O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Rainha




Eu sou uma rainha
desprendida, vívida e feliz,
repleta de luz e esplendor.
Meu canto outrora de dor,
hoje é puro e claro amor.

Sou o esplendor da vida,
minha cora é a superação,
meu reino é o da paciência,
minha altivez se une à destreza.

Meus olhos brilham para o mundo,
o mundo inteiro sorri para mim.
Sou bela do meu jeito, sou assim:
nem tão santa, mas também não sou profana.

Não sou tão boa nem tão ruim,
por favor, não tenha pena de mim,
olhe para o meu sorriso de luz
e veja o ser humano que habita aqui.

Não sou coitada nem assexuada,
tenho desejos, sou mulher também desejada!
Quero beijar, namorar, divertir minh'alma,
viver como você e sorrir, simplesmente sorrir.

Abra o teu coração para mim,
eu posso cobrir a tua alma de amor
e, pela eternidade, tecer de carinho o teu viver,
doce homem, sinta o meu profundo querer.

O meu trono é uma cadeira de rodas.
Qual é o mal que isso faz? Você se importa?
A normalidade é uma sombra errante
que persegue a humanidade com sua inexistência.

Assim como fantasmas não existem,
a normalidade é só uma sombra triste
cuja bússola quebrada atormenta a sua morada.

Dê o teu coração para mim,
para a centelha divina do meu ser,
veja a parte humana que há em mim
e que brilha tanto em mim quanto em você.

Dissolva a tua razão julgadora
nesse mar de amor que é netuno,
esqueça os padrões, abandone os preconceitos,
ame a todos como Cristo, meu amor.

Sou para sempre a sua rainha da paixão
de cabelos cor de fogo e alma quente.
Sinta o meu calor incendiar o teu espírito,
abra o teu coração, abra o teu coração ardente!

Poesia de Sílvia Soares, personagem poética cadeirante de Tatyana Casarino.

   Sílvia Soares é cadeirante, e suas poesias retratam sobre superação, quebra de tabus, luta por direitos iguais e acessibilidade além da importância da autenticidade e do amor próprio. 

*TAGs:

*Poesias escritas em 2015;
*Poesias de Inclusão Social. 

Abraço!

Taty Casarino

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