Longe do que os olhos veem,
reside o lar de Cristo
límpido, pacífico e suave
como um lago cristalino.
Ardem os meus pés na areia quente
das injúrias injustas e das lástimas.
As surpresas e as decepções são brasas
que ardem na alma humana.
A presença dos anjos acalenta
a dor da alma profana que dança
sobre a tumba dos amores impossíveis,
sobre o véu mundano e irascível.
A dor dos outros impressiona a alma,
a fraqueza humana causa impacto
sobre as cores dos amores abstratos.
O choro histérico derruba a calma.
E, nesse mar de ilusão, remamos perdidos
como pássaros sem bandos, tontos no infinito,
solitários, carentes, ardidos, profanos.
Os pilares do ego erguem as torres.
As torres de areia conduzem à ruína,
o orgulho humilhado abre a ferida
dos amores pretéritos, dos desejos secretos,
da ardilosa indecência da imprevisível vida.
O coração dói sem razão aparente,
mas, dentro d'alma, há mil lágrimas contidas.
Lágrimas que extravasam, transbordam,
lágrimas que evaporam histéricas ou inibidas.
As lutas são muitas e o ideal é um só,
as dores são muitas e o saber é um só,
as angústias são muitas e a paz é uma só,
as mentiras são muitas e a verdade é uma só.
O ideal é o amor, o saber é a ressureição,
a paz é o perdão, a verdade é Cristo.
Todo o resto é o caos, todo o resto é ilusão,
só nos resta o amor, só nos resta o perdão.
Poesia escrita por Taty Casarino.
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