O caderno digital de Tatyana Casarino. Aqui você encontrará textos e poesias repletos de profundidade com delicadeza.









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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Big Ciência


É tempo de uma ciência instrospectiva. Talvez seja mais fácil encontrarmos as respostas cruciais da filosofia dentro de nós do que no mundo externo. "Quem somos nós, "Por que existimos", "Para onde vamos", "O que significa existir", "Por que eu sei que eu existo...
...A maioria dessas perguntas continua sem respostas. Religiões e ciências buscam sem cessar por respostas mais sólidas. A física primitiva acreditava que a matéria era estática e estava fadada a ser o "fantoche" das leis físicas.
A concepção de que o mundo externo é a grande e poderosa realidade e que nós somos humanos insignificantes perante a realidade "incontrolável" ao redor de nós já foi ultrapassada pela física quântica. Esta "nova física" mudou radicalmente as velhas concepções científicas ao afirmar que nós somos o centro da realidade, sendo o mundo externo uma mera percepção captada por nossos pensamentos. O mundo externo passou a ser pequeno a partir do momento que nós percebemos a nossa grandeza interna.

 
A nossa mente é muito maior que o tamanho do nosso cérebro físico, pois ela é infinita. Nós não somos matérias estáticas presas às leis físicas, nós somos o infinito. Se há um Criador, Deus, certamente Ele tem a grandeza do infinito, e dentro dessa perspectiva(da qual eu acredito), nós como filhos Dele também temos essa grandeza dentro de nós. Assim, o infinito está no nosso DNA, e o finito e o efêmero são só ilusões.
O nosso corpo pode estar preso à lei da gravidade, da ação e da reação e ao tempo, mas a nossa mente é mais livre do que se imagina. Creio que há uma parte em nós, uma mente espiritual por trás do nosso cérebro físico, que não é matéria, mas alma. Não temos consciência dela, mas ela pode ser mais real do que todas as partes físicas do nosso corpo.
Tudo o que a gente pensa que é real pode ser apenas percepção, assim como tudo o que é aparentemente irreal pode ser muito mais real que tudo o que nós conhecemos. Há uma "veia mística" oculta e latente na filosofia e até na física quântica, mas, muitas vezes, quando uma teoria tenta unir ciência e religião ou ciência e arte há o risco de ela ser taxada como pseudo-ciência. Isto ocorre devido aos mais céticos associarem a ciência e a filosofia como as inimigas do oculto ou como as rainhas do ceticismo exacerbado.

                 

       
   Um pouco de ceticismo não faz mal e eu até gosto. O que se torna inviável é o ceticismo fechado, aquele que se fecha no puramente exato e é alégico às aréas de conhecimento que não são "exatas". É tempo de deixarmos os outros setores de estudo(até os que não são exatos) tocarem a ciência não para fazermos pseudo-ciência, mas para construirmos uma Big Ciência, que seja ampla, completa e amiga de todas as áreas do conhecimento.
         
             


   A separação das áreas de conhecimento foi útil para que elas pudessem se desenvolver. Separar o "joio" do "trigo" foi bom para a formação da identidade das ciências, das artes e das demais áreas. Essa prática de separação "cartesiana" foi extremamente útil sem dúvidas. Mas, agora que as ciências atingiram o ápice de refinamento cultural, artístico e tecnológico esta na hora de uní-las outra vez.
Ah! E por falar em prática cartesiana, Descartes responderia de forma simples uma das peguntas que eu fiz no início do texto, "Por que eu sei que eu existo". Ele me diria que eu sei que eu existo pelo fato de eu pensar. Penso, logo existo é a célebre frase de Descartes. Se eu conversasse com esse gênio (René Descartes), eu perguntaria se os pensamentos então são a chave de nossa existência.
Penso que ele certamente diria "sim" à pergunta, afinal, ultimamente a ciência (principalmente a física quântica) anda afirmando que pensamentos talvez sejam a chave daquilo que percebemos como realidade.
 
             

  
  Livros como "O Segredo" e outros aconselham às pessoas a pensarem positivo para que possam atrair prosperidade. Aliás, no âmbito esotérico, sempre se falou do poder do pensamento positivo, da fé e da oração. Há semelhanças entre o esotérico e o científico muito mais fortes do que se pensa.
Eu ainda sonho com uma big ciência fruto da união de todas as ciências. Unir teorias, cruzar ciências e relacionar teses de todos os âmbitos desde a ciência mais exata até o campo mas "místico" e "improvável" é o meu sonho.
Vou lutar por esse sonho mesmo que ele seja idealista, inocente ou até mesmo distante demais. Bem, pelo menos eu não preciso pagar impostos para sonhar. Então, eu sonho e sonho muito...


Texto de Tatyana Casarino