O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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sábado, 6 de janeiro de 2018

Sete coisas que fizeram parte da minha infância


  Olá, pessoal. Hoje a postagem é bem divertida, porque eu vou relatar sobre sete coisas que marcaram a minha infância. Acredito que a galera da geração que nasceu nos anos 90 possa se identificar. Salienta-se que eu nasci dia 11 de Julho de 1992. Vamos embarcar nessa viagem ao túnel do tempo junto comigo, leitor (a).

  
 1) A Barbie Sereia




          

       Em meados dos anos 90, a Mattel lançou a Barbie Sereia, uma boneca estilo Barbie (boneca com corpo de mulher adulta em miniatura) com cauda de peixe. A cauda da boneca mudava de cor de acordo com a temperatura da água. Minhas recordações com a boneca são maravilhosas. Me lembro de brincar com a Barbie Sereia na piscina de plástico que ficava nos fundos da casa da minha avó materna em Presidente Prudente(SP), cidade do interior de São Paulo, ao lado de minhas primas. Como eu amava essa boneca!
      Esqueça "mimimi" feminista. Nessa época, a Barbie era tradicional> alta, corpo escultural, cintura fina e busto avantajado. Literalmente, um "corpão de sereia". Opa, toda garota queria ter o busto da Barbie quando crescesse hehehe. Deem uma olhada no tamanho da cinturinha de pilão dessa boneca hehehe. 
         E a gente cresceu saudável, sem "mimimi", sem problemas de autoestima, sem discussões políticas... A gente usava a imaginação para criar "novelas" e inventar histórias para as bonecas. Que tempo bom!


  2) CD-ROM Coelho Sabido

                  


      Esqueça tablets, celulares, iPhones ou iPads... Na década de 90, o celular era simples, em formato de "tijolão" e só servia como função de telefone mesmo. A internet era discada e demorava para ser conectada ao computador da época (que era um computador grandalhão).
      Ressalta-se que, muitas vezes, se você estivesse conectado à internet, a sua linha telefônica travava. Você tinha de optar por usar o telefone ou o computador com internet na época. Caso ocupasse a internet, ficaria sem telefone temporariamente. Apesar da tecnologia ainda engatinhar na época, a geração dos Anos 90 vivenciou a evolução dela e já começou a ter contato com o mundo digital. 
          Enquanto as crianças de hoje se divertem nos joguinhos de aplicativo dos tablets de seus pais, as crianças dos anos 90 se divertiam com jogos educativos de CD-ROM. Eu acredito que estes jogos antigos eram muito melhores que esses games de aplicativos de hoje... Os jogos eram mais educativos, não ocupavam a internet e eram específicos para cada faixa etária da infância. O Coelho Sabido, por exemplo, era uma coleção que lançava um CD-ROM específico para cada idade da vida escolar. 
            Lembro de ter o CD-ROM do Coelho Sabido específico para crianças de 07 anos que estudavam na primeira série do Fundamental. Eu adorava estudar e me divertir ao mesmo tempo quando adquiria conhecimento nas atividades lúdicas do Coelho Sabido. As atividades do CD-ROM incluíam conhecimento de diversas áreas, como literatura, ciências, artes e matemática. Ao final do jogo, ocorria uma peça de teatro montada por você (amava!). Tinha uma música bem bonitinha cantada por uma personagem chamada Rita

"Um belo dia para passear. De repente, eu sinto um pingo para estragar o meu domingo. Não vai não, eu fico bem sequinha... Graças a minha sobrinha!"

3) Músicas da Eliana

           



     Esqueça iTunes, iPhone, iPad e iPod... Esqueça também YouTube e Spotify. Naquela época dos anos 90, se você quisesse escutar música, tinha de escutar a rádio ou colocar um CD.  Nós tínhamos o doce prazer de irmos até uma loja de CDs a fim de encontrar as músicas do nosso gosto. Nós passávamos a mão em filas de CDs até acharmos o nosso CD favorito e, quando achávamos, um sorriso estampava nosso rosto. 
     Nos Anos 90 quem atraía a atenção da criançada eram as loiras dos programas de Televisão, especificamente a Xuxa, a Angélica e a Eliana. Dentre as cantoras loiras, a minha favorita era a Eliana, pois acompanhava mais o programa dela. Não acompanhava tanto a Xuxa e a Angélica quanto eu acompanhava a Eliana. 
      Me identificava mais com o jeitinho doce da Eliana e com as músicas educativas dela também. Minha mãe comprou dois CDs da Eliana para mim e colocava para tocar dentro do carro quando passeava comigo ou para me levar até a escola. Também adorava o Melocoton, mascote do programa da Eliana (Bom dia, Eliana e Cia). Parecia um bicho de pelúcia gigante pink e roxo. 

