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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O homem é o lobo do homem

Por que será que há tantas guerras? Por que o homem tem uma sombra destrutiva dentro dele? Por que há tanta violência? Essas perguntas sempre rondaram minha mente de modo que fui buscar explicações na filosofia, na ciência e até em estudos do âmbito esotérico. Estes últimos estudos quase enlouquecem-nos (hehehe).
Bem, mas vamos tentar responder essas perguntas através da filosofia tradicional e de estudos mais convencionais....
...Segundo um filósofo contratualista chamado Thomas Hobbes, a essência do homem é má e suas atitudes são egoístas e baseadas no medo e nos próprios interesses, os quais são impostos por meio da violência. Dessa tese, surge a célebre frase: "O homem é o lobo do homem."
 Pelo fato de o homem ser mau por natureza e defender os interesses violentamente, a vida humana estaria em risco diante do estado de natureza sem qualquer lei ou soberania. Daí surge a necessidade do homem renunciar sua liberdade em prol de um soberano que vigiasse a comunidade, determinasse ordens e garantisse a vida.

O pensamento político de Thomas Hobbes pretende ser uma aplicação das leis da mecânica aos campos da moral e da política. As leis que regem o comportamento humano, segundo Hobbes, são as mesmas que regem o universo e são de origem divina. De acordo com elas, o homem em estado natural é antissocial por natureza e só se move por desejo ou medo. Sua primeira lei natural, que é a autoconservação, o induz a impor-se sobre os demais, de onde vem uma situação de constante conflito: a guerra de todos contra todos, na qual o homem é um lobo para o homem.

Para poder construir uma sociedade é necessário, portanto, que cada indivíduo renuncie a uma parte de seus desejos e chegue a um acordo mútuo de não aniquilação com os outros. Trata-se de estabelecer um contrato social, de transferir os direitos que o homem possui naturalmente sobre todas as coisas em favor de um soberano dono de direitos ilimitados. Este monarca absoluto, cuja soberania não reside no direito divino, mas nos direitos transferidos, seria o único capaz de fazer respeitar o contrato social e garantir, desta forma, a ordem e a paz segundo o filósofo.



Gosto das ideias de Hobbes, contudo, em minha humilde opinão formada por diversas outras leituras além das que defendem as teses dele, creio que a essência do homem não é inteiramente má embora também não seja inteiramente boa. Para mim, o homem é um ser dual, regado de luz e sombra, virtude e vício, e nossa tarefa é equilibar-nos, lapidarmos nossos vícios e promover um mundo melhor. E também acredito no papel da lei na promoção dos direitos e garantias do homem. Mas, só leis não são suficientes... A sanção penal, por si só, não é totalmente eficaz no combate à violência. Precisamos resgatar valores morais esquecidos e aprender que a paz interna é a chave da paz externa...

Também não podemos nos esquecer do contexto histórico de Hobbes, onde a vivência de conflitos bélicos e disputas humanas violentas influenciaram, de certa forma, sua tese.

Lembro-me do primeiro semestre de direito onde tive de estudar as teorias que explicam a soberania do Estado em Teoria Geral Do Direito, Teoria Geral Do Estado e Introduções ao Estudo do Direito. Uma das teses abarca as ideias de Hobbes, defendendo a necessidade do Estado e também, por conseguinte, de um conjunto de leis e de um soberano para deter o instinto violento do homem.


Lembro-me também de ter estudado Hobbes no ensino médio de meu colégio, onde a professora de filosofia aplicou uma prova com esse tema ao som da música "O Lobo" da Pitty.
Confira a música:
http://www.youtube.com/watch?v=0_PAsSR5K6g

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