetinhas coloridas e dos marcadores de texto. Devido à alta procura por concursos públicos, este perfil está na moda ultimamente.
    Bem, não há nada demais em usar as redes sociais para compartilhar os seus estudos e inspirar outras pessoas a trilhar esta jornada tão nobre de dedicação. Ocorre que estes perfis de concurseiros costumam ser irritantes quando eles passam a compartilhar horas de estudos, números de páginas lidas e números de artigos de Códigos/Leis estudados (quando há Direito no edital do Concurso). Na minha opinião, a jornada de estudos é solitária por excelência e muito realista (não combina muito com o mundo virtual...). É muito mais nobre ser discreto do que ostentar as suas horas de estudo. 
    Primeiramente, quem realmente "mergulha" nos estudos e sente prazer em estudar nem vê o tempo passar (ninguém liga o cronômetro antes de começar a estudar hehehe). Além do mais, quem está estudando há muitas horas normalmente está com a escrivaninha bagunçada, a voz rouca (quem estuda falando em voz alta hehehe), as mãos manchadas de tinta de caneta (quem estuda escrevendo), os cabelos bagunçados e a roupa amassada hehehe. Aparecer bonitinho, com uma voz em tom alto nos vídeos das redes sociais e com a escrivaninha perfeita não é típico de uma jornada pesada de estudos.             Bonito o estudante até pode estar (eu não descuido de minha aparência quando estou numa fase de estudos pesada), mas não é usual estar perfeitinho e cheio de empolgação para postar vídeos e fotos nas redes sociais. Depois de estudar, tudo o que o estudante quer é tomar um banho, deitar na cama ou esticar o corpo em qualquer sofá e ficar um tempo quieto e descansando a vista das leituras, sem ver a luz da tela do celular e sem receber qualquer estímulo (as redes sociais possuem elementos estimulantes, assim como quaisquer aparelhos tecnológicos). 

                        

         

        Quando estudei para a OAB, eu não entrava nas minhas redes sociais (de vez em quando, visitava somente o Twitter para ler dicas de professores). Nos períodos mais pesados de estudos na minha vida, eu estava off-line e não on-line. Não julgo quem gosta deste tipo de perfil, mas é um pouco irritante ver a competição boba de horas de estudos entre concurseiros. 
        Está estudando para concursos? Uma dica: não olhe perfis de concurseiros. Você pode cair na tentação de se comparar com eles ou se sentir mal por não atingir as mesmas metas de estudos que eles. Crie o seu próprio estilo de estudar, um estilo que funcione para você e que faça a sua mente absorver o conteúdo e isto bastará. Além disso, lembre-se: quantidade de horas de estudo não é qualidade. Em quatro horas de estudos, eu posso absorver de forma muito mais proveitosa o conteúdo do que em dez horas. Tudo depende do quanto você absorve e aprende e não do número de horas. 
           É importante pausar entre as horas de estudo, descansar a mente, alimentar-se bem, hidratar-se e otimizar o lado psicológico. Desgastar-se com excesso de horas de estudos pode levar o estudante a adoecer psiquicamente e a não ter energia e disposição para fazer uma boa prova. É melhor criar uma rotina de estudos consistente (estudar um pouco todos os dias) do que se desesperar e estudar muitas horas num único dia. Para quem estuda por muitas horas seguidas, cuidado para não cair na vaidade de ostentar horas de estudo por puro ego... 

                     


              

            E para quem é da área do Direito, mais uma dica: não é para ler o Vade Mecum como se lê um romance hehehe... Não é recomendável ler muitos artigos seguidos sem reflexão. É preciso ler os Código por capítulos e contextualizar a leitura dos artigos com as interpretações doutrinárias e jurisprudenciais. Eventualmente, você vai ter de decorar a letra da lei de certos artigos, mas não faça isso de forma bruta... Sempre reflita sobre o que está lendo. 
              Nunca deixe a sua mente adoecer no piloto automático ou engessar... Deixe o estudo mais divertido, faça esquemas, use as suas canetas coloridas hehehe, dê aulas para um colega e use a sua criatividade livremente. Prova não é só memorização, mas também interpretação de texto. Desenvolva seu poder interpretativo. Ah! E nunca se esqueça de dar atenção ao seu lado psicológico (tão essencial quanto o desenvolvimento cognitivo). 
            A melhor maneira de otimizar o lado psicológico é ficar off-line por um tempo. Algumas dicas para aumentar a autoconfiança do concurseiro: meditar (acalma a mente, trazendo foco, atenção e presença), ter contato com a natureza e dar aulas para um amigo sobre o assunto (ao ajudar os outros, você estará se ajudando, pois ensinar é a melhor maneira de fixar o conteúdo e ter confiança naquilo que você sabe). Lembre-se: o seu maior concorrente é você mesmo!

