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terça-feira, 19 de julho de 2016

A rosa e a cruz



Lua sagrada, doce império,
minh'alma é tomada pelo mistério
de amor, dor, luz, ternura e brilho,
como é doce o nosso martírio.

Vestida de branco, tu beijas as flores,
cantando mistérios aos serafins.
Nesse meu peito, cabe um mar de dores,
amargas lembranças que não têm fim.

As verdades secretas são da lua,
mas há pássaros sobrevoando esse rio noturno.
Sobre as almofadas, tu me deixas nua
enquanto eu roubo os anéis de saturno.

Nobre e gentil serafim que me acompanha,
guia minh'alma até os portões do céu.
Do sol, tudo o que eu quero é ser dama
para receber os seus beijos de mel.

Há sempre uma face escondida,
há sempre uma dor oculta,
há sempre uma nova vida
que a nossa alma escuta.

Eu sou o teu espelho invertido,
eu sou a rosa da tua cruz,
o bálsamo em pleno martírio,
eu sou a portadora da luz.

Não há vida sem a devida cruz,
não há cruz sem a devida rosa.
Se o meu conhecimento lhe seduz,
bendita seja a nossa doce história!

Poesia escrita por Taty Casarino.

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