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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Salve os proscritos



Salve os proscritos


Estou presa às minhas asas.
Sou escrava da liberdade de meu pensamento.
Se sonhar é crime, levem-me até o cárcere.
O nosso mundo já é uma espécie de cadeia
para qualquer sonhador que por aqui passa.

Minha profundidade, minha excentricidade,
minha intensidade, minha personalidade,
tudo isso faz minh'alma ser proscrita
sem qualquer lar para pertencer,
ser qualquer grupo para se identificar.

A partir do momento que eu abro meus olhos,
e minh'alma acorda presa dentro de meu corpo,
estou lutando contra uma maré oceânica
de ideias, conceitos e estruturas diferentes
de tudo aquilo que reside em minh'alma.

É como se pensar, filosofar, imaginar
fossem verbos proibidos e pecaminosos.
Se para viver bem, é preciso abandonar a filosofia,
a música, a arte, o devaneio e a poesia,
então eu sinto-me inclinada a desistir da vida.

Não, eu não vou desistir da vida,
eu não vou me tornar amarga
por ela não ser igual a minha poesia,
também não quero ser louca
a ponto de me tornar uma total proscrita.

Eu vou cumprir minha missão,
a de unir minha mente e meu coração
em prol de reformas humanitárias,
intelectuais e práticas.

Eis que os loucos também podem ser
muito mas úteis do que se imagina
se as suas utopias mais realistas
forem compartilhadas e contruídas
na sociedade real dessa vida.

Solidão existencial, melancolia interna,
um vulcão de ideias excêntricas
explodem como a velocidade da luz
dentro dos recantos de meu espírito.

Oh! Nossa Senhora, mãe dos aflitos,
salve os proscritos, salve os proscritos,
que são incompreendidos por voar
nas asas de seus poemas líricos.

Tatyana A.F Casarino











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