9) O viajante 

            

"Somos o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e das pessoas que amamos." Airton Ortiz. 


    É fácil identificar o perfil do viajante nas redes sociais: trata-se da pessoa que vive viajando e postando fotos dos pontos turísticos, das jornadas pelo mundo, das praias e das cidades mais lindas do Brasil e do mundo. Geralmente, quem mais se irrita com este perfil é o invejoso (aquele que queria ter mais tempo e dinheiro para viajar, mas deve se contentar com uma rotina pesada de deveres e muito trabalho hehehe). 
     Eu, particularmente, não me aborreço com este tipo de perfil, e a inveja é um sentimento que meu coração desconhece graças a Deus hehehe (a não ser que a pessoa viaje para Paris... estou brincando, hehehe). Acredito que não vale a pena generalizar: há perfis diferentes de viajantes. Há realmente o viajante vaidoso que coloca fotos com o intuito de ostentação e status (salienta-se que o vaidoso até se diverte ao descobrir que é invejado hehehe), mas existem os viajantes que colocam fotos dos lugares que conhecem com boa intenção e almejam compartilhar cultura e inspirar positivamente os seus seguidores. 
      Gosto de me inspirar nos perfis de viajantes para aprender dicas dos melhores pontos turísticos do Brasil e do mundo e conhecer os lugares maravilhosos que existem. Admiro ainda mais aqueles que viajam com o propósito de desenvolvimento pessoal (conhecer culturas novas, ter algum despertar espiritual e encarar a viagem com alguma filosofia de vida) e não almejam apenas diversão (respeito quem viaja por diversão também, pois a vida não é só dever). 
         Amo acompanhar dicas de peregrinos, especialmente as informações dos Caminhos de Santiago de Compostela. Vale salientar que uma amiga minha (conheci essa amiga quando estudei francês em um curso de idiomas) posta fotos maravilhosas e inspiradoras de suas peregrinações (e eu adoro ver as fotos delas, pois admiro muito o espírito peregrino e aventureiro ela). 

                       

         
            Esse perfil divide opiniões: uns admiram e outros se irritam com os viajantes. Sendo assim, esse perfil não poderia faltar nessa lista, já que é um dos que as pessoas mais reclamam. As pessoas costumam dizer: "não gosto de entrar na rede social e ver gente postando só fotos de viagens." Muitas pessoas até bloqueiam ou excluem seus amigos viajantes, porque se sentem incomodados de ver os outros viajando enquanto elas estão trabalhando duro.              Particularmente, sou uma pessoa que gosta de postar fotos das minhas viagens de vez em quando, tendo em vista que amo viajar e também mudo muito de cidade. Todavia, quando viajo, gosto de explorar novos lugares com espírito de peregrina e aumentar o meu conhecimento. Gosto de conhecer pessoas novas, sotaques novos, fazer amizades pelo Brasil e conhecer as manifestações artísticas e culturais de cada ponto de nosso país (do Sul ao Nordeste). Ressalta-se que, antes de viajar ao exterior, vale a pena conhecer o Brasil primeiro (há cada ponto turístico incrível por aqui).
           Viajar é tudo de bom, mas cuidado para não desperdiçar bons momentos por prestar mais atenção na câmera fotográfica do que nos pontos turísticos. É interessante deixar o celular ou a câmera fotográfica no bolso e "fotografar" os lugares explorados com os olhos e com a alma. 
          Observação: Para quem gosta de Astrologia, verifique se seus amigos viajantes são sagitarianos hehehe. Sagitário é o signo mais viajante do zodíaco!

10) O baladeiro

                



"Se eu quiser fumar, eu fumo.
Se eu quiser beber, eu bebo.
Eu pago tudo o que consumo
com o suor do meu emprego."