                 

      
       A música sempre teve efeito terapêutico para mim e, caso eu estivesse tensa antes de ir à escola (com medo do colega zoador da classe, que tempo!), cantar dentro do carro com a minha mãe me fazia muito bem. O CD mais marcante dela é o de 1997, onde ela segura um guarda-chuva colorido na capa. Hoje este CD está disponível no YouTube. 




   4) Rouge

               


  
       Rouge é um grupo musical feminino formado em 2002 através do Talent Show Popstars, programa transmitido pelo SBT e produzido pela companhia argentina RGB Entertainment. Originalmente, o grupo era composto por Aline Wirley, Fantine Thó, Karin Hills, Li Martins (a que protagonizou a Bela no musical A Bela e a Fera do Brasil) e Lu Andrade. Hoje a Lu Andrade não faz mais parte do grupo. Ressalta-se que essas moças foram selecionadas dentre 30.000 candidatas e assinaram um contrato com a gravadora Sony Music. 
     O primeiro álbum do grupo, Rouge (2002), vendeu mais de 2 milhões de cópias no Brasil. O sucesso do álbum foi propiciado pelas canções "Não dá para resistir", "Beijo Molhado" e "Ragatanga". Ragatanga era uma música de extremo sucesso na época e toda a garotada sabia fazer a coreografia das meninas do grupo, as quais foram "batizadas" de "Spice Girls" brasileiras por muitos. 
      Quando eu tinha dez anos, eu adorava dançar a música Ragatanga com as minhas primas e imitar a coreografia hehehe. Lembro de passar uma festa de ano novo (a passagem de 2002 para 2003) dançando com as minhas primas essa música. 
        Como a música tinha uma língua estranha misturada ao português com expressões inventadas, como "ASEHERE HA DE RE", e dizia "Diego foi possuído pelo ritmo Ragatanga", alguns religiosos fanáticos (especialmente católicos e evangélicos) espalharam o boato que a música era "coisa do diabo". Nada a ver o boato. Era apenas uma música inocente que gerava muita energia boa, de luz e alegria na garotada. "Coisa do diabo" é essas músicas de hoje, envolvendo "sertanejo dor de cotovelo" e funk com letras degradantes...           

   A música hoje se encontra disponível no YouTube. Lembrando que Diego (nome citado na música) é apenas um nome inventado, um personagem poético dentro da composição da música. Na época, os meninos que se chamavam Diego eram zoados por causa disso.   





5) Novela "A Padroeira"


            


  
     A Padroeira é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo no horário das 18 horas, entre 18 de junho de 2001 e 22 de fevereiro de 2002. A Padroeira conta a história do resgate da imagem de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, que estava dentro de um rio.
   A imagem foi descoberta por pescadores e caçadores da região (e ainda tem vegano que se acha espiritualmente superior às pessoas, hehehe). Dentre esses homens de origem humilde da aldeia de caça e pesca que Nossa Senhora apareceu, vivia Valentim. Alguns milagres começam a ocorrer na região e foram atribuídos à Santa católica. Como a imagem revela uma Nossa Senhora negra, os negros sentiram a bênção da liberdade chegando naquele século. 
    Certo dia, Valentim estava caçando quando ouviu gritos de mulher. Era Cecília, mulher culta da classe alta, que havia sido raptada quando saiu do convento. Ele salva Cecília do salteador e os dois se apaixonam. 

              

     
         Mas, acabam por vivenciar um romance proibido, porque Cecília estava prometida a outro homem, o Fernão. O pai de Cecília já havia combinado tudo com a família de Fernão. Naquela época, a mulher não escolhia o marido. Por causa disso, Cecília se revoltava contra as imposições da sociedade machista. Ela era uma mulher avançada para a época que falava em liberdade feminina, poder feminino e cultura feminina. 
       Cecília costumava dizer que a "mulher é como a lua e o homem como o sol." Ela acabou se casando com Fernão e sofrendo nas mãos dele, já que ele era um homem ruim, orgulhoso e que maltratava as pessoas. Fernão chegou a derrubar a Cecília da escada para ela perder o filho que esperava de Valentim (Cecília e Valentim fizeram amor antes de Cecília ter o casamento arranjado com Fernão). 

