O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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quarta-feira, 13 de junho de 2012

A Verdadeira Paz

                             AMOR: A VERDADEIRA PAZ


Há (pseudos)pacifistas que almejam que nenhum país possua forças armadas. Isto não é uma ideia conveniente e nunca promoveria a paz verdadeira. Sabe como se promove paz realmente? Semeando amor, bondade e generosidade por todos os lados. Não é o âmbito militar que promove as guerras. Os militares só cumprem ordens estatais quando se envolvem em conflitos. São os vícios humanos e a nossa sombra destrutiva e perturbadora da paz que promovem a guerra.
  A ganância, o egoísmo, a maldade, a inveja, a cobiça, a ambição excessiva e maléfica: eis os elementos que formam a mola propulsora da guerra. No fundo, tudo é uma questão de sentimento.
  A falta de altruísmo e sensibilidade, bem como a inversão de valores, a qual coloca o lucro no centro de tudo e negligencia as necessidades da população, propiciam o ímpeto bélico da guerra humana.
  A paz perfeita habita todos os planos: mundial, nacional, âmbito dos relacionamentos, ambiente doméstico e plano mental.
Como promoveremos paz mundial se não tivermos, ao menos, paz em nossas casas e paz em nossas mentes?
Como queremos que países sejam diplomáticos entre si se não conseguimos ser cordiais e sensatos nem com nossos colegas e vizinhos?
Como queremos que os países sejam amigos apesar de culturas diferentes se não somos capazes de sermos amigos de pessoas diferentes?
  O cenário global é apenas um "espelho convexo" do ambiente doméstico do dia-a-dia. O veradeiro pacifista não é necessariamente aquela pessoa famosa que levanta "bandeiras" de paz, mas aquele que trabalha diariamente sob seus princípios e que promove a paz, equilíbrio, amor, cordialidade e solidariedade no dia-a-dia, sabendo ceder quando necessário.
  A verdadeira paz não nasce de um desarmamento abrupto e despreparado, mas de uma longa jornada de aprimoramento do caráter humano. Considero que políticas de desarmamento não são cabíveis no cenário social atual, pois, enquanto o ser humano não tiver desenvolvido seu caráter, toda tentativa de paz por meio de desarmamento será inútil.  
  A ganância e a maldade arrumariam outras maneiras de destruir caso todas as armas fossem escondidas. Colocar as armas para debaixo do tapete não adiantaria nada. A única tentativa viável de promover o bem da humanidade e a tão desejada paz é ensinar o ser humano a ser bom e a lapidar o seu caráter.
E como se faz isso? Propagando o amor e a generosidade e sendo um bom exemplo a ser seguido pelos demais seres humanos. Afinal, o amor é contagioso(no bom sentido, é claro). Quem sabe um dia, quando o amor tiver contagiado todos os seres humanos da Terra, a guerra e o mal não desapareçam? Nesse dia, a Terra teria atingido o Nirvana. Mas, enquanto o paraíso não chega, vamos lutar pelo bem e nos defendermos ao máximo contra o mal por meio dos trabalhos maravilhosos dos profissionais jurídicos, da segurança pública e das forças armadas, os quais são indispensáveis para a sociedade atual.
Há quem afirme que os militares seriam dispensáveis diante de um país pacífico. Tal afirmação seria equivocada e inconveniente, pois afirmar que um país pacífico não necessita de militares é o mesmo que dizer que uma pessoa saudável não necessita de glóbulos brancos(leucócitos, que fazem parte do sistema imunitário do organismo). Ora, não precisamos dos leucócitos só quando estamos doente, eles são indispensáveis a todos os instantes como as forças armadas.
As defesas do nosso organismo não servem só para eliminar vírus e bactérias, mas também possuem o intuito de proteger nosso corpo, criando um escudo de proteção em volta dele. Esta é a tarefa das forças armadas: criar um escudo de proteção em volta do país, defendendo a "saúde" do Brasil frente aos "vírus" de ameças internacionais que infelizmente existem.
Um país sem forças armadas é como um time sem goleiro, vulnerável a qualquer ataque. Ao contrário do que muita gente pensa, militares não foram feitos para atacar, mas para defender. Eles são os "advogados" armados do país. Eles lutam pela paz por mais paradoxal que isso possa parecer. Eles querem assegurar a ordem e a disciplina. E por que isso haveria de ser ruim? Sem ordem e disciplina, tudo seria um punhado de ilusão e caos.
Eles não foram treinados para matar, mas para defender a vida do país. Para isso, eles não tem medo de enfrentar a morte pela pátria se for preciso. Eles tem capacidade de entregarem seus corpos para serem queimados se necessário. Alguns (pseudo)pacifistas não tem coragem de arriscar suas vidas nem sequer pelas ideias que propagam.
O verdadeiro pacifista se entrega para o amor e a compaixão sem preconceitos. O verdadeiro pacifista sabe que todo e qualquer profissional seja ele militar, juiz ou policial tem utilidade para o bem-estar social.
Quando o ser humano tiver a alma completamente lapidada e isenta de vícios, talvez a sombra se dissipe e a luz reine. Quando a luz reinar, a terra será o paraíso e nem precisaremos mais trabalhar, pois tudo será abundante, perfeito e isento de conflitos. Mas, enquanto o "nirvana mundial" não chega, é necessário enfrentar a sombra com o suor do nosso trabalho e a ajuda de profissionais de todos os campos.
 O governo precisa investir nos militares  e treiná-los bem. É sempre bom nos prevenirmos. As simulações militares são como as vacinas medicinais. Não há nada de errado em investir nas forças armadas desde que o governo, é claro, não deixe de investir em outros setores como educação, saúde e programas sociais também.
 Eu sou filha de um profissional das forças armadas e tenho muito orgulho disso. Meu pai é piloto de caça da Força Aérea Brasileira. Ele é um homem íntegro, honesto e batalhador que me ensinou não só por meio de palavras, mas também através de seu exemplo os valores da persistência, da força de vontade, da honestidade, da disciplina, do trabalho competente e da generosidade. Assim como ele, eu quero ser uma profissional competente, honesta, correta e útil para a sociedade. Ele me mostrou que o conhecimento, os estudos e o trabalho podem mudar a vida. Isto jamais esquecerei. Quero melhorar não só a minha vida, mas também das pessoas e até do meio social por meio de meus conhecimentos. Mais importante do que ter conhecimento é saber aplicá-lo com dignidade. Colocar o coração e o cérebro para trabalharem juntos em prol da sociedade ajudará a promover a paz.
Dedico esse post ao meu pai e também a minha mãe, que me ensinou que o mundo externo só melhora quando a gente lapida a própria mente.
A família é a estrutura da sociedade.Sem paz e amor entre os familiares como desejaremos uma paz cosmopolita que possa abranger todos os povos? A humanidade nada mais é que uma grande família. Enquanto não aprendermos a tratar bem os nossos irmãos para tratarmos os estrangeiros como irmãos, não teremos atingido a paz.
Tatyana A.F Casarino

Para encerrar, uma bela música do Coldplay chamada "Speed Of Sound":


"Todo aquele barulho e todo aquele som
Todos aqueles lugares que eu encontrei
E os pássaros vão voando na velocidade do som
Para mostrar-lhe como isso tudo começou
Os pássaros vieram voando do subterrâneo
Se você pudesse ver, então você entenderia
Ah, quando você ver, então você entenderá"
 
Speed of Sound/Coldplay