     O perfil do baladeiro é plenamente identificável: trata-se do seu amigo que vive postando fotos de baladas e bebidas alcoólicas. É aquele perfil que usa e abusa da hashtag. É um tal de hashtag para lá e de hashtag para cá que eu vou te contar. As mais comuns são: #partiubalada, #sextou, #cerveja, #mulherada, #DJFulanodeTal, #Fuiserfeliz, #beber e #sertanejobao. 
     As pessoas que se irritam com este perfil se dividem em dois motivos: aquelas que se irritam por não terem sido convidadas para ir à balada junto com o amigo e aquelas que se irritam por não gostarem de balada e acharem as postagens chatas. 
      Particularmente, eu não gosto das baladas usuais, mas não me irrito com quem vai e nem me sinto moralmente superior por isso. Cada um tem sua jornada de vida e faz da vida o que quiser. Se a pessoa não está gastando o meu dinheiro para beber, o problema é todo dela hehehe. Entretanto, muitas pessoas que não gostam do estilo de vida do baladeiro se irritam com o excesso de postagens mostrando prodigalidade e luxúria da vida noturna. Os gêneros musicais de algumas baladas irritam, já que sertanejo e funk não agradam as pessoas mais sensíveis (muito embora agradem a imensa maioria dos baladeiros). 
        De vez em quando, gosto de sair para dançar em festas clássicas (aquelas onde devemos ir de vestidos longos -- sim, elas ainda existem) e shows de Rock and Roll ou de artistas que admiro (em pleno carnaval de Fortaleza, eu fui a um show de Rock no Floresta Bar -- recomendo). O baladeiro, no entanto, é aquele que tem a necessidade de ir à balada frequentemente (e, muitas vezes, só bebe e nem aproveita a dança). 

                   

       
          Algo curioso das baladas atuais: a solidão no meio da multidão. Explico: há imensa quantidade de pessoas aglomeradas nas festas, mas ninguém conversa ou dança junto com outra pessoa. As "ficadas" também costumam ser simplistas: só beijo na boca sem conexão emocional. No meio da farra, há pessoas que gritam, bebem, dão gargalhadas e parecem ser felizes, mas nem todas são felizes por dentro. Quando deitam a cabeça no travesseiro, muitas vezes, a sensação de solidão predomina. 
        Às vezes, por trás de um estilo de vida mais quieto, reside um coração bem mais feliz. No mundo das baladas, as aparências enganam -- e muito (essa reflexão me remete ao mito da caverna de Platão). Não pense que seu amigo baladeiro cheio de fotos com sorrisos nas redes sociais é mais feliz do que você, pois pode haver muitos problemas atrás da máscara de alegria.   

11) O perfeitinho

            

"Oh how we love you,
no flaws when you're pretending."

"Oh como nós te amamos,
sem defeitos quando você está fingindo."

Trecho da música Everybody's fool (o Tolo de todos) de Evanescence. 



   O perfeitinho nas redes sociais é aquele perfil de algumas blogueiras de moda, youtubers e influenciadores digitais que gostam de ostentar uma vida "perfeita" para os seus seguidores. Muitas vezes, estes perfis de "perfeitinhos" mostram mansões, "carrões", bens materiais luxuosos, vidas de "sonho", roupas de marca e corpos "perfeitos". Este é o tipo de perfil que eu não sigo e o que mais critico. 
     Vale lembrar que este é o perfil mais prejudicial para a saúde mental tanto do autor (entra em colapso por não conseguir uma integridade entre personalidade e imagem propagada) quanto dos seguidores (níveis de estresse, depressão e ansiedade são frequentes naqueles que querem acompanhar o padrão de vida de seus "ídolos" da internet). Muitos podem pensar que quem critica este perfil é invejoso, mas nem todos os críticos sentem inveja. 
       Eu, particularmente, não sinto inveja, pois dispenso qualquer sucesso isento de propósito. Tenho uma filosofia de vida que exige o alinhamento entre bom propósito e sucesso para eu ser feliz. Jamais seria feliz se o meu sucesso fosse fruto de bobagens e coisas fúteis (como é o caso de certos youtubers que fazem sucesso, têm milhões de seguidores, mas o canal só trata de assuntos bobos). 
         Sinto-me feliz quando meu sucesso é fruto da dedicação e o meu trabalho inspira positivamente as pessoas de alguma maneira. Gosto de passar mensagens mais profundas para os meus seguidores e, se uma só pessoa curtir, eu estarei feliz. 
            Minha maior preocupação é a qualidade do conteúdo e não a quantidade de seguidores. Números não passam de números. Existem coisas que não podem ser quantificadas, como, por exemplo, a conexão mental, emocional e a aprendizagem de um seguidor em relação a um autor. Prefiro ser uma pessoa autêntica e simples e não faço questão de fingir perfeição.

                         

Amy Lee segurando um refrigerante cujo rótulo contém a palavra "mentiras" no clipe Everybody's fool. 
 