                          

       
            Não sei o porquê, mas eu amava assistir à Padroeira quando eu era criança. Eu achava o casal lindo, como uma princesa e um príncipe. Adorava o jeito principesco medieval de Valentim que usava camisa branca de mangas largas, cavalo branco e cabelo comprido. 
            Me identificava com Cecília e queria ser corajosa como ela quando crescesse. Queria lutar por direitos e por uma sociedade melhor. Me lembro de brincar de advogada sentada em uma pequena cadeira de plástico amarela giratória e de uma mesa redonda pequena de plástico enquanto assistia à novela. 
       Eu brincava que recebia clientes e fazia anotações num caderninho. Hoje eu sou advogada e me divirto lembrando disso. O caderninho também era o meu diário. Eu costumava escrever o nome Cecília no caderninho e dizer que minha futura filha se chamaria Cecília. Por causa desta personagem, passei a gostar desse nome e pretendo mesmo colocar este nome em minha filha no dia em que eu constituir uma família. 
        Curiosamente, Cecília é o nome de uma Santa Católica, padroeira dos intelectuais, dos artistas, dos músicos e dos poetas hehehe. Ressalta-se que, em 2017, a novela reprisou na Rede Aparecida por causa dos 300 anos de descobrimento de Nossa Senhora Aparecida. De modo inédito, a Globo permitiu que outra emissora reprisasse uma novela sua. Foi uma das melhores novelas da Globo. Ela foi escrita por Walcyr Carrasco (o meu autor predileto de telenovelas). 
          Gostava da novela pelo romantismo, pelos diálogos poéticos, pela devoção à Nossa Senhora e pela doçura de Cecília que era meiga sem perder a valentia. 

                    

          
           O único defeito da novela era que o principesco Valentim, ao invés de usar suas armas de fogo, lutava com a espada na maior parte do tempo (o homem gostava mesmo era do facão hehehe). Minha teoria é a de que, se ele atirasse nos vilões logo nos capítulos iniciais, a novela não teria mais graça. 

     A música que era tema do casal chama-se "Sol de Primavera" e está disponível no YouTube. Essa música causava em mim alegria e melancolia ao mesmo tempo (não, eu não sou bipolar hehehe). E, sim, eu fui uma criança noveleira. Gostava das novelas do horários das 6 que eram leves e românticas. 

Confira a música no seguinte link 

https://www.youtube.com/watch?v=fi5jZ8d9Nm4


6) Novela O Beijo do Vampiro


                     




       Crepúsculo é para os fracos. Esqueça a moda vampiresca de hoje em dia com vampiros vegetarianos que brilham à luz do sol. Na minha época, os vampiros sugavam sangue, eram carnívoros, trocavam a noite pelo dia, dormiam em caixões, mordiam os pescoços das mulheres bonitas e se escondiam da luz do sol. 
      Muito antes do vampiro Edward, eu já era fã de vampiros pelo charmoso Zeca, o menino vampirinho interpretado por Kayky Brito. Ressalta-se que Kayky Brito foi o primeiro garoto que eu achava bonitinho (aliás bonitão!) e que despertou o meu interesse. Minha primeira paixãozinha inocente de garota (eita hehehe). Adorava o Kayky Brito e ficava com as bochechas vermelhas quando ele aparecia na tela da televisão. Confesso que comprava revistas adolescentes que tinham o Kayky na capa (Capricho, Smack!, Atrevida...)
         O Beijo do Vampiro é uma telenovela brasileira, a qual foi produzida e exibida pela Rede Globo. Ela passava às 19 horas e ficou de 26 de Agosto de 2002 até 02 de Maio de 2003. 
            Esta novela retratava histórias entrelaçadas devido à vida passada de Lívia (personagem de Flávia Alessandra), a qual foi uma princesa perseguida por um vampiro chamado Bóris (Tarcísio Meira). Curiosamente, a princesa da vida passada se chamava Cecília (só para eu aumentar o meu amor por este nome). 
             A princesa amava um conde chamado Rogério, o qual foi morto na frente dela em uma batalha no castelo. Desesperada por ver o seu amado morto, ela decide cometer o suicídio, atirando-se do alto de uma torre para não ter que se casar com o vampiro que matou o conde na batalha. Ela reencarna como Lívia nos dias modernos e Rogério reencarna como Beto. 