            

             Àqueles que invejam perfis assim, dou algumas dicas: deixe de seguir essas pessoas, aumente a sua autoestima, seja uma pessoa autêntica e criativa e não dependa de influenciadores digitais. Saiba também que, por trás de uma vida aparentemente perfeita, pode haver uma pessoa abatida, depressiva e vazia (mais uma vez, essa postagem me remete ao mito da caverna de Platão). 
           Tenha orgulho positivo de você mesmo e jamais se sinta inferior a uma pessoa da internet, pois as aparências enganam. Por fim, compartilhar momentos de sucesso da sua vida não é pecado, mas não caia na tentação de desenhar uma vida perfeita na internet que você não tem na vida real. Mais autenticidade e mais realidade, por favor. 

12) O namorado meloso 

            


     O perfil de namorado meloso é um dos perfis mais irritantes da internet, não é mesmo? É aquele tipo de perfil com fotos do casal na frente do espelho, no sofá, na cama, na balada e nos diversos locais públicos e privados com alguma hashtag melosa, como #mozao, #teamodejaneiroajaneiro, #meuamor e etc. 
     Já é do senso comum (e até a minha avó costuma dizer) que casal muito meloso na frente dos outros ou nas redes sociais não tem uma relação tão boa na vida real nem na intimidade. E essa reflexão se deve ao seguinte motivo: a intimidade (algo essencial para um casal) não combina com a exposição (típica da rede social). Imagine só a falta de decoro dos casais que postam fotos após fazerem amor (e colocam no status ainda)... 
      O mais gostoso de um romance está em tudo aquilo que apenas o casal sabe, ou seja, a luz de uma relação está naqueles detalhes íntimos e secretos que ninguém no mundo tem conhecimento além do próprio casal. Os casais mais felizes são os mais discretos e misteriosos, pois eles não almejam revelar os momentos mais sagrados (e tudo o que é sagrado combina com segredo) de sua relação.  
        Não é pecado algum postar uma foto de vez em quando com o seu amado, fazer uma homenagem amorosa ou publicar uma frase romântica e uma poesia dedicada nas redes sociais (é até bom um pouco de romantismo nas redes sociais que, muitas vezes, estão lotadas de notícias ruins e política). O problema está no excesso de declarações de amor, homenagens densamente melosas a todo instante e postagens com o namorado meio "forçadas." 
          As redes sociais estão estragando a vida de muitos casais e, se eu fosse você, eu tomaria mais cuidado. Muitos casais estão brigando por motivos fúteis, tais como: falta de homenagens nas redes sociais, ciúme e falta de curtidas. Ora, eu prefiro ter um namorado que me ame na vida real do que um que vive fazendo homenagens virtuais, mas é desleal na vida real. Todavia, há certa competição boba entre casais sobre qual casal faz mais homenagens e uma patética necessidade de autoafirmação do namoro diante da sociedade. 
          O ciúme nas redes sociais também é uma das maiores obscuridades das relações atuais, já que curtir a foto de uma amiga mulher ou seguir o perfil de uma mulher que posta fotos sensuais são fatores que estão fazendo os homens levarem broncas de suas namoradas (e quem precisa mais da revista Playboy quando há piriguetes no Facebook?). 

                       

          

          Confesso que já fui mais ciumenta no passado, mas hoje sou mais prática: sendo fiel de verdade é o que interessa. Os olhos dos homens sempre correrão atrás da beleza e das curvas femininas. Sendo assim, as mulheres precisam ter mais autoestima e autoconfiança em relação às suas virtudes, ao seu charme único e à sua beleza. Além do mais, o importante é o cara curtir você na vida real e não as suas postagens de Facebook. Por que as pessoas dão tanta importância às curtidas virtuais? Curtidas são legais, mas não têm o mesmo peso das atitudes reais. 
        Diga mais eu te amo na vida real e poste menos homenagens nas redes sociais. Faça mais carinho e dê menos curtidas. Caminhe mais de mãos dadas e escreva menos frases bonitinhas no Facebook. O amor, para ser bonito, deve ser real. 

Texto escrito por Tatyana Casarino. 

*Música Everybody's fool citada na postagem:

https://www.youtube.com/watch?v=jhC1pI76Rqo



**Se você gostou deste texto, confira mais textos do assunto: 

*Os perfis mais irritantes das redes sociais -- Parte I:

http://tatycasarino.blogspot.com/2018/09/os-perfis-mais-irritantes-das-redes.html

*Os 7 pecados capitais no Facebook:

http://tatycasarino.blogspot.com/2015/09/os-7-pecados-capitais-no-facebook.html

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