                     

Zeca e a sua mãe adotiva 

           

             O casal Lívia e Beto (Cecília e Rogério da vida passada) se reencontra na vida atual e tem um filho. Mas, o filho deles é trocado na maternidade pelo filho do vampiro Bóris (o vilão que persegue o casal desde a vida passada deles) com a inglesa Marie. Zeca, personagem de Kayky Brito, cresce como filho de Lívia. 
           Contudo, o filho biológico da Lívia é Renato, um colega da sala de aula de Zeca que passa a ser seu amigo. Em verdade, os pais biológicos de Zeca são vampiros. Aos treze anos, Zeca passa por transformações vampirescas quando seus instintos sombrios começam a despontar... Até então, ele era um garoto normal. 


                     


                                  
          O mais curioso da novela é que Zeca lê contos de terror sobre Vampiros com os amigos, iluminado livros com a luz de uma lanterna durante as noites em acampamentos em casa. Em uma dessas histórias, há um conto bem semelhante ao da vida passada de seus pais adotivos dentro do livro, o qual parece encantado... 

    Eu amava ver esta novela após os deveres de casa! Minha mãe comprou o CD da novela para mim. Hoje a trilha sonora nacional e internacional da novela está disponível no Spotify. 

   O primeiro capítulo está disponível no YouTube, bem como a canção "Padre Nuestro" (música mais famosa da novela), uma versão dançante e eletrônica da Oração do Pai Nosso (religiosos fanáticos piram!). Como espiritualista, gosto de ver a religião sendo divulgada de maneira divertida através de músicas também. Afinal, religiosidade não é só solenidade e seriedade, mas também alegria e celebração. Devemos servir a Deus com alegria. 

   Que bom que há uma música cheia de energia positiva e que canta uma oração. A gente já exorciza tudo o que precisar dançando e sorrindo hehehe, já que a música fala sobre a proteção contra o mal. Eu adoro dançar esta música. Não acredito que ela possa ofender a Religião. Pelo contrário, ela enaltece o sagrado de modo divertido. 

Primeiro capítulo 

   https://www.youtube.com/watch?v=dVi-fC_3JBM

 Música Padre Nuestro

https://www.youtube.com/watch?v=KW8AcVhQX10


7) Turma da Mônica


                   


       
        Seria impossível deixar de citar a Turma da Mônica em uma lista das coisas que marcaram a minha infância. Eu simplesmente devorava Gibis da Mônica (eu costumava ler gibis inteiros em pouco tempo), e um dos meus passatempos favoritos era ir à banca com o meu pai escolher gibis da Turma da Mônica. 
       Foi a Turma da Mônica quem me iniciou no mundo da Literatura. A partir dos Gibis, o gosto pelo mundo dos livros surgiu fortemente em mim, o que me fez buscar por novas leituras, descobertas e conhecimentos diversos. Agradeço ao Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, por ter me inspirado a seguir o mundo da literatura e da criatividade (atualmente sou escritora e escrevo poesias e contos). 
         Graças aos meus pais que me incentivavam a ler e faziam da leitura um hábito divertido, eu aprendi a amar os livros. Quando criança, eu queria ser criadora dos quadrinhos da Mônica e dizia que eu iria trabalhar junto com o Maurício de Sousa (hehehe). Eu tinha um caderno, onde rabiscava histórias para a Mônica e seus amigos. Eu também colecionava objetos e brinquedos da Turma da Mônica. Eu tinha a boneca da Mônica, cabideiro da Mônica, roupas, camisetas, copos e canecas da Turminha mais querida do Brasil. 
          Quando meu tio materno e padrinho morava em São Paulo, eu aproveitei para ir ao Parque da Mônica (na época, eu morava em Santa Maria-RS). Ao visitá-lo em São Paulo, passeei no Parque da Turma da Mônica. Foi emocionante! Eu escalei nos brinquedos de Aventura, visitei a fabulosa Casa invertida do Louco, andei no Carrossel, visitei a Ambulância de Brinquedo, colori desenhos e tirei fotografias ao lado dos personagens. 
             Vale lembrar que eu lia muitos gibis por semana e tinha um baú de madeira com uma coleção composta por centenas de gibis. Desse baú cheio de histórias da Mônica, doei muitos gibis e acabei desfazendo a coleção. Mas, sigo com a mesma admiração pela Turma da Mônica. E, confesso que sigo lendo Gibis no alto dos meus 25 anos... hehehe.  


Texto escrito por Tatyana Casarino

    


